quinta-feira, 29 de julho de 2010

Inês Pedrosa e as "mulherzinhas"

Num extenso exercício de "non sequiturs", Inês Pedrosa veio em ataque daquelas raras pessoas que, na nossa sociedade, se preocupam e batalham pelo reconhecimento do direito à vida do ser humano em fase de desenvolvimento intra-uterino.

Vejamos: vivemos numa sociedade que mata seres humanos por conveniência. Essa mesma sociedade tolera esses crimes, considera-os legais, financia os ditos crimes, procura coagir os funcionários do sistema de saúde a perpetrá-los abusando da liberdade de consciência, e propagandeia a viva voz que esse crime é "um direito".

Ora nessa sociedade, existe um punhado de lutadores e de lutadoras que gritam "basta" e que batalham por uma sociedade mais justa, com menos crimes. E a Inês Pedrosa, advogando que o tal crime é "direito", combate quem tem razão. Ora, pelas regras inflexíveis da lógica, não pode ter razão quem combate os que têm a razão do seu lado.

Claro que Inês Pedrosa não explica como é que o aborto, esse crime hediondo, é um "direito". Ela assume isso. E claro que, então, todo o seu texto sofre da falácia da petição de princípio: está assente sobre o vazio ético da falta de razões decentes para se legitimar a destruição de seres humanos inocentes.

Vejamos alguns dos aspectos errados do dito artigo:


«Há dias, na televisão, uma senhora de uma associação que se opôs ao direito à interrupção da gravidez fazia o balanço dos três anos da lei nesse astuto tom de luta em prol dos direitos das mulheres.»

Cá está a falácia da petição de princípio. De forma descarada, Inês Pedrosa insere a expressão "opôs ao direito", assumindo que o aborto é um direito. Obviamente não é, pois nenhum crime é direito, mas a autora não explica porque razão considera que matar um ser humano inocente é um direito.

«A ideia que se pretende passar é essa: ser contra a lei que permite a interrupção da gravidez é ser-se feminista. Porquê? Porque, desde que existe a lei, "as mulheres" ficaram mais "sozinhas" e são "obrigadas" a abortar. Quando o médico presente tentava demonstrar a insensatez do argumento, a senhora contra-atacava, repetindo: "Eu estou no terreno, eu oiço as mulheres." Ora, no terreno estamos todos: e ninguém no seu perfeito juízo pode acreditar que um brutamontes qualquer arraste a mulher (ou a filha, ou a amante) pelos cabelos para o centro de saúde - ao contrário do que podia fazer, em total impunidade, quando se tratava de a levar para a abortadeira clandestina.»

Na teatralidade encenada para dar ar de solidez a argumentos vácuos, Inês Pedrosa fala numa hipotética e improvável cena teatral do machista bruto que arrasta as mulheres pelos cabelos para abortar. Claro que ela omite, astuciosamente, os casos frequentes de poderio que oprimem a mulher do nosso tempo. Situações abundantes como a do patrão que diz à sua empregada grávida que ela "tem que resolver o assunto". Inês Pedrosa não conhece esses casos. Então é porque não existem!

«Chamo-lhe delírio, porque as gravidezes interrompidas não deixariam de existir se não houvesse a lei.»

Eis agora a falácia da inevitabilidade do aborto. Abortar é tão inevitável como respirar. Temos que respirar como temos que abortar. Claro está que esta falácia consiste em erradicar alternativas válidas ao aborto. À luz da filosofia da inevitabilidade do aborto, a mulher atrapalhada com uma gravidez indesejada não pode optar por não abortar, e o Estado não pode também optar por financiar as grávidas em dificuldades! O aborto aparece como uma inevitabilidade. Sendo inevitável, tanto como o sol nascer amanhã de novo, há que providenciar então condições para ele ser executado. Mas porque razão seria o aborto inevitável? Inês Pedrosa risca do cenário das possibilidades um Estado que apoie a maternidade, um estado que permita à mulher que é mãe ser mãe. Isso é triste. É desumano. E falacioso.

«A mim, esse crescimento dá-me satisfação: significa que o aborto clandestino está a desaparecer.»

