sábado, 31 de março de 2012

Textos de 20 de Março a 2 de Abril



DIA 20 de Março de 2012 – Terça-feira

Nos últimos seis anos Portugal conheceu uma avalanche de leis fracturantes sem precedentes, apesar dos avisos e até objecções do Senhor Presidente da República alertando para os efeitos negativos de tais leis.
Mudada em Junho passado a maioria na Assembleia da República é tempo de fazer um balanço do resultado de cada uma dessas leis e apreciando-as, incluindo a própria regulamentação, proceder em conformidade alterando-as ou revogando-as no todo ou em parte.
Foi neste espírito que a Federação Portuguesa Pela Vida, com o apoio de várias personalidades relevantes da vida portuguesa, tomaram iniciativa de lançar uma petição denomina "Defender o Futuro" que pode ser consultada e assinada no site www.peticaopublica.com
Convidamos-vos todos a assinar para que, depois de recolhidas, entre quatro ou cinco mil subscrições a possamos entregar no Parlamento onde deverá ser apreciada em plenário, de acordo com a lei aplicável.
Vamos corrigir o futuro do nosso país.

DIA 21 de Março de 2012 – Quarta-feira
A sociedade actual esvaziou o valor da função do pai, não o tem em conta, menosprezou a sua autoridade, as mulheres prescindem deles de forma manifesta, o que leva os filhos perderem-lhes absolutamente o respeito. Nestas circunstâncias, quando o pai deixa de ser relevante para a mãe, o filho percebe e é ele que toma o seu lugar confirmando a extinção da função paterna.
Ora, a função paterna é indispensável para que o filho assuma a sua individualidade, identidade e autonomia psíquica, necessárias para crescer como sujeito.
O pai, se se ausenta, física ou psiquicamente, deixa por cumprir o seu papel de “separador" que é aquilo que, precisamente, permite ao filho diferenciar-se da mãe.
Pais não se afastem dos vossos filhos. Mães, não afastem os filhos do seus pais.

Dia 22 de Março de 2012 – Quinta-feira
De um ponto de vista económico, as famílias numerosas fazem todo o sentido.
Não é preciso estudar muito deeconomia para entender que o custo médio por filho decresce com a dimensão do agregado familiar.
Desde logo, porque grande parte dos custos, como é o caso da habitação, são custos fixos; mas também porque é possível partilhar livros, roupas, bicicletas, etc.
Por outras palavras, a forma mais eficiente de atingir uma certa taxa média de fertilidade consiste em concentrar o número de nascimentos em famílias numerosas.
É verdade que a quantidade média de recursos atribuída a cada fi lho diminui com o número dos mesmos mas o que importa é a qualidade da educação de cada filho (“output”), não a quantidade de recursos materiais atribuídos a cada um (“input”); e a experiência mostra que, no que respeita à qualidade do “output”, as famílias numerosas lideram tanto em quantidade como em qualidade.
Este texto é da autoria do prof de Economia da Universidade de Nova York, Luis Cabral


Dia 23 de Março de 2012 – Sexta-feira

Numa reportagem feita através de gravações com câmara oculta, o jornal “Daily Telegraph” relatou como alguns médicos de hospitais particulares consentem fazer abortos motivados unicamente pelo sexo do bebé, prática ilegal no Reino Unido.
Os repórteres do jornal souberam de mulheres que tentaram marcar uma operação de aborto por não estarem satisfeitas com o sexo do feto.
Em três das clínicas, os médicos concordaram em fazer a operação a um preço que varia entre 240 a 760 euros e, numa delas, foi oferecida inclusivamente a falsificação dos papéis do procedimento.
Uma mulher grávida de um feto masculino de 18 semanas, conseguiu marcar um aborto numa clínica londrina porque já tinha um menino e queria ter, agora, uma menina,para poder ter um casal, abortou o 2º menino que trazia no ventre.
Infelizmente, a liberalização do aborto legal leva à ocorrência destas aberrações, próprias de um mundo-cão.

Dia 26 de Março de 2012 – Segunda-feira

Alguns centros educativos, em particular, os colégios privados consideram que, além da transmissão de conhecimentos, devem também ensinar e estimular a prática de certas virtudes cívicas essenciais para uma futura vida pessoal, familiar e profissional de sucesso, tais como a capacidade de diálogo, de compromisso, a consciência cívica para áreas como a educação ambiental, a solidariedade, a sensibilidade artística e musical, a importância dos hábitos e do desenvolvimento de competências e de capacidade de trabalho, entre outras.
A esta diferente abordagem chamam-lhe “plano de formação” que deve levar em consideração as características e necessidades próprias de cada grau de idade dos alunos em causa.
Nem sempre é fácil levar tal plano à prática, nem muito menos apurar se está ou não a ser bem interiorizado pelos alunos, mas, se existisse em mais escolas, certamente contribuiria para termos mais e melhores profissionais e cidadãos.


Dia 27 de Março de 2012 – Terça-feira
Quais as virtudes que interessa mais desenvolver nas diferentes etapas do crescimento de um jovem ?
Até os sete anos, seria razoável insistir nas virtudes da ordem e da obediência e aspectos da sinceridade, do respeito e da sociabilidade.
De oito a doze anos, tendo em conta que os alunos agora dispõem de maior uso de sua vontade e que começam a passar por momentos difíceis de tipo psíquico-físico, poderia ser conveniente centrar a atenção na fortaleza, na laboriosidade, na perseverança, responsabilidade ou em virtudes que supõem uma atenção aos demais, como a generosidade, o companheirismo ou, inclusive a responsabilidade social.
Dos treze ao quinze anos (ou mesmo antes dos 15 para as meninas) pode ser o momento de insistir em virtudes que têm a ver com a intimidade: o pudor, a amizade, ou aspectos da sobriedade.
E dos dezesseis aos dezoito, com a inteligência mais desenvolvida, conviria insistir em virtudes que requerem maior capacidade intelectual como a prudência, a compreensão, a lealdade ou a flexibilidade.


Dia 28 de Março de 2012 – Quarta-feira

Que atividades poderia uma escola ou outro centro educativo desenvolver para desenvolver as competências sociais e pessoais de um jovem?
Por exemplo, com os mais novos, colocar em prática atividades que os estimulem a atuar em favor de seus companheiros ou de seus avó. Depois em atividades de cooperação com entidades locais dedicadas às necessidades sociais da cidade onde habitam. E, com os maiores, por exemplo, organizar saídas nos meses de férias ou em fins de semanas, para ajudar a necessidades sociais reais.
Além desta cultura de responsabilidade social, ao realizar atividades deste tipo, os jovens costumam crescer simultaneamente em outras virtudes como perseverança, generosidade, ou sinceridade.
Outro tipo de atividade - acampamentos, mountain bike, montanhismo, por exemplo -, requerem o desenvolvimento especial da perseverança, o vigor, ou a fortaleza em qualquer de suas manifestações.
A colocação em prática de um grupo de alunos, por vezes, denominados de “conselhos de curso” cuja missão é colaborar no processo de melhoria dos outros, dando sugestões, ajudando os colegas, etc. favorece o desenvolvimento da prudência e da responsabilidade entre outras virtudes.
Por sua vez,a organização de um grupo de teatro não só ajuda a desenvolver a capacidade de expressão oral, a ganhar segurança em si próprio, a aprender a representar um papel, etc., mas também oferece oportunidades de viver o companheirismo, a ordem, a fortaleza e a flexibilidade.

Dia 29 de Março de 2012 - Quinta-feira

A Plataforma Algarve pela Vida, no âmbito do apoio a várias grávidas e mães do distrito do Algarve, lançou uma campanha de recolha de fraldas descartáveis para todas as etapas do crescimento.
Solicitamos a todos a generosidade na mobilização para esta causa social de apoio aos que nascem e às suas famílias que precisam, em alguns casos, de forma desesperada da vossa ajuda.
No Barlavento, a recolha destes bens está a ser feita, durante o horário normal de expediente (das 10:00 horas às 12:00 e das 14:00 às 17:00), na Cáritas de Portimão, junto à sede do Corpo Nacional de Escutas de Portimão, ao lado da Igreja do Colégio, em Portimão (contacto 927094688).

Dia 30 de Março de 2012 – Sexta-feira
No passado mês de Fevereiro, um artigo científico de 3 especialistas estrangeiros chocou o mundo.
De acordo com esses especialistas fazer um aborto nos primeiros meses de gestação ou matar um recém-nascido é exactamente a mesma coisa uma vez que, tanto o embrião, como o feto como o bébé-recém nascido estão, de igual forma, dependentes de terceiros para poder sobreviver e para que, no futuro, se possam tornar pessoas como os adultos. Além disso, argumentam ainda que nenhum deles tem ainda consciência, pelo que as mesmas razões que justificam o aborto deveriam sustentar e permitir o infanticídio.
Depois rematam, com um argumento pragmático, caso os pais da criança detectassem uma doença só após o nascimento da criança ou se as circunstâncias económicas, sociais ou psicológicas necessárias à educação de uma criança não estivessem reunidas, os pais deveriam ter o direito de as matar.
Infelizmente neste mundo-cão em que nos estamos a transformar, já nada nos surpreende.

