quinta-feira, 22 de novembro de 2007
As recentes notícias acerca de tentativa de suicídio e auto-mutilação protagonizada por adolescentes mostra, mais uma vez o tipo de sociedade em que estamos metidos.
Há cerca de 1 ano atrás, ficou celebre um editorial de José António Saraiva, no qual, a propósito do referendo a favor da liberalização do aborto que se aproximava, aquele director do semanário "Sol" denunciava a existência de uma cultura de morte.
Essa cultura de morte é um facto incontornável na nossa sociedade, com um governo que promove o aborto; com gente a tentar legalizar a eutanásia; com distribuição de seringas aos toxicodependentes, inclusive nas próprias prisões em vez de apostarem na prevenção e no tratamento; uma sociedade que promove a concorrência selvagem a todos os níveis; a poluição; a vulgarização do divórcio; o abandono, falta de atenção e carinho de muitos pais em relação aos filhos etc, etc.
Ontem, no Jornal da Noite da SIC, uma pedopsiquiatria dizia que a causa deste comportamento dos jovens está relacionado com o comportamento dos adultos.
Nós adultos, dizia, não transmitimos esperança aos nossos filhos adolescentes. O futuro para eles é uma incógnita e nada há no futuro que os deixe entusiasmados.
Eu pessoalmente, em pouco menos de 2 meses, soube, no Sotavento Algarvio, de 2 casos, 1 de auto-mutilação e outro de tentativa de suicídio.
Ambos, tinham um denominador comum; famílias destruídas, falta de comunicação entre gerações, lacunas afectivas e desorientação dos adolescentes.
Há que dar luzes e alternativas construtivas a estes jovens.
Deixo aqui um modesto contributo com 2 pistas:
- Promover o voluntariado junto destes jovens, fazendo-lhes ver que eles podem ser úteis a outras pessoas, mostrando que as suas vidas podem ter um sentido útil.
- Promover algo que foi recentemente falado e proposto pela APFN: acolhimento de jovens em risco por famílias voluntárias ou pura e simplesmente, como acontece já com uma instituição de acolhimento em Portimão, o acompanhamento por parte e famílias voluntárias aos fins de semana de crianças e jovens em risco.
Entretanto, quem anda a apagar os fogos são os psicólogos das escolas frequentadas por estes miúdos...
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