Clínicas praticavam abortos «ilegais»
Num comunicado conjunto, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e a Procuradoria asseguram que as rusgas, durante as quais foram detidas pelo menos quatro pessoas, decorreram no âmbito de «uma investigação criminal por factos graves», escreve a agência Lusa.
A operação policial, que terminou pouco depois das 16:00 locais, abrange as clínicas Ginemedex, Emecé, CBM e Barnamedic.
O director das clínicas, Carlos Morin, está entre os detidos, que segundo a Guarda Civil correspondem a pessoas com cargos de responsabilidade nos centros alvos da rusga.
A operação policial, que se desconhece se será alargada a outras regiões espanholas, foi feita com base numa decisão de um juiz de instrução de Barcelona.
No comunicado, a procuradoria garante que se estão a tomar as medidas adequadas para preservar a identidade das utilizadoras dos centros alvos da operação, devendo ser incluídas no processo as histórias clínicas que «ofereçam motivos fundamentados de acusação».
A denúncia foi apresentada pela organização cristã e-Cristians, depois de um documentário de uma televisão dinamarquesa ter sugerido que havia a prática de abortos ilegais nestas clínicas.
Recorde-se que o Código Penal espanhol prevê que quem realize abortos fora dos casos permitidos - saúde mental e física da mãe, malformações do feto e violação - possa ser punido com penas de até quatro anos de cadeia.
2 comentários:
Questiono se este artigo teria sido publicado em Janeiro passado em vésperas do referendo!
Fica aqui bem claro que Espanha, país evocado como exemplo no que respeita à lei do aborto, vê-se actualmente com:
abortos “radicalmente fora do previsto na legislação” dos quais resultaram rusgas a clínicas, durante as quais foram detidas pelo menos quatro pessoas sendo um dos detidos o director das clínicas.
O aborto clandestino, existente em Portugal e as “supostas perseguições” que eram evocadas pelos defensores da actual lei, existe em Espanha !
Fica provado neste artigo: o aborto clandestino não termina com a legalização do aborto! Lamentável que os defensores do aborto tenham, descaradamente, usado da mentira para fazer acreditar que pretendiam acabar com o aborto e com o aborto clandestino.
Durante o referendo português souberam-se de clínicas que faziam abortos muito para além do permitido pela legislação espanhola... Esses abortos continuam, inclusivamente em 26-11-2007, data da notícia no "Portugal Diário". Mais uma prova de que o aborto não acaba com a sua liberalização. Portugal escolheu, de facto, o pior caminho de todos.
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