Dia 2 de Abril de 2012- Segunda Feira

A Cáritas de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.
Pede-se a quem mais pode, que ajude a quem mais precisa.
Necessitam-se voluntários e sobretudo alimentos (massas, fruta, óleo, azeite, enlatados, peixe e carne).
As entregas podem ser efectuadas, durante o horário de expediente, na sede da Cáritas de Portimão, que funciona junto ao agrupamento do Corpo Nacional de Escutas, ao lado da Igreja do Colégio.

quinta-feira, 29 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

O amor não (se) cansa

Donativos a instituições religiosas, IPSS's e instituições de apoio a grávidas

Principais Benefícios Fiscais em IRS


Deduções à colecta

Descrição do benefício fiscal Situação do sujeito passivo Limite máximo

Donativos Não casado/ Casado 25% c/o limite de 15% da colecta
O valor de alguns donativos poderá ser objecto de majoração, para efeitos deste cálculo (20%, 30%, 40% ou 50%).
Seguem alguns exemplos de donativos que são dedutíveis para efeitos fiscais e as respectivas majorações.
A lista é meramente exemplificativa não pretendendo detalhar de forma exaustiva todas as realidades que estão enquadradas neste benefício fiscal:
• 20% museus, bibliotecas, associações promotoras do desporto, estabelecimentos de ensino, organizações não governamentais de ambiente (ONGA);
• 30% igrejas, instituições religiosas, pessoas colectivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas ou por elas instituídas;
• 40% creches, lactários, jardins-de-infância; instituições de apoio a infância ou a terceira idade; apoio e tratamento de toxicodependentes ou de doentes com sida, com cancro ou diabéticos; instituições dedicadas a promoção de iniciativas dirigidas a criação de oportunidades de trabalho e de reinserção social;
• 50% entidades de apoio pré-natal a adolescentes e a mulheres em situação de risco; que dão apoio a meios de informação, de aconselhamento, de encaminhamento e de ajuda a mulheres grávidas em situação social, psicológica ou economicamente difícil; de apoio, acolhimento e ajuda humana e social a mães solteiras e a crianças nascidas em situações de risco ou vítimas de abandono.
Para mais informações consultar artigos 62º e 63º do Estatuto dos Benefícios Fiscais
Fonte: Guia Fiscal da Delloite

segunda-feira, 26 de março de 2012

O triangulo familiar reforça o desenvolvimento emocional da criança

João Seabra Diniz, diretor da Sociedade Portuguesa de Psicanálise, considera, porém, que "o ideal de família é a três ou mais elementos, no caso de existirem mais filhos", sublinha o psicólogo infantil. "Porque sem este triângulo familiar, essa relação e o desenvolvimento emocional da criança podem ficar afetados".

A opinião é partilhada por Ricardo Simões: "Nós não defendemos as famílias em que apenas um progenitor está presente na vida da criança, porque é sempre diferente ter um pai e uma mãe presentes, mesmo que não estejam juntos".

Publicado no Diário de Notícias a 25 de Março de 2012

A Associação Algarvia de Pais e Amigos das Crianças Diminuídas Mentais


A Associação Algarvia de Pais e Amigos das Crianças Diminuídas Mentais é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, e reconhecida como de Utilidade Publica Administrativa que foi fundada em Abril de 1968 e começou a funcionar em Janeiro de 1969, com 17 crianças com necessidades educativas especiais, no Salão do Mercado Municipal.

Os seus utentes são crianças, jovens e adultos com Deficiência Mental, ou Necessidades Educativas Especiais ou ainda em Situação de Risco de Exclusão Social. Esta instituição funciona em regime de semi-internato e acolhimento temporário.

A AAPACDM, de âmbito regional, tem como objectivo principal o apoio a crianças e jovens deficientes residentes em todo o Algarve.

Tem como objectivo secundário apoiar crianças e jovens, nomeadamente crianças e jovens em risco.

De forma a atingir os seus objectivos, a associação procura:

Reabilitar e Promover a Integração Social dos utentes, visando o seu bem-estar;

Promover o envolvimento de pais, técnicos e comunidade educativa nos processos de (Re)educação dos utentes;

Promover o apoio social das famílias que se tem no seu seio crianças ou jovens deficientes;

Promover e organizar actividades físicas, desportivas e culturais com finalidades lúdicas, formativas ou social de âmbito regional, nacional ou internacional;

Promover acções ou cursos de formação profissional com vista a uma integração dos utentes na comunidade e no mercado de trabalho;

Promover acções ou cursos de formação para a comunidade que esteja em contacto com cidadãos deficientes, nomeadamente, na área de cuidados primários, reabilitação, pedagogia e técnicas educativas;

Apoiar crianças e jovens em risco que necessitem de acolhimento;

Contribuir para o desenvolvimento da criança e jovem, com deficiência mental ou necessidades educativas especiais ou em risco de exclusão social de forma global para que este se expresse num clima de compreensão, respeito e afirmação pessoal e social.


A Associação conta com diversos apoios/parcerias de entre os quais se destacam: Câmara Municipal de Faro; Câmara Municipal de Olhão; Câmara Municipal de S. Brás de Alportel; Câmara Municipal de Loulé, assim como de algumas Juntas de Freguesia do Concelho de Faro, Governo Civil de Faro, Instituto Português da Juventude e Instituto Nacional de Reabilitação, Administração Regional de Saúde. Estes apoios são de natureza pontual e solicitados de acordo com as necessidades da Instituição, tais como, apoios referentes ao transporte, às actividades lúdico-recreativas, entre outras.

Saiba mais, como fazer donativos ou fazer-se sócio, através da consulta ao site desta associação, aqui.

sábado, 24 de março de 2012

É a crise demográfica, estúpido !

Há uns anos atrás ficou célebre o conselho que um especialista de marketing da equipa de Clinton deu a este candidato presidencial para que se concentrasse apenas na questão da economia.

A actual crise económica tem várias vertentes, com especial destaque para a especulação financeira e o despesismo dos Estados.

Porém, a crise demográfica com um número cada vez maior de reformados para um número cada vez menor de contribuintes leva-nos à conclusão que só um baby boom poderia aumentar o número de consumidores, trabalhadores e consequentemente de contribuintes.

Veja-se como num recente debate nos EUA sobre a possível crise do déficit norte-americano este assunto acaba por vir à baila:

As vantagens do sindroma de down, por Romário



quinta-feira, 22 de março de 2012

Resolução de São Petersburgo sobre as tendências antifamília da Organização das Nações Unidas

Numa audiência pública no fim do ano passado, 126 organizações civis, sociais e não governamentais da Federação Russa e da Ucrânia aprovaram a “Resolução de São Petersburgo Sobre os Rumos Anti-Família das Nações Unidas”. Alexey Komov (representante do Congresso Mundial das Famílias na Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes) teve um papel importante na elaboração da Resolução, que dispõe, entre outras coisas:

“Estamos convencidos de que a família natural (tradicional), traçada na natureza humana e baseada na união voluntária de um homem e uma mulher na aliança vitalícia do casamento, cujo propósito é a geração e criação de filhos, é ´a unidade coletiva natural e fundamental da sociedade’”.

“O lugar da família na história e na vida de todas as sociedades humanas é absolutamente único, e nenhuma outra forma de relacionamento doméstico pode ser vista como de igual valor e status. Qualquer tentativa de prever igualdade de status para qualquer outra forma de relacionamento doméstico, em especial as uniões entre pessoas do mesmo sexo, é socialmente destrutiva”.

“Estamos convencidos de que a família tradicional, o casamento, a geração e a educação dos filhos são elementos inseparáveis uns dos outros”.

“A separação artificial da geração e da educação de filhos da família tradicional, da vida familiar e do casamento viola os direitos genuínos da criança e causa a destruição de qualquer sociedade”.

“Estamos convencidos de que as crianças possuem um direito inato de nascerem na sua família natural (tradicional), de um homem e uma mulher casados, e de viverem com seus pais e serem criadas por eles, ou seja, com seu pai e sua mãe naturais. Mãe e pais são o modelo de vida para seus filhos, principalmente no que concerne à vida familiar, que obedece à natureza humana”.

“Estamos seriamente preocupados com as ações de algumas organizações internacionais nos últimos anos, agindo contrariamente aos interesses de povos soberanos e manipulando a noção de 'direitos humanos’ para criar artificialmente os assim chamados direitos que antes eram desconhecidos e não possuem fundamento na natureza humana nem na natureza da sociedade, como ‘direito ao aborto’ e o ‘direito de escolher sua orientação sexual e identidade de gênero’. Na realidade, não existem tais direitos no direito internacional, seja por uma obrigação decorrente de tratado ou pelo direito internacional público costumeiro”.

“Em particular, estamos bastante preocupados com o fato de que hoje, sob o pretexto de defender os direitos das crianças sob uma interpretação ilogicamente ampla e alguns ‘direitos humanos’ recentemente fabricados (como os ‘direitos sexuais’), com o apoio da ONU e de seus organismos, a cultura tradicional da vida familiar (que inclui a educação das crianças nesse contexto) está sendo sistematicamente destruída por muitas pessoas, incluindo algumas do nosso próprio país”.

“Insistimos em que os Estados devem respeitar o papel e a posição única que os pais naturais (biológicos) possuem nas vidas das crianças. Quaisquer interpretações de qualquer posição dentro do direito internacional ou nacional devem refletir a suposição natural de que os pais naturais costumam agir de boa fé e conforme os interesses dos seus filhos. Os direitos dos pais com relação aos seus filhos são naturais e não 'concedidos’ a eles pelo Estado ou por qualquer organismo nacional ou internacional".

“Temos também uma grande preocupação a respeito da recusa em proteger o direito à vida da criança no útero sob o pretexto do invertido ‘direito ao aborto’ da mulher. Estamos cientes de que ‘no que concerne aos fatos científicos, uma nova vida humana começa na concepção’ e que ‘desde a concepção, cada criança é, por natureza, um ser humano’. Crianças em gestação são seres humanos e, portanto, há uma obrigação dos Estados sob o direito internacional de proteger suas vidas da mesma forma que a de qualquer ser humano. Ao mesmo tempo, ‘não existe um direito ao aborto no direito internacional, seja por meio de tratado ou pelo direito internacional público costumeiro'".