A coisa boa do aborto clandestino, para usufruto de opinadores como Inês Pedrosa, é que é clandestino. Se não há números do aborto clandestino, podemos dizer que o aumento do número de abortos "legais" se deve à redução do clandestino. Pode-se dizer o que se quiser: é clandestino.

«Como é lógico, não basta que a lei entre em vigor para que as mulheres corram para os hospitais. Têm medo de ser vistas.»

Medo. Muito medo. E medo de voltar vezes e vezes seguidas, como indicam as estatísticas de múltiplos abortos por mulher.

«É preciso dar tempo para que as mulheres ganhem confiança no sistema de saúde.»

Exacto: mães, ganhem confiança naqueles que vos destroem os vossos filhos. Confiem nos abortadores. Nada como confiar em pessoas que destroem seres humanos.

«Eu também me lembro. Conheci demasiadas mulheres que perderam a saúde e a vida por abortos miseravelmente feitos.»

Nova falácia: um crime clandestino e medicamente perigoso é coisa má. Mas já um crime "legal" e medicamente perfeito seria coisa boa. Isto está errado. Há que ver que o problema ético do aborto não está nas circunstâncias do acto de abortar. O problema está mesmo no acto de abortar!

«Nenhuma mulher interrompe uma gravidez por ordem de outrem»

Como é que tem tantas certezas? Conhece todas as mulheres? Todos os casos? Frases começadas por "nenhum" ou "nenhuma" são afirmações absolutas. Devem ser usadas com cautela. E os casos de coacção que referi atrás? Não existem? Nenhum? O patrão que ameaça despedimento? O namorado que ameaça ir à sua vida? O pai ou a mãe que ameaçam colocar a adolescente fora de casa?

«O que realmente perturba os controleiros da moral dos outros»

É preciso explicar a Inês Pedrosa que não estamos a falar da moral dos outros! Isto é A MORAL. A moral de todos nós. Se a Inês Pedrosa preferir, estamos a falar da ética de todos nós. Essa coisa pública e de todos. Se matar está mal, se matar não é ético, uma sociedade civilizada não pode tolerar o aborto, entende? Se não avançar com um só argumento a legitimar, eticamente, a destruição deliberada de seres humanos inocentes, então o seu artigo é um vazio argumentativo. É uma interminável lista de "non sequiturs" e de falácias, sustentadas no vazio ético.

UMA LIBERDADE RESPONSÁVEL E ESCLARECIDA INCOMODA

1.

O aborto deu, dá e dará que falar. E dificilmente se achará bom senso nas opiniões e nas discussões enquanto perdurar o fanatismo, a ignorância e o desrespeito pela vida humana. Da extrema-esquerda à extrema-direita, do agnosticismo à religião, do político ao apolítico, parece que fanatismo e ignorância há em todo o lado, e que se aliam como se de uma união indissolúvel se tratasse.

Vem isto a propósito de algumas opiniões de jornal e em blogues que vou lendo a propósito da análise dos dados da DGS sobre os abortos praticados à pala da nova lei do aborto. Regozijam-se, salvo raras excepções, aqueles que defenderam o “sim” ao aborto até às 10 semanas, por opção da mulher, porque, em Portugal, a mulher adquiriu um direito que outras já tinham noutros países, sobretudo na Europa e na América no Norte, onde se regista o melhor nível de vida e onde a mulher alcançou uma liberdade que antes não tinha (tentação de raciocínio: o aborto dá direito a melhor nível de vida).

Vir, agora, desdizer que 50.000 abortos, nalguns casos repetidos (em 2, 3 e 4 abortos) era como se se dissesse “Calma aí! Afinal, as mulheres não são assim tão responsáveis como se dizia. O aborto pratica-se em qualquer situação. Tem de se pôr travão nisto.” era vir admitir que se estava errado. Ora, dar o braço a torcer ou ser-se suficientemente humilde é difícil e cria uma raiva às pessoas, que não sei porque será isso se todos podemos errar, decorrente até da manipulação de outros. É difícil, portanto, que quem defendeu o “sim” ao aborto livre venha admitir que a lei é um falhanço autêntico. Foram, em dados acumulados, até agora, cerca de 50.000 abortos! (Sem contar com o aborto clandestino, cujos dados, por serem clandestinos, são dificílimos de contabilizar, mas que se poderá adivinhar não causar agora tanta repulsa, dado que o pudor a um aborto está, agora, menos fragilizado.) Isto é um número surpreendente, que nos deverá fazer pensar e actuar.

