Dados apresentados no ”I Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida Humana”
Tomar a pílula abortiva RU486 tem várias contra-indicações que não são explicadas às mulheres que optam por fazer uma IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez), alerta Margarida Castel-Branco, farmacologista e professora na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
A especialista recorda o caso de uma jovem sueca que, em 2003, morreu com uma hemorragia interna, depois de ter tomado a pílula abortiva no hospital.
Margarida Castel-Branco faz parte de um grupo de médicos e psiquiatras portugueses, britânicos e norte--americanos que participaram esta semana no I Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida Humana, em Lisboa.
Apesar de a Direcção-Geral de Saúde (DGS) explicar as vantagens e desvantagens deste método, e dessa informação ser dada às mulheres, Margarida Castel-Branco diz que esses dados não são suficientes, porque não referem todas as contra-indicações.
A investigadora compilou informação a qual lhe permite afirmar que o aborto farmacológico provoca infecções que podem conduzir à morte.
No seu estudo refere cerca de uma dezena de "mulheres saudáveis", nos EUA, Canadá e França, que terão morrido por complicações e infecções.
Os efeitos do aborto medicamentoso são: perda de sangue, entre nove a 45 dias, febre, cansaço, dores, náuseas, vómitos, diarreia. "É um processo demorado, com efeitos complicados, para os quais é preciso vigilância médica", alerta a professora, para quem o aborto cirúrgico também tem riscos. Estes não se restringem apenas à saúde física, mas também à mental.
Segundo um outro estudo realizado com mil norte-americanas, entre 20 e 30% vêm a sofrer de problemas mentais ou psicológicos depois de realizarem um aborto.
Fonte: Público
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