Entre os 126 signatários estavam: Representante do Congresso Mundial das Famílias na Federação Russa; filial regional de São Petersburgo do movimento público “União das Mulheres Russas – A Esperança para a Rússia”; filial regional de Tula da organização pública “Pela Vida e Defesa dos Valores Familiares”; Irmandade Cossaca em Nome e Exaltação da Cruz; Comissão Pública em Defesa da Família, Infância e Moralidade da Cidade de Sarov em Oblast de Níjni Novgorod; Centro Médico e Educacional Ortodoxo “Zhizn” em São Petersburgo; Grupo de Trabalho no Parlamento Russo pela Defesa das Famílias e das Crianças; organização pública “Comunidade de Grandes e Adotivas Famílias da Rússia - Muitos Filhos é algo bom!”; União dos Advogados Ortodoxos; Organização Esportiva e Patriótica “Rus” e Organização Pública “Ucrânia Cristã”.

Excerto de artigo originalmente publicado no boletim informativo de março de 2012 do Congresso Mundial das Famílias (World Congress of Families). Título original: “Saint-Petersburg Resolution on the anti-family trends in the United Nations”. Publicado em Infovitae (base: In http://www.juliosevero.com/). Adaptado.



segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do Pai- Mensagem da APFN


Pai. O meu dia chegou ao fim. E reencontro em ti um porto seguro. Um porto onde sei que me posso abrigar das tristezas do meu dia.



Pai . Tens de trabalhar tanto... Mas consegues sempre ter um olhar para mim apesar dos meus dois irmãos mais novos e da mana que agora nasceu. A mãe não tem muito tempo... O teu colo é o melhor consolo que posso ter. Sei que não me dás muitos brinquedos, mas eu não preciso disso. Preciso de ti.



Pai. Os meus irmãos e eu - já somos quatro! - fazemos muito barulho mas tu consegues ainda dar-nos abraços, rebolar no chão em brincadeiras, jogar connosco ou ler um livro devagar... É tão bom! Estás aqui!



Pai. Sei que te esforças muito por conseguir alimentar-nos a todos. Trabalhas muitas horas. Nem sempre estudo, eu... Fazes-me ver que o saber é a melhor ferramenta de trabalho que posso ter na minha vida. Não acredito muito em ti, mas não quero pensar no que seria a nossa vida sem o som diário da tua chave a abrir a porta de casa...



Pai. Sei que vou sair com os meus amigos, que chego tarde e que por vezes piso o risco. E tu não deixas de mo dizer. Por vezes duramente. Tenho sempre a sensação de que me vês, mesmo não estando perto de mim. Os meus irmãos também sentem o mesmo. Isso é bom. Afasta-nos do perigo. Sabes que lá fora nos defendemos mutuamente?



Pai. Consegui acabar o meu curso (o saber, sim, o saber é tão importante!)!!!! Encontrei a mulher da minha vida. Não é maravilhoso?



Pai. Vou ser pai! E agora que eu mesmo quero ter a minha família e que quero ter tantos filhos como tu, penso muito no teu esforço. Como é que conseguiste? Começo a perceber tantas coisas que nos disseste com os teus gestos e com as tuas atitudes... O mais relevante – tendo nós tantas dificuldades por sermos muitos - foi ensinar-nos que ter muitas coisas não é assim tão importante... viver é muito mais do que isso!



Pai. Eu quero ser como tu para os meus filhos!



Pai. O teu dia chegou ao fim. Estamos aqui. Os meus irmãos e eu. Sempre.


Lisboa, 19 de Março de 2012


APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Rua José Calheiros, 15
1400-229 Lisboa
Tel: 217 552 603 - 919 259 666 - 917 219 197
Fax: 217 552 604

domingo, 18 de março de 2012

Balanço de 5 anos de aborto em Portugal

sábado, 17 de março de 2012

Textos da rádio costa D'Oiro de 1 a 19 de Março de 2012


DIA 28 de Fevereiro de 2012 – Terça-feira

A Cáritas de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.
Pede-se a quem mais pode, que ajude a quem mais precisa.
Necessitam-se voluntários e sobretudo alimentos (massas, fruta, óleo, azeite, enlatados, peixe e carne).
As entregas podem ser efectuadas, durante o horário de expediente, na sede da Cáritas de Portimão, que funciona junto ao agrupamento do Corpo Nacional de Escutas, ao lado da Igreja do Colégio.

DIA 29 de Fevereiro de 2012 – Quarta-feira

Em Agosto de 2010 soube que estava à espera da minha filha.
Durante 9 meses de enjoos, infecções sem fim, mais 26 quilos, noites sem dormir, aprendi a conviver com a minha bebé. Aprendi que sempre que ouvia os acordes de uma guitarra portuguesa, a Pilar saltava de alegria.
A barriga cresceu, o resto também, e ao fim de 9 meses percebi a relação íntima que uma mulher tem com o seu útero. E depois de uma cesariana, ficaram ainda mais visíveis as marcas físicas da passagem do ser maravilhoso que é a nossa filha pelo meu corpo.
Meu corpo?
Meu não, dela, porque o meu útero foi feito para lá estarem os meus filhos, e o meu peito para os amamentar.
Nós mulheres, somos veículos de Vida. E quando a Pilar nasceu, acalmava-se quando a encostava ao meu coração, porque estes foram os batimentos que ela se habituou a ouvir.
Por todas as crianças, e pelas que não nasceram porque não lhes foi dada sequer a oportunidade de viver, sangra o meu coração.
Texto de Carolina Campos.

Dia 1 de Março de 2012 – Quinta-feira

Uma parte significativa dos casamentos católicos infelizmente são celebrados sem que os nubentes tenham efectivamente uma verdadeira percepção do seu significado e isso, muitas vezes, resulta em crises matrimoniais, quando não mesmo em divórcios.
Como refere um especialista “o rito (docasamento) é realizado uma só vez, no entanto o sacramento realiza-se no dia-a-dia, em cada momento da existência conjugal, em cada gesto de doação, de entrega, de modo especial no ato conjugal”
Sem amor não há sacramento e o amor, por sua vez, precisa de ser alimentado em todos os momentos da vida, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença,
Quem assume a vontade de se casar enquanto exteriorização e manifestação de um casamento, fá-lo (ou devia fazê-lo) na convicção de que se trata de um amor que tem de ser ganho no dia a dia e não de que um dia esse amor se poderá gastar ou perder.
Assim, quando realizo as lides domésticas, quando troco as fraldas do meu filho, quando dou um beijo de boa noite ou de boas vindas, quando desculpo uma má disposição ou um comentário mais desagradável, etc, etc, etc estou, de novo, a casar-me.

Dia 2 de Março de 2012 – Sexta-feira

Vivemos desde há décadas numa sociedade de consumo desenfreado. Aos valores da poupança e do trabalho, contrapusemos o vício do consumo, do lazer, e do prazer pelo prazer.
Substituímos os princípios da prudência e do comedimento pelo esbanjamento e pelo desperdício.
Durante décadas a viver numa sociedade de abundância, assumimos como adquiridos a alimentação quase grátis, a saúde garantida pelo estado, a educação a cargo das instituições públicas, sendo o rendimento pessoal destinado ao consumo de bens cada vez mais supérfluos, mais excêntricos, mais luxuosos. Operações plásticas sem sentido, iates e carros descapotáveis, habitações sumptuosas para mera especulação e ostentação, o endeusamento do mundo da moda, do espectáculo, do desporto, quantas vezes carburado a estupefacientes, tudo isto perante desigualdades crescentes e enormes carências dos mais necessitados.
Substituímos os valores da honra e da palavra honesta pela corrupção e pelo individualismo. E trocámos a moral pelo hedonismo.
Na economia, de forma flagrante, esquecemos o provérbio oriental que diz “quem compra o que não precisa, um dia vende o que lhe faz falta”
Texto de João Paulo Geada

Dia 5 de Março de 2012 – Segunda-feira

A sociedade perdeu a sua coesão, no tempo e no espaço. Perdeu o sentido de orientação.
A decadência que estamos a viver hoje na América e na Europa, e que outras potências poderão vir a sofrer mais cedo do que se pensa, significa declínio demográfico, logo económico, significa envelhecimento, significa perda de energia vital, significa menos capacidade de regeneração do tecido económico, significa menos vontade de investir e arriscar, significa vulnerabilidade, doença, enfraquecimento.
Hoje, ouvem-se cada vez mais vozes a pedir auxílio, a clamar por subsídios, apoios na doença, reformas dignas, incentivos, emprego, crescimento, investimento. Mas algumas das vozes revoltadas ou angustiadas de hoje são também as mesmas que, de forma leviana e impensada, aceitaram, validaram e votaram na sociedade que temos, foram cidadãos eleitores e opinião pública indiferente que lavou as mãos como Pilatos perante os erros e os desequilíbrios que íam sendo criados.
Quanto ao futuro, podemos sempre preparar os alicerces para uma sociedade melhor, mais sólida, mais resistente, e teremos uma economia mais sã, pouco e pouco, daqui a uns anos. Podemos começar já hoje.
Texto de João Paulo Geada.

Dia 6 de Março de 2012 – Terça-feira

A Plataforma Algarve pela Vida, no âmbito do apoio a várias grávidas e mães do distrito do Algarve, lançou uma campanha de recolha de fraldas descartáveis para todas as etapas do crescimento.

Solicitamos às escolas e outras instituições que incentivem a generosidade dos pais e alunos, mobilizando-os para esta causa social de apoio aos que nascem e às suas famílias que precisam, em alguns casos, de forma desesperada da vossa ajuda.

Esta campanha abrange todos os concelhos do Algarve, uma vez que a Plataforma Algarve pela Vida encontra-se representada em todos eles, através de voluntários e amigos.Para mais informações sobre a forma de proceder à entrega destas fraldas, basta responder ao e-mail algarve.vida@gmail.com ou ao móvel 917138359.
Bem hajam !