Eu até compreendo porque é que algumas pessoas, fazendo-se passar pela maioria, não voltam atrás e diz regozijar-se com os resultados da lei. (Eles são efectivamente maus. E completamente desregrados!) E porque assim é?

A resposta é o poder. A mulher tem o poder (não é só o direito, é o poder!) de controlar a mais óbvia das leis da natureza. Tem o poder de se contrapor ao “inimigo”, de se impor, de controlar. Tal como fez o homem durante séculos. E, agora, é a vez delas. (E uma mulher que discorde desta visão feminista está fora da onda, já para não dizer lixada!) O poder é uma ambição desmedida, é um desvario dificilmente controlável. E começam as lutas, as facções, as guerras: eles e elas, nós e eles. Chegados aqui, onde não se regista respeito pelo outro, em que o outro só serve para uso, o mais que há é abuso.

Uma gravidez é um empecilho! Uma gravidez não permite ter um corpo belo e brilhante, impossibilita as mulheres de terem emprego e de o manterem, e consequência disso, de serem autónomas. Uma gravidez implica muita responsabilidade e obriga as pessoas a tomarem um rumo diferente para a vida. Traz despesas e cansaço. Uma gravidez não é conveniente. Uma gravidez contraria o materialismo e o estilo de vida actual. É isto que se pensa. É esta a triste e infeliz realidade.

Dizer que se atingiu o extremo (nos E.U.A. foi pior, admitiu-se mesmo o aborto parcial) pode ser entendido como “Pois. As mulheres não podem ter liberdade.” E, como já estamos a ver, começa o descarrilamento e passa-se do 8 ao 80. Há, de facto, muito medo de perder a liberdade alcançada e medo de ficar para trás.

2.

E, depois, há o contrário, no lado oposto da barricada: o medo do desregramento e a perda do bom senso nas questões éticas que dizem respeito à vida humana, o medo do vale tudo, em todas as circunstâncias. E há, claro, o medo dos abusos, de interpretações que admitam tudo de todas as maneiras. Aqui, depois, também há fanatismos e a impossibilidade de discussão…

3.

Sejamos sérios: em tudo tem de haver bom senso. E porque não há bom senso? Qual é o problema disto tudo? Já o disse, o fanatismo, a ignorância e o desrespeito pela vida humana.

Nenhum homem, nenhuma mulher pode considerar-se livre se não for responsável e se não for esclarecido/a. Hoje, mais do que nunca vivemos num tempo em que sabemos que homem e mulher são iguais em direitos e deveres; que a vida humana não é uma coisa qualquer, que se faz e depois se desfaz; que a família precisa de estabilidade económica, afectiva e apoio, que se precisam de verdadeiras políticas de família, que nos comprometem a todos no futuro; que se sabe como se engravida; que uma educação sexual bem dada em princípios, valores e exemplos é fundamental para se prevenirem gravidezes não desejadas. Mas parece que não sabemos nada disto.

A liberdade só o é se houver responsabilidade e esclarecimento. Se hoje temos tantos meios que nos permitem ser esclarecidos, é difícil entender o porquê de políticas tão inconscientes, de tanta irresponsabilidade, de tanto desrespeito pela mulher, pelo seu direito a ter filhos, sem ser prejudicada por isso, do direito dos próprios homens, cada vez mais ameaçado.

Porque mete tanto medo uma verdadeira liberdade responsável e esclarecida?

4.

A nova lei do aborto é um desastre, uma irresponsabilidade terrível, um abuso do poder, um meio que fragilizou as mulheres, e também os homens, por carecerem de uma política de família que as/os ajude a ter família, a manterem postos de trabalho. E os mais jovens são quem paga a factura. Pois claro! Espero que os -ismos que afunilam as hipóteses de as pessoas se realizarem com filhos tenham os dias contados.