Dia 7 de Março de 2012 – Quarta-feira


Segundo dados recentemente divulgados pela Federação Portuguesa pela Vida, desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”;
A reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições;
Desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos);
Desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País e desde 2010 que essa falha não é compensada pela emigração.
Como diz Pedro Picoito "o pior de tudo é a banalização do mal, para usar o conceito de Hannah Arendt, que a mudança legislativa (pró-aborto) introduziu na sociedade.
A mentira do aborto neutro e sem vítimas deu lugar a um silêncio cúmplice e sem consciência.
A lei que mata inocentes gera hoje o conformismo porque, em democracia, a lei gera a moral pública.
Nem todos nascemos para Antígona.
Pura e simplesmente nem todos nascemos

Dia 9 de Janeiro de 2012 – Sexta-feira
Bronnie Ware é uma enfermeira australiana que durante vários anos trabalhou numa unidade de cuidados paliativos para doentes terminais. No seu blog – Inspiration and Chai – compilou as cinco coisas que as pessoas à beira do fim mais se arrependem de não ter feito.
Um dos maiores arrependimentos relaciona-se com a perda de tempo a trabalhar em detrimento do convívio com os filhos:
"Quem me dera não ter trabalhado tanto. «Este era um arrependimento comum em todos meus pacientes masculinos. Arrependiam-se de terem perdido a infância dos filhos e de não terem desfrutado da companhia das pessoas queridas. (…) Todas as pessoas que tratei se arrependiam de terem passado muita da sua existência nos ‘meandros’ do trabalho
Façamos um esforço por passar mais e melhor tempo com os nosso filhos.

Dia 12 de Janeiro de 2013- Segunda Feira

Abre-se a porta da “clínica” dos Arcos.
Sai uma mulher de rosto triste logo seguida de um homem com ar triunfante.
Leonor, da porta da Missão Mãos Erguidas, vigilante como uma sentinela, vozeia o “alerta”: Mãe, precisa de ajuda? Ao que a mulher melancólica responde: Preciso, e muito! Leonor avizinha-se. Interpela. Escuta. A desgraçada desabafa que não quer abortar seu filho; é o homem que está com ela que o determinou.
Leonor pergunta ao pai. O senhor já desejou a morte de alguém? Respondeu de imediato que nunca.
Ao que Leonor retorquiu: Então, parece-lhe bem que a primeira pessoa a quem deseja a morte seja o seu próprio filho? Depois de uns instantes de muda perplexidade gaguejou raivas.
No fim, ela deixou-o para ter a criança. Foi feliz o parto e a mãe babada amamenta agora com maviosa ternura o esplêndido bebé. Entretanto o assanhado pai que longamente amuara estomagado está-se reaproximando e, se Deus quiser, não tardará a reconciliação.

Dia 13 de Março de 2012 – Terça-feira
A Plataforma Algarve pela Vida está a promover uma ação de recolha de bens para ajudar as mães, os casais e as grávidas que se encontram mais carenciados na região algarvia.
Apela-se à generosidade dos algarvios, em particular a entrega de fraldas de todos os tamanhos, toalhitas sensitiv; leite em pó novalac AO n.º 2; roupas de bébé e recém-nascido; e carrinhos de bébé individual e para gémeos com acessórios completos.
No Barlavento, a recolha destes bens está a ser feita, durante o horário normal de expediente (das 10:00 horas às 12:00 e das 14:00 às 17:00), na Cáritas de Portimão, junto à sede do Corpo Nacional de Escutas de Portimão, ao lado da Igreja do Colégio, em Portimão (contacto 927094688).


Dia 14 de Março de 2012 – Quarta-feira

O Supremo Tribunal de Justiça das Honduras (CSJ) decidiu que a pílula do dia seguinte é abortiva pelo que um decreto de 2009 que proibe a sua comercialização não é inconstitucional, nem viola os direitos da mulher..
De acordo com o órgão regulador dos medicamentos dos Estados Unidos, FDA, a pílula abortiva produz 3 efeitos na mulher: impede a ovulação, impede a fecundação do óvulo e, caso as duas últimas não funcionem, impeder a implantação no útiro do óvulo fecundado,
O Supremo Tribunal das Honduras adverte que, para que haja implantação, é ncessário que exista 1º um óvulo fecundado. Em consequencia, a vida humana inicia-se no momento da união entre óvulo e espermatozoide. Negar isto vai contra a lógica e o princípios biológicos.
Por fim, o Supremo Tribunal das Honduras, concluí que “ao não existir qualquer bem jurídico superior à vida, é dever deste Supremo Tribunal fazê-lo prevalecer sobre qualquer outro direito”.

Dia 15 de Março de 2012 - Quinta-feira

O divórcio machuca os pais, mas são as crianças as que mais sofrem, conforme demonstrado por pesquisas recentes, em especial o estudo Efeitos do Divórcio sobre as Crianças, publicado, em Janeiro passado nos Estados Unidos.
Desde logo, o divórcio tem um efeito negativo sobre a capacidade dos pais de interagir com os filhos.
Em termos práticos, isto significa que, após o divórcio, as crianças recebem menos apoio emocional, assistência financeira e ajuda dos pais. Há também uma diminuição no estímulo acadêmico, na auto-estima, na afetividade e no incentivo à maturidade social.
O estudo revela que a maioria (cerca de 90%) das crianças permanece com a mãe depois do divórcio, o que dificulta que o pai mantenha laços estreitos com os filhos.
O estudo detetou também que, com o divórcio, há um declínio imediato no desempenho escolar e uma maior tendência ao abandono escolarenquanto, no ensino secundário, filhos de famílias sólidas têm resultados significativamente melhores do que os colegas cujos pais se divorciaram.


Dia 16 de Março de 2012 – Sexta-feira
Um estudo divulgado em Janeiro passado, nos Estados Unidos, concluíu que o divórcio conduz ao empobrecimento e ao endividamento das familias destroçadas.
O estudo aponta que o divórcio tem um custo econômico não só para as famílias, mas também para o governo e a sociedade uma vez que os filhos de famílias divorciadas são mais propensos a se envolverem em comportamentos delinquentes, brigas, roubos e abuso de álcool e drogas.
Além disso, o estudo demonstra que, para os filhos, o divórcio dos pais, de entre uma lista de mais de 100 eventos, é considerado o 3º mais stressante.
O estudo revela ainda que o impacto psicológico do divórcio não é passageiro e mantêm-se mesmo em idade adulta, por décadas.
Um outro estudo realizado no Brasil mostrou que crianças que vivem em famílias com presença de padrastos são 2,7 vezes mais sujeitas a abusos por parte destes do que as crianças que vivem em famílias estáveis formadas pelos próprios pais.


Dia 19 de Março de 2013- Segunda Feira
A Cáritas de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.
Pede-se a quem mais pode, que ajude a quem mais precisa.
Necessitam-se voluntários e sobretudo alimentos (massas, fruta, óleo, azeite, enlatados, peixe e carne).
As entregas podem ser efectuadas, durante o horário de expediente, na sede da Cáritas de Portimão, que funciona junto ao agrupamento do Corpo Nacional de Escutas, ao lado da Igreja do Colégio.

Fundo Diocesano Social Algarvio

Nestes momentos de crise, a Igreja Católica Algarvia criou um fundo de apoio aos mais carenciados, cujo regulamento é o seguinte

REGULAMENTO DO FUNDO DIOCESANO SOCIAL
1.
O Fundo Diocesano Social é um serviço de acção social da Igreja Diocesana do Algarve, de carácter emergente, criado por proposta do Conselho Presbiteral.



2.
O Fundo Diocesano Social envolverá todos os cristãos e comunidades paroquiais, sensibilizando-os para o testemunho da caridade, junto das pessoas com maiores dificuldades, independentemente de credos e etnias.



3.
O Fundo tem como objectivos:

Dar resposta a situações de sofrimento e necessidade, causadas pela crise, junto da população desempregada, dando prioridade às situações de carência mais grave:


Aprofundar e animar toda a comunidade paroquial fazendo crescer nela a responsabilidade caritativa e o seu empenho eclesial, na entreajuda de proximidade e motivando as pessoas vítimas da situação de pobreza a tomar iniciativas de acordo com as suas reais capacidades, sejam elas junto dos poderes públicos ou outras entidades.




4.
Revertem para o Fundo:

O contributo obtido através de um ordenado mensal dos sacerdotes da Diocese;


A Renúncia Quaresmal do ano de 2011 e 2012;


Os valores obtidos através das dádivas de particulares ou empresas;


Outros donativos.




5.
As dádivas podem ser feitas através da conta bancária, sediada no Santander Totta Faro-Baixa (R. João Dias) com o NIB 001800000617213600178.



6.
Para gerir o Fundo, foi criada uma Equipa Diocesana, constituída pelos seguintes elementos:

Vigário Geral da Diocese;


Ecónomo da Diocese;


Presidente da Cáritas Diocesana do Algarve;


Representante da Comissão Permanente do Conselho Diocesano de Pastoral


Técnico de Acção Social.




7.
Os pedidos de ajuda financeira às situações de carência ou dificuldade, serão apresentados pelas Comunidades Paroquiais ou Grupos Paroquiais de acção sócio-caritativa, através dos Párocos em impresso próprio.



8.
Os pedidos atrás referidos deverão ser enviados para a Cáritas Diocesana do Algarve, R. Brites de Almeida, 17, 8000-234 Faro, ou através de mail – geral@caritasalgarve.pt, até ao penúltimo dia da quinzena do mês a que respeitem os pedidos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mulheres, uni-vos!

Era uma vez um escriba que trabalhou uma temporada na Alemanha. No primeiro dia, como bom português, o escriba não saiu à hora certa. Ficou a trabalhar até tarde. No dia seguinte, o chefe chamou-o: "Heinrich Raposieren, não voltas a fazer isso; se não fazes o teu trabalho até às quatro e meia, então, não sabes trabalhar". Ao início, o escriba não encaixou aquele rigor, e participou na indignação portuguesinha que recebia via telefone: "epá, estes tipos são mesmo frios". Mas o tempo, a vidinha e a fruição do horário 8h-16h mudaram a perspetiva do pobre escriba. Nesta saga luso-germânica, o alemão é que tinha razão. O Herr chefe limitou-se a colocar o dedo na ferida de uma nobre tradição portuguesa: estar muitas horas no trabalho não é o mesmo que trabalhar durante muitas horas. Naquele dia, o escriba passou muito tempo a beber bicas coletivas (com as eslavas), a cochichar e a 'facebookar' (um cochicho armado aos cucos). Resultado? Ficou a trabalhar até às tantas para compensar as horas perdidas.

Durante muito tempo, o escriba pensou que o reparo do Herr chefe estava relacionado apenas com a produtividade. Mais uma vez, o escriba estava errado. A 'Mãe' e a 'Família' também estavam presentes naquele choque tuga-teutónico. Não é difícil perceber porquê. O horário de trabalho em Portugal é o horário do solteirão inveterado. Acorda-se tarde, começa-se a trabalhar tarde, trabalha-se até tarde, marcam-se reuniões para as 7 da tarde. É como se toda a gente trabalhasse na redacção de um jornal diário. Este dia-a-dia pode ser perfeito para o Don Juan trintão, mas é infernal para a mulher com filhos e, sobretudo, para a mulher que quer ter filhos. A gravidez, a licença de parto e o filho são três figuras que não rimam com este quotidiano feito à medida do marmanjo com cromossoma Y e hábitos de noctívago: "os bifes vão para a cama às dez e meia. Que totós!". Repare-se que não é uma questão de ritmo, mas de horário. O ritmo de trabalho do Herr chefe é frenético, mas acaba às quatro da tarde. O resto da tarde é da família e, já agora, da pirâmide demográfica.

Uma sociedade que transforma a gravidez numa ameaça para a própria mulher já não é bem uma sociedade. É um suicídio demográfico em câmara lenta e sem banda sonora. Sim, sem banda sonora. Não há um acorde de preocupação sobre este assunto. Aliás, o melhor comentário que o escriba já ouviu sobre o inverno demográfico português veio da boca de um indivíduo que come salsicha com couve todos os dias. O Herr chefe não é tão frio como parece. Nós, com a nossa bravata latina, festiva e machona, é que estamos a ficar frios. Demograficamente frios. Demograficamente fritos.

Henrique Raposo, Expresso, 8 de março de 2012

Assine já a petição defender o futuro


http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N22192

Caros amigos:

Durante os últimos seis anos e durante a maioria do Partido Socialista o pais conheceu uma avalanche de leis fracturantes sem precedentes. Em cada um desses momentos o residente da República vetando, pedindo nova apreciação pelo parlamento ou promulgando com anotações criticas, chamou a atenção para os limites e dificuldades colocadas por essas leis. Mudada em Junho passado a maioria na Assembleia da República é tempo de fazer um balanço do resultado de cada uma dessas leis e apreciando-as, incluindo a própria regulamentação, proceder em conformidade alterando-as ou revogando-as no todo ou em parte.

Estamos profundamente convencidos que a regeneração a que Portugal está convidado passa necessariamente por este âmbito, uma vez que a mentalidade que preside ao quadro legislativo acima referido é para nós um dos factores da crise em que estamos mergulhados.

Foi neste espírito que tomámos a iniciativa desta Petição "Defender o Futuro" que pode ser consultada e assinada em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N22192

Convidamos-vos todos a assinar para que, depois de recolhidas, entre quatro ou cinco mil subscrições a possamos entregar no Parlamento onde deverá ser apreciada em plenário, de acordo com a lei aplicável.

quinta-feira, 15 de março de 2012

FPV lança petição contra leis fraturantes


A Federação Portuguesa Pela Vida lança sexta-feira uma petição com vista à alteração de leis sobre o aborto, a Procriação Medicamente Assistida, o divórcio ou a mudança de sexo, que "foram sempre objeto da voz crítica do Presidente da República".

Intitulada "Defender o Futuro", a petição será lançada no âmbito do Congresso da Federação Portuguesa Pela Vida, tendo nos primeiros subscritores nomes como António Bagão Félix, António Gentil Martins, Manuel Braga da Cruz, Fernando Adão da Fonseca, Fernando Ribeiro e Castro e João César das Neves, entre outros.

"Portugal afunda-se hoje numa profunda crise económica e social, a que não é alheia a teia legislativa dos últimos seis anos de governação, destruidora dos pilares estruturantes da sociedade", lê-se na introdução do documento.

Lembrando que "as leis que têm vindo a corroer o tecido social do país foram sempre objeto da voz crítica do Presidente da República que, quer através do veto, quer através de mensagens ao parlamento ou ainda por declarações dos erros em que incorriam", os autores da petição consideram "imperativo" que a Assembleia da República promova a alteração ou revogação das leis, "no todo ou em parte".

As leis em questão são a da "reprodução artificial", do "aborto", do "divórcio", "financiamento do ensino particular e cooperativo", da "educação sexual", do "casamento entre pessoas do mesmo sexo" e de "mudança do sexo".

"Estas medidas são também instrumentos indispensáveis para saldar o défice e a dívida, assegurar a sustentabilidade do estado social e sair da crise em que o governo anterior nos deixou e assim defender o futuro", lê-se no documento.

Fonte: Jornal de Notícias

Em declarações à Renascença, Isilda Pegado confirma que a Federação já tem garantido o apoio de várias personalidades da vida pública portuguesa neste protesto contra o pacote legislativo criado pelos governos PS.

“Estas leis da governação Sócrates, é altura de as mudar, é altura de olharmos para a destruição que elas têm causado na sociedade”, afirma a presidente da Federação Portuguesa pela Vida.

A crise económica que o país atravessa, sublinha Isilda Pegado, foi ainda mais agravada por estes seis diplomas aprovados em seis anos: lei da reprodução artificial, lei do aborto, lei do divórcio, da educação sexual, casamento entre pessoas do mesmo sexo e mudança de sexo.

“São seis leis profundamente fracturantes e que – esta é que é a questão fulcral - têm tido custos brutais na sociedade portuguesa.”

Isilda Pegado garante que esta não é uma preocupação exclusiva dos católicos ou da direita, e lembra que a Federação “não é confessional”.


"Lei do divórcio está a destruir o país"
Para a advogada, o estado de grave crise económica e social a que o país chegou foi agravado por leis como a do divórcio.

“A lei do divórcio está a destruir o país, está a ter custos de segurança social de que ninguém fala, mas que são visíveis a pessoas como eu, que andam nos tribunais, aos juízes que estão nos tribunais de Família e aos técnicos da Segurança Social que se apercebem que, perante esta lei, quer na questão da regulação das responsabilidades parentais, quer nas consequências do divórcio que são impostas pela lei, nomeadamente, no direito a alimentos do ex-cônjuge, têm custos muito grandes, que se repercutem nos impostos que todos pagamos.”

Federação espera revisão da lei do aborto
Num país em crise, e com cada vez menos crianças, o Estado não pode continuar a financiar o aborto livre e a pedido, defende a presidente da Federação Portuguesa pela Vida.

“Não podemos continuar a ter aborto subsidiado. Nós não temos dinheiro para pagar medicamentos, temos hospitais que fecham um bloco operatório semanas porque não têm dinheiro para comprar o material necessário para que haja cirurgias e não podemos continuar a subsidiar o aborto a mulheres ricas”

A Federação Portuguesa pela Vida acredita que a regulamentação da lei do aborto acabará por ser revista, foi nesse sentido a petição já entregue o ano passado.

Fonte´: Rádio Renascença

quarta-feira, 14 de março de 2012

A moda e a mulher



A moda é um fenômeno universal.

Por essa razão, mais do que ao homem, a moda apaixona a mulher. (...)
É com nossa roupa que expressamos nossa personalidade, valores e espírito. Também, nossa roupa mostra a nossa participação em uma ou outra classe social.
A roupa, definitivamente, reflete o pensamento de uma pessoa e, por isso, o ato de vestir-se ou de adotar um determinado estilo pessoal próprio não é algo que deva ser feito de modo apressado.
Quando uma mulher se veste e prepara sua imagem, o motivo que deveria guiá-la não deveria ser o de apenas exibir um corpo bonito e bem conservado por dietas e exercícios, mas sim o de inspirar, através do seu bom gosto e decoro, outras mais jovens a irem em busca da verdade, manifestada em sua aparência pessoal.
Apenas as mulheres podem fazer isso e ensiná-lo a outras.
Como exemplo podemos dizer que os animais não usam roupas porque eles são incapazes, num sentido radical, de ter, de possuir. Além disso, eles não têm nada para expressar porque não escondem nada, nem tem que passar por esta ou aquela prova em sociedade.
Na verdade, a externalidade, no sentido próprio da palavra, só a pode ter aquele que possui uma interioridade. E é o ser humano, constituído por uma unidade substancial de corpo e alma, o único que pode viver uma interioridade a partir da sua sexualidade, masculina ou feminina.
É precisamente de acordo com a fineza de seu ser interior que o homem ou a mulher se veste, são criativos com sua arrumação pessoal e com sua forma de se apresentar exteriormente ao mundo.
Se nesse interior há valores vivos o resultado será uma presença que encanta, cheia de bom gosto e elegância. Se em vez disso, compra-se de tudo o que é moda, sem considerar o mundo interior, o resultado exterior expressará frivolidade e vazio.
Por isso, poderíamos pensar na frase “vista-se e me mostre seu interior”, já que quando vestidos, a roupa usada serve para que cada um exteriorize, do modo que lhe pareça mais conveniente, quem é por dentro.
Com o que eu visto, como mulher posso querer ser vista, chamar a atenção de uma forma provocativa ou, ao contrário, inspirar respeito. Com um vestido posso deixar as minhas pernas descobertas numa minissaia, ou cobrí-las para cuidar do meu interior.
Como mulher, se eu tenho um corpo bonito, não importando a idade que se tenha, posso decidir até onde vou mostrar e exibir. Mas, para poder ver claramento isso devo estar em íntima conexão com os valores que eu decidi viver.
Sheila Morataya

terça-feira, 13 de março de 2012

Planeamento familiar natural

Não à adoção gay


A minha última crónica provocou algumas reacções, em concreto de pessoas que me pediram para fundamentar cientificamente as dúvidas sobre a adopção por casais homossexuais. Vou tentar responder-lhes no curto espaço de que disponho.