Não acabou o aborto clandestino. O negócio das clínicas de aborto é chorudo. As despesas com o aborto não sofrem os cortes da crise (curiosamente sofrem aqueles que têm família e bocas para alimentar e crianças para educar). O planeamento familiar não funciona. A informação de planeamento familiar ou de educação sexual é dada pela metade. Os pais não têm formação para educar os seus filhos. As famílias são impedidas de terem filhos e de se realizarem com isso. As mulheres que têm filhos ou estão grávidas são prejudicadas por isso. Sim, há mulheres coagidas a fazer abortos. E disto não se fala… Porquê?

Sabemos que sabemos que estamos mal. E sabemos o que fazer: mudar.

Mulheres puramente discriminadas por serem mulheres

Cada vez ouço mais comentários destes:

Eu gostava de poder ter mais um filho. Mas como? Uma pessoa nunca sabe o que vai estar a fazer no ano a seguir. E mais, uma pessoa nem tem tempo. Entra no trabalho de manhazinha, sai à noite!

As mães também são vítimas do aborto?

No último «Expresso» (24 de Julho de 2010) a jornalista Inês Pedrosa assina um artigo a tentar defender que o aborto não atinge as mães e a congratular-se com o aumento do número de abortos. Como se isto não bastasse, exprime a sua opinião de forma muito deselegante.

Em primeiro lugar, não podemos aceitar a desculpa de que, apesar de o número de abortos ser gigantesco, a parcela dos abortos clandestinos teria diminuído. As indicações disponíveis não o confirmam e, mesmo que tivesse havido alguma redução dos abortos clandestinos, o total do número de abortos, que disparou de maneira impressionante e continua a crescer mês a mês, mais do que compensaria a redução. Hoje em dia, o número anual de abortos é notavelmente superior a qualquer estimativa anterior à lei do aborto.

A ideia de que os abortos clandestinos se efectuam geralmente nos «vãos de escada», muito repetida na campanha do Referendo, há décadas que não corresponde à realidade portuguesa: aborto clandestino é aquele que não se quer tornar público. Clandestino não significa improvisado ou inseguro. Por isso se compreende que o aborto clandestino não diminua, porque muitas pessoas preferem pagar o aborto do seu bolso, para evitarem a vergonha de dizer, cara a cara, aos médicos e ao pessoal administrativo, que querem matar um bebé.

A própria APF, grande defensora do aborto, reconhece que a generalidade dos abortos clandestinos é realizada por médicos e enfermeiras tecnicamente competentes. Para a maioria, a despesa do aborto não é o mais relevante e, por isso, o facto de o Estado pagar não é suficiente para desviar um aborto clandestino para as vias legais. É por este motivo que a legalização do aborto não serve para reduzir o aborto clandestino.

Por outro lado, a legalização do aborto e as campanhas que procuram habituar a opinião pública a um crime tão triste estão a surtir o seu efeito sinistro. O aborto clandestino não diminuiu, e talvez tenha aumentado; e os números do aborto legal, a crescerem todos os meses, mostram como está a descer em Portugal o respeito pela vida.

Na estatística oficial acerca das causas que levam ao aborto, a esmagadora maioria das respostas invoca motivações fúteis. Mata-se um bebé porque não dá jeito, porque apetece, porque estraga os planos de férias. Quase sempre (concretamente, em 97% dos casos), não há uma razão especial para acabar com a vida do bebé. O Estado paga e ainda concede um subsídio: por que não?... Por que havíamos de ter respeito pela vida dos outros, se podemos acabar já com ela?

O artigo de Inês Pedrosa argumenta que as mulheres não são também vítimas da lei do aborto. Pelo contrário, todos sabemos que cada vez mais mulheres são pressionadas para abortar. Há minutos, recebi um «mail» a contar mais uma história: «Na escola onde a minha mulher dá aulas, houve 1 caso de uma miúda que contou a toda a gente que ia ter um bebé e que estava muito contente. Passados uns dias, após ter faltado à escola, voltou triste porque os pais a obrigaram a fazer um aborto». Noutro caso recente, cuja notícia também me chegou hoje, foi o patrão que pressionou a funcionária a praticar o aborto. Não adianta fechar os olhos.