Partamos de uma evidência consensual entre os especialistas: a formação da identidade sexual da criança não se faz apenas em confronto com o pai ou a mãe, individualmente considerados, mas no contexto da relação entre o pai e a mãe (Brazelton e Cramer, The Earliest Relationship. Parents, Infants and the Drama of Early Attachment, 1991; tradução portuguesa: A Relação Mais Precoce, 1993). Por outras palavras, a criança interioriza os papéis masculino e feminino observando o pai e a mãe, mas também observando o modo como o pai se relaciona com a mãe e a mãe com o pai. É importante repetir isto porque as reservas à adopção gay não implicam que alguém com tendências homossexuais, seja qual for o grau, não possa ser um bom pai numa relação heterossexual. Implicam, isso sim, que uma relação homossexual pode ser um ambiente muito negativo para o desenvolvimento de uma criança.

Porquê?

Em primeiro lugar, porque os gays tendem a ter relações afectivas muito instáveis. Numa obra de 1973, M. Saghir e E. Robins sustentam que as relações homossexuais duram em média dois a três anos (Male and Female Homosexuality, 1973, p. 225), valor reafirmado em 1982 por M. Pollak (“L`homosexualité masculine, ou le bonheur dans le ghétto?”, in P. Ariès e A. Bejin, ed., Sexualités Occidentales, 1982, pp. 56-80), que o atribui à promiscuidade (“centenas de parceiros ao longo da vida”). A este respeito, um estudo recente do perfil demográfico de 2583 homossexuais afirma que “a variação modal para o número de parceiros [da maioria dos indivíduos estudados] é de 101 a 500”, sendo de 501 a 1000 para cerca de 15% e de mais de 1000 para outros 15% (Paul Van de Ven et al., “A Comparative Demographic and Sexual Profile of Older Homosexually Active Men”, in Journal of Sex Research, 34, 1997, p. 354).

Ao citar estes números, não faço qualquer juízo moral. Cada um é livre de viver como bem entende, desde que não prejudique os outros. O que contesto é que o estilo de vida da maioria dos gays, segundo tais estudos, seja o ideal para criar um filho, tarefa que exige relações familiares fortes e estáveis. Será legítimo sujeitar crianças que vêm de uma primeira desagregação da família biológica à hipótese provável de uma segunda desagregação da família adoptiva – em nome do preconceito de que não há diferenças entre casais heterossexuais e homossexuais?

Mais. De acordo com D. Island e P. Letellier, “a incidência de violência doméstica entre os homossexuais masculinos é quase o dobro da que se verifica na população heterossexual” (Men Who Beat the Men Who Love Them. Battered Gay Men and Domestic Violence, 1991, p. 14), enquanto uma investigação sobre 1099 lésbicas, também de 1991, indicava que “ligeiramente mais de metade” tinha sofrido violência física ou verbal da parte das parceiras (Gwat Yong Lie e Sabrina Gentlewarrier, “Intimate Violence in Lesbian Relationships. Discussion of Survey Findings and Practice Implications”, in Journal of Social Service Research, 15, 1991, pp. 41-59).

Sabe-se que as crianças tendem a reproduzir o comportamento violento, dentro e fora da família, dos adultos de referência. Mas não só. Como disse acima, os papéis sexuais tendem igualmente a ser replicados. A probabilidade de uma rapariga criada por um casal de lésbicas vir a ser uma lésbica activa é quatro vezes superior à de uma rapariga criada por heterossexuais (F. Tasker e S. Golombok, “Adults Raised as Children in Lesbian Families”, in American Journal of Orthopsychiatry, 65, 2, pp. 203-215). No caso dos rapazes, segundo J. M. Bailey, a percentagem de homossexuais adultos criados por um casal de gays é de 9%, quando a taxa de homossexuais exclusivos no total da população é de 1 a 2% (“Sexual Orientation of Adults Sons of Gay Fathers”, in Developmental Psychology, 31, 1995, pp. 124-129). Judith Stacey e Timothy Biblarz confirmaram a maior taxa de homossexualidade entre adultos criados em lares homoparentais, chegando mesmo a descrever esta conclusão como “politicamente incorrecta” (“How Does the Sexual Orientation of Parents Matter”, in American Sociological Review, 66, 2001, pp. 174 e 179). Último dado, talvez o mais preocupante: segundo um estudo, 29% dos filhos de casais homossexuais são vítimas de pedofilia por parte de um dos pais, pelo menos, contra 0,6% dos filhos de casais heterossexuais (P. Cameron e K. Cameron, “Homosexual Parents”, in Adolescence, 31, 1996, p. 772).

Não faço juízos de valor, repito, mas repito também que negar a adopção a casais homossexuais não é discriminá-los - é proteger as crianças. Adoptar é dar uma família a uma criança e não uma criança a uma família. A adopção não é um direito. Muito menos se exigido por um grupo que usa as crianças como escudo humano contra uma suposta injustiça, ao mesmo tempo que difunde uma cultura que tão claramente as prejudica.

Pedro Picoito
Daqui

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pode-se colaborar com o mal ?

se uma pessoa trabalha numa clínica de aborto unicamente porque precisa de um emprego para sustentar a família, isso é cooperação material.
Mas o grau de cooperação material depende da forma como se coopera com a pessoa responsável pelo mau acto. Se for o operador do aspirador que aborta os fetos, então é algo essencial para o acto mau que é o aborto, logo é cooperação material imediata.
Este tipo de cooperação com o mal não é ético, mesmo que haja coacção.

Contudo, se o trabalho consistir em cuidar das mulheres depois de terem abortado, ou cortar a relva da clínica, então não se está a contribuir de forma essencial para o acto do aborto em si e isso seria um acto de cooperação material mediata. Por fim, a possibilidade de causar escândalo pode proibir mesmo actos de cooperação material mediata, uma vez que mesmo que o objecto moral do acto seja bom, pode conduzir outros a pecar.

Randall Smith

sábado, 10 de março de 2012

MULHER E TRABALHO: CARREIRA OU FILHOS?

Favorecer a missão da mulher na família é remédio para a sociedade e lucro para o Estado

Ler mais aqui.

Como lidar com o trauma pós-aborto?

Uma sugestão aqui.

EXAME PRÉ-NATAL E O DESTINO DOS NASCITUROS

Declarações de Rick Santorum incendeiam o debate


Como parte do contínuo debate sobre os seguros de saúde e os contraceptivos nos Estados Unidos, outra questão polêmica emergiu recentemente no país: o exame pré-natal.

Em 18 de fevereiro, durante uma conferência de imprensa, Rick Santorum, candidato nas primárias republicanas, criticou o presidente Barack Obama pelo Affordable Care Act, que permite exames pré-natais gratuitos.

"O pré-natal gratuito vai acabar aumentando o número de abortos e a eliminação dos deficientes em nossa sociedade", disse Santorum.

Os comentários do candidato republicano receberam críticas, mas também inesperados elogios. Nas colunas do Chicago Tribune, mesmo defendendo o direito ao aborto, Esther J. Cepeda concordou com Santorum.

"Embora eu seja pró-escolha, Santorum não está tão fora de lugar como os defensores ardorosos do direito das mulheres ao aborto afirmam", disse a jornalista.

Explicando sua posição no dia seguinte, Santorum enfatizou que 90% dos fetos diagnosticados com síndrome de Down são abortados nos Estados Unidos.

Outro país onde o pré-natal está em debate é a Alemanha. No ano passado, o Bundestag aprovou, com 320 votos a favor e 260 contra, a lei sobre o diagnóstico genético pré-implantação em condições restritivas, conforme relatado pela agência alemã Deutsche Welle.

Os bispos alemães criticaram a iniciativa, definindo-a como contrária à dignidade humana e recordando que "toda pessoa tem o direito à vida desde a concepção".

Ameaças à vida

O jornal Die Welt informa que o primeiro bebê alemão a ser monitorado geneticamente nasceu em 27 de janeiro em Lubeck. Segundo o artigo publicado em fevereiro, os pais do bebê, que preferem manter o anonimato, sofrem de um defeito genético que, em 25% dos casos, leva ao nascimento de um filho destinado a morrer pouco tempo após o parto.

"Não praticaríamos este diagnóstico se um dos pais tivesse uma doença não mortal", disse a doutora Gabriele Gillessen-Kaesbach, envolvida no procedimento.

A experiência mostra, no entanto, que, com o tempo, o diagnóstico pré-implantação se vulgarizou significativamente, e o resultado que se segue é, muitas vezes, o aborto.

Na edição do jornal canadense Globe de 7 de janeiro, a jornalista Carolyn Abraham lembrou o primeiro aniversário da sentença do Supremo Tribunal Federal que anulou a lei que regulamentava a manipulação de embriões para tratamento pré-implantação.

No vácuo jurídico resultante, clínicas de fertilidade do Canadá passaram a enviar seus embriões aos Estados Unidos, onde eles continuaram a sofrer intervenções em ampla gama de defeitos genéticos. A maioria dos críticos se preocupa com o fenômeno da busca pelo filho perfeito, que corre o risco de degenerar em uma nova era da eugenia, disse Abraham.

O artigo relata que o médico canadense Jeffrey Nisker praticava o diagnóstico pré-implantação e mudou de ideia ao ver o que estava acontecendo. Inicialmente, ele pretendia ajudar as crianças a nascerem livres de doenças genéticas. Mais tarde, observou que muitos pais queriam o diagnóstico pré-implantação para determinar o sexo dos embriões ou selecioná-los conforme qualidades ou características.

Nisker advertiu: "Se focarmos na perfeição, acabaremos culpando as pessoas com deficiências".

Ao saberem dos potenciais problemas genéticos dos fetos, as mulheres podem se sentir pressionadas a fazer abortos. Este é o caso de Marie Ideson, que foi forçada a abortar depois de ser informada sobre a síndrome de Down do seu bebê.

"Uma enfermeira me disse que não abortar o meu filho iria fazê-lo sofrer e que ele só seria um fardo para a sociedade", disse a mulher ao jornal australiano The Herald Sun, em 4 de dezembro de 2011. Imediatamente após o aborto, ela se arrependeu. Mas a decisão já tinha criado tensões em seu casamento, que, alguns anos mais tarde, terminou em divórcio.

Abortar bebês com alguma deficiência é um hábito comum na Grã-Bretanha. Um artigo de 4 de julho do ano passado no Daily Mail informa que 482 fetos com síndrome de Down foram abortados em 2010, incluindo dez que já haviam superado 24 semanas de gestação.

Até fetos perfeitamente saudáveis ​​podem ser abortados se o sexo não for o "desejado". O jornal britânico Telegraph publicou recentemente os resultados de uma investigação secreta em que os repórteres visitaram várias clínicas para ver se era possível fazer abortos com base no sexo do feto. O relatório, publicado em 22 de fevereiro, revela que, embora esse tipo de aborto seja ilegal, a prática é realizada por grande número de clínicas.

O aborto com base no sexo do feto tem sido foco de debates também no Canadá nas últimas semanas, depois de um artigo do Jornal das Associações Médicas Canadenses, que criticou a prática.

Independentemente do valor das argumentações, se o princípio da sacralidade da vida é deixado de lado, qualquer outro valor se torna negociável.


Daqui.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Porque é que um bébé há-de viver ?


Muita polémica e indignação gerou a publicação de um artigo numa revista de ética médica (Journal of medical ethics), da autoria de Alberto Giubilini e Francesa Minerva, com o título O aborto pós- natal; porque é que o bebé há-de viver?. Nele se defende a tese de que é lícito matar um bebé recém-nascido. Não se fala em infanticídio, mas em aborto pós- natal, porque o bebé recém-nascido, como o embrião e o feto, não tem o estatuto moral de pessoa.
Não basta ser humano para ter direito a viver. Só tem o estatuto de pessoa e o direito a viver quem é capaz de atribuir valor à sua existência porque formula objetivos (“aims”) para o futuro dessa existência e tem, por isso, interesse em viver. Quem não tem essa capacidade (como sucede com o recém-nascido, mas já não com alguns animais não humanos), não sofre qualquer privação ou dano quando morre. Pode um recém-nascido sofrer um dano quando a morte lhe causa dor. E pode ele ter algum valor moral quando os pais querem que ele viva. Mas se isso não acontecer, nada obsta a que se mate um recém-nascido, não só quando ele padeça de alguma deficiência (o que já sucede na Holanda, onde é, nesse caso, lícita a chamada eutanásia pós-natal) e a vida possa ser, supostamente, para ele um fardo; mas também quando ele, por qualquer motivo, represente um fardo, psicológico e económico, para os pais e a sociedade.
Os interesses destes (pessoas actuais) prevalecem sempre sobre os de quem ainda não é pessoa e só o será potencialmente. Nas primeiras semanas após o nascimento, a criança não tem capacidade de ter objetivos (“aims”) para a sua vida. E mesmo quando, pouco depois, começa a ter essa capacidade de forma incipiente, esta ainda deve ceder perante a capacidade que têm os adultos de formular planos desenvolvidos para as suas próprias vidas.
A morte da criança poderá, para os seus pais, ser menos traumatizante do que a autorização de adopção, porque neste caso a aceitação da realidade da perda definitiva pode ser mais difícil, pois não há a certeza da irreversibilidade e permanece a esperança do retorno. Quando assim for, é preferível matar a criança.
A tese não é inteiramente inovadora (já havia sido defendida pelos influentes académicos Michael Tooley e Peter Singer), mas ainda não tinha sido exposta com tanta crueza, nem levada a consequências que muitos considerarão tão arrepiantes.
Deve reconhecer-se a coerência da tese: entre o embrião, o feto e o recém- nascido não há uma diferença de natureza, qualitativa ou substancial. A criança antes e depois do nascimento não é substancialmente diferente.
Estamos apenas perante fases distintas de um processo de evolução contínuo. Mas isso deve servir para estender a ilegitimidade do infanticídio à ilegitimidade do aborto, não para estender a pretensa legitimidade do aborto à pretensa legitimidade de infanticídio. Até porque também não há saltos de qualidade no processo de evolução contínuo que vai do nascimento à idade adulta.A repulsa que espontaneamente tem causado esta tese (que revela como, apesar de tudo, permanece viva uma sensibilidade marcada pela cultura judaico-cristã e valores humanistas) quase dispensaria a tentativa de a refutar no plano racional.
Estamos perante uma tese que é, antes de mais, contra-intuitiva. Mas não deixa de ser útil proceder a tal refutação.Em coerência, a tese levaria ao absurdo de considerar que a perda da vida (como de outros direitos) não representa um dano para quem não tem consciência do mesmo, por estar temporariamente inconsciente (a dormir, por exemplo).
Os autores do estudo respondem à objecção dizendo que nestes casos não há uma verdadeira incapacidade, mas uma simples privação temporária. Só que não se compreende a relevância dessa diferença.
Será diferente ter a possibilidade de readquirir a consciência umas horas depois (como sucede com quem está a dormir), ou de a vir a adquirir alguns meses depois (como sucede com um recém-nascido)?
Ao pôr termo à vida de um feto ou de um recém-nascido não se está a privar estes de um interesse explícito e actual em viver, mas está-se a impedir (o que não é menos grave) que eles venham a adquirir esse interesse no futuro, como viriam a adquirir se não fosse impedido o seu natural desenvolvimento (nenhum de nós estaria hoje vivo se tivesse sido impedido esse natural desenvolvimento, o que representaria um inegável dano).
A esta objecção, respondem os autores do estudo com um raciocínio falacioso, que assenta numa petição de princípio: dizem que quem ainda não tem o estatuto de pessoa (o que está por demonstrar), quem ainda não existe (o que não é seguramente verdade), não pode sofrer qualquer dano, e, por isso, os interesses das pessoas actuais prevalecem sempre sobre os interesses das pessoas potenciais.
Mas o embrião, o feto e o recém-nascido, não existem apenas em potência, são já actuais, embora não tenham ainda actualizadas todas as suas potencialidades (o que sempre se verifica com a pessoa até à idade adulta, e até ao fim da vida).
A vida é o maior dos bens humanos e o primeiro dos direitos humanos, o pressuposto de todos os outros bens e de todos os outros direitos. Este é um dado objectivo. É assim mesmo que o seu titular não tenha consciência disso e disso não se aperceba. Se isso sucede, tal verifica-se porque há alguma debilidade devida à idade (do embrião, do feto, do recém-nascido, da criança), à doença ou à deficiência em graus extremos. Não é por causa de uma qualquer incapacidade ou debilidade que a pessoa perde dignidade, valor moral ou direitos. Pelo contrário, é precisamente nos casos de maior debilidade ou incapacidade que mais se justifica eticamente o cuidado dos outros e a tutela da ordem jurídica.
Quem mais precisa de ser defendido é quem não é capaz de se defender por si próprio. É nesses casos que vale especialmente a advertência evangélica sobre o amor ao «mais pequeno dos meus irmãos». E também a regra de ouro comum a todas as religiões e correntes éticas laicas: «não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti» (a ti, que já fostes um feto ou um recém-nascido e a quem ninguém impediu o natural desenvolvimento).
Pedro Vaz Patto
Juiz de Direito

quarta-feira, 7 de março de 2012

Por favor, dêem a vossa ajuda !

O Hospital do Barlavento, através de uma das assistentes que faz atendimento, tem-nos enviado algumas situações extremas e graves de pessoas em grande dificuldade.
Infelizmente a Cáritas e as Vicentinas também estão com escassez de meios e o Banco Alimentar aqui já está praticamente esgotado.

São 2 casos de Lagoa e 1 de Portimão.

1) Lagoa: Sra de meia idade com cancro, ainda em fase de tratamento e terá que iniciar, em breve, quimioterapia. Desempregada de longa duração, sem rendimentos. Aguarda rendimento mínimo. Vive de pequeno subsídio. Rendas em atraso. Água e luz será cortada em breve. A Sra já comprou velas porque irá ter que as usar. A Sra, com isto tudo, está com uma depressão nervosa. Vive sozinha com o filho e está a viver de donativos de géneros alimentares de vizinhos e parentes afastados.

2) Lagoa: Cabo-verdiano com problema grave de saúde, desempregado e incapaz para trabalhar. Vive na casa de outra pessoa que o acolheu, mas que também está desempregado. Precisam de alimentos.

3) Portimão. Sr com problemas de saúde, incapaz para trabalhar. Vive numa pensão com o apoio de umsubsídio de habitação que inexplicavelmente será cancelado por 1 mês e, por isso, terá que ficar na rua durante esse período. Está em profunda depressão e diz que o melhor que tem a fazer é acabar com a sua própria vida.

Necessitamos de géneros alimentares e de dinheiro que pode ser transferido directamente para a Cáritas de Portimão cujo nib é o 0036 006099100193196 86. Em caso de transferência, pedía-vos que colocassem a referência "Lagoa" ou "Miradoiro" para que a responsável saiba para que serve. Isto só é possível, se fizerem a transferência por internet via homebanking

terça-feira, 6 de março de 2012

Casamento: pessoas debaixo do mesmo jugo




"(...) não só o marido deve amar a mulher, mas também a mulher o marido; não só a mulher deve estar submetida ao marido, mas o marido à mulher. A submissão não é então senão um aspecto e uma exigência do amor. Para quem ama, submeter-se ao objeto do próprio amor não humilha, ao contrário, faz feliz.

Submeter-se significa, neste caso, ter em conta a vontade do cônjuge, seu parecer e sua sensibilidade…
Dialogar, não decidir por si só; saber às vezes renunciar o próprio ponto de vista
. Enfim, lembrar-se de que se converteram em “cônjuges”, isto é, literalmente, pessoas que estão debaixo do mesmo jugo
(…)
Os esposos estão de frente, o um ao outro, como um “eu” e um “tu”, e estão frente a todo o resto do mundo, começando pelos próprios filhos, como um “nós”, como se se tratasse de uma só pessoa, mas já não singular, senão plural. “Nós”, isto é, “tua mãe e eu”, “teu pai e eu”.
Bem sabemos que este é o ideal e que, como em todas as coisas, a realidade é freqüentemente diferente, mais humilde e mais complexa, às vezes até trágica. Mas estamos tão bombardeados de casos de fracasso que talvez, por uma vez, não está mal voltar a propor o ideal do casal
(…)
Os jovens têm direito a ver que se lhes transmite, pelos mais velhos, ideais e não só ceticismo. Nada tem a força da atração que o ideal possui".

domingo, 4 de março de 2012

Shame sex addict



No início deste mês de Março estreou o filme "Shame", de S. Mcqueen, um filme polémico pelo seu teor softcore, mas também por abordar um tema desconfortável, o da adição masculina ao sexo. De fato, o código genético dos homens torna-nos um pouco pavlovianos nesta matéria e a utilização hodierna e até à exaustão da figura da mulher-objecto, de forma cada vez mais sofisticada, difusa e intensa na publicidade, na moda, na ciber-pornografia e nos media em geral acaba por acicatar e reforçar ainda mais esta tendência masculina. O problema maior, porém, sucede quando, de tendência, se torna em vício.
Pedro abrunhosa ou David fonseca já tinham abordado esta temática, de forma muito direta, nas suas canções “Diabo no Corpo” e “Sex Freak”, onde o primeiro diz “Escondo um louco no meu corpo”e o segundo “Everything I think ends up in sex” , mas no cinema ninguém o tinha feito de forma tão indiscreta como "Shame". Brandon, o seu protagonista, é um yuppie bem sucedido viciado em pornografia, prostitutas e “one-night stands” até ao dia em que o seu vício é confrontado pela sua irmã que, contra a sua vontade, o tenta ajudar. O filme mostra-nos o inferno interior, a degradação humana e a solidão em que a personagem se confronta depois de satisfazer momentaneamente o seu vicio. Interessante também a adaptação de Peter Gabriel a uma música dos Arcade Fire intitulada “My body is a cage”, onde numa balada triste se diz “Meu corpo é uma prisão que me impede de dançar com aquela que amo”.
Como refere Cesare Guerreschi, no seu livro “As novas dependências” hoje “existe (….) um paradoxo: a nossa sociedade fundamenta-se na não-dependência, no entanto, a dependência (…) é de tal modo incentivada, que se torna no ar que se respira sem se dar conta”. No caso dos homens esta dependência traz muitas e graves consequências negativas quer ao nível da realização pessoal, levando a depressões; quer ao nível famíliar, estando por detrás de muitos abortos, pedofilias, divórcios, etc; quer ao nível económico (falências, má gestão e baixa produtividade laboral), quer, por fim, até ao nível político, ao arruinar carreiras (veja-se o caso de Strauss-Kahn) e isto já para não falar no caso do malogrado comandante do cruzeiro do Costa Concordia, seduzido pela sua atraente amante moldava.
A utilização do sexo como forma de manipulação do homem é algo de assustador e preocupante porque pode arruinar uma vida. Como alguém dizia, em relação ao corpo do homem, ou este o domina ou se deixa dominar. No entanto, há um erotismo bom, uma forma de atracção do corpo em que este não se torna motivo de escravidão mas sim de sublimação e elevação. Por exemplo, o livro “Cântico dos Cânticos” mostra-nos precisamente o amor carnal como manifestação e participação do próprio amor divino que eleva e dá a felicidade.
Mas, como dizia a recentemente falecida Whitney Houston, o pior inimigo reside no pior que há dentro de cada um.


Luís Miguel Cintra lê o Cântico dos Cânticos from Pastoral da Cultura on Vimeo.

sábado, 3 de março de 2012

De facto, um embrião e um bébé recém-nascido, têm a mesma dignidade


Num artigo intitulado “After-birth abortion: why should the baby live?” publicado numa revista científica de nomeada – Journal of medical ethics – os autores, um italiano e uma australiana, afirmam, segundo uma notícia do jornal Sol e Público, ser equivalente do ponto de vista ético matar um recém-nascido ou praticar um aborto.

Apesar de a crueza do artigo ter ofendido muita gente, o seu argumento principal é verdadeiro: um bebé antes ou depois de nascer tem a mesma dignidade. O artigo vai mais longe e afirma que ambos não são pessoas, apenas pessoas potenciais. Mas, em vez de, como nos convida hoje o Padre Vasco Pinto de Magalhães, ver o que há (a dignidade da pessoa potencial) olha-se apenas para o que falta – ainda não é pessoa porque não tem consciência de si.
Daí a conclusão que se o aborto é “geralmente aceite” não há razão para não aceitar igualmente o “aborto pós-nascimento”.

A minha gratidão vai para tantas pessoas que dão a sua vida para criar condições que permitam que meninos como o Ricardo, nas suas vidas curtas e inconsceintes – testemunhem a verdadeira e última dignidade da pessoa – serem filhos amados de Deus.

Pedro Pinto
Fonte: O Povo

P.S.1- Para ver o original do estudo ver aqui

P.S.2- Já surgiram editoriais a defender o aborto do recém-nascido, tal como se pode ver aqui, num artigo de opinião de Julian Savulescu

P.S.3- O aborto do recém-nascido é algo de profundamente horrível, equiparável ao praticado na Alemanha Nazi. Aqui um vídeo, num site de cirurgia (como se de uma simples cirurgia se tratasse) a esse propósito (atenção: contém cenas chocantes)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Artigo polémico afirma que recém-nascidos não são pessoas e podem ser mortos

Dois investigadores, um italiano e uma australiana, defendem nas páginas do Journal of Medical Ethics (JME)- uma conceituada publicação da área da medicina - a ideia de aborto pós-parto. De acordo com Alberto Giubilini e Francesca Minerva, do ponto de vista moral, matar um recém-nascido, em nada difere de praticar um aborto.

Os investigadores das universidades de Filosofia de Milão e de Melbourne argumentam no artigo 'After-birth abortion: Why should the baby live?' ('Aborto pós-parto: Porque deve o bebé viver?') que um feto e um recém-nascido são dois seres «moralmente equivalentes», na medida em que ambos estão num estádio em que apenas têm o potencial para se tornarem pessoas. Como nenhum dos dois possui consciência, as mesmas razões que justificam o aborto sustentam o infanticídio.

No resumo da sua exposição explicam que «o aborto pós-parto deveria ser possível em todos os casos em que o aborto o é, e explicitam: «Inclusive quando não há malformações no feto».

Os especialistas em ética médica sustentam, no entanto, que o aborto pós-parto não é uma alternativa ao aborto («realizá-lo nas primeiras semanas da gravidez é a melhor opção», escrevem), no entanto, acrescentam que «se, depois do nascimento, se detectasse alguma doença que não tivesse sido identificada durante a gestação, ou as circunstâncias económicas, sociais ou psicológicas necessárias à educação de uma criança não estivessem reunidas» as pessoas deveriam ter a opção de não ficarem obrigadas criar a criança.

Ameaças de morte

O texto académico foi analisado por órgãos de comunicação social em todo o mundo - desde os britânicos The Telegraph e Daily Mail, passando pelo espanhol El Mundo -, a sua divulgação provocou já a indignação na Internet e os dois académicos estão a ser alvo de ameaças de morte.

Minerva, investigadora em Oxford e Melbourne, explicou ao Daily Mail que a tese foi retirada do seu «contexto teórico e académico» e explica que apesar de, no texto, defender que os recém-nascidos são não-pessoas - por não possuírem consciência da sua própria existência - não teve intenção de defender que se implemente o 'aborto pós-parto'.

O editor do JME, o professor Julian Savulescu (director do Cento Uehiro de Oxford para a Ética Prática) viu-se obrigado a, em 28 de Fevereiro, publicar no blog do JME um post em defesa dos autores e da própria publicação. Queixa-se de que as ameaças de que os autores, e ele próprio, foram alvo, essas sim são perigosas e constituem um acto de censura que «se opõe aos valores de uma sociedade liberal».

Fonte: SOL