Para quem não queira ouvir as pessoas e prefira lidar com informações mais abstractas, basta consultar as estatísticas oficiais portuguesas, segundo as quais uma percentagem significativa das mulheres que fizeram um aborto declara ter sofrido pressões graves. A estatística fala por si. Por trás de cada resposta, e são milhares, está uma mulher vítima de injustiça.

Por último, parece-me que a deselegância do texto de Inês Pedrosa não pode ficar sem comentário. O artigo talvez tenha sido escrito à pressa, num momento exaltado, mas não deixa de ser um texto escrito, disponível na Net e impresso num órgão de grande tiragem.

A forma desprimorosa como a articulista se refere à Presidente da Federação Portuguesa pela Vida e a todos os que não aceitam o aborto desqualifica, por si, todo o artigo. Mesmo antes de Inês Pedrosa estudar melhor o assunto e repensar as suas opiniões, ficava-lhe bem pedir desculpa pelo excesso.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os homossexuais são mais promíscuos ?


O debate sobre a homossexualidade, a promiscuidade e a doação de sangue remete-nos para a questão da relação causa-efeito entre o 1º e 2º.


Sobre esta temática, encontrei a súmula de um estudo que me parece muito interessante e que pode ser consultado aqui.


Este estudo reconhece que os homossexuais são, na sua maioria, mais promíscuos. Porém, termina concluíndo que o factor determinante para essa situação radica no sexo masculino e não no ser homossexual.


Em tese, reconheço alguma validade a esta conclusão. O homossexual é "o homem à solta", podemos dizer assim.


No caso do homem heterossexual existem limites impostos pela sociedade e pela tradição que o levam a uma maior contenção. Porém, há heterossexuais que não sentem essa tradição e que optam pelo recurso ao sexo fácil, em particular, através do recurso (em alguns casos, reiterado e quase compulsivo) à prostituição feminina.

Os homens são mais instintivos porque as suas hormonas assim o determinam, dirão alguns.


A questão, porém, não se deve colocar só na perspectiva do libertar ou não, de forma mais ou menos desordenada, os instintos sexuais que existem em cada homem.


A questão inteligente deve ser a de saber se esse comportamento in the end of the day, como dizem os ingleses, traz ou não mais felicidade ou se, na realidade, não funciona somente como uma mera droga que não só não torna o homem mais realizado como lhe deixa marcas, por vezes, fatais para a sua própria saúde física e psíquica.
Fonte da pintura: Sexual Gluttony, por Paula Andrea Pyle

terça-feira, 27 de julho de 2010

Famílias Numerosas criticam novas regras

A Associação de Famílias Numerosas critica o Governo pelas novas regras de acesso ao abono de família, que poderão deixar muitos agregados familiares de fora deste apoio social.


As novas regras ditam que apenas os agregados familiares com um património mobiliário inferior a 100 mil euros poderão continuar a receber o abono de família.

“É uma medida totalmente disparatada”, disse o presidente da associação, Fernando Castro, prevendo como efeito da nova legislação o incremento “da queda da taxa de natalidade” e o envelhecimento ainda mais forte da população”, “Nunca tivemos um Governo que tivesse sido tão hostil à família como este”, desabafou, ainda, o presidente da Associação de Famílias Numerosas.




Notícia daqui.

Aborto: Deputadas questionam Governo sobre fragilidades da legislação

A deputada Teresa Venda, independente eleita nas listas do PS, considera que existem lacunas e fragilidades na forma como está a ser aplicada a Lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez.

Teresa Venda é uma das duas deputadas socialistas que assinam o requerimento, enviado ao Governo, para que faça chegar ao Parlamento o relatório anual sobre o cumprimento desta legislação sobre o aborto.

Em declarações à Renascença, Teresa Venda lembrou que, no relatório anterior, verificou-se que “há mulheres que fazem mais do que uma interrupção voluntária da gravidez por ano”, pelo que a deputada entende como “importante conhecer qual é o montante que de interrupções voluntárias da gravidez que estão a ser feitas em local público e privado, e qual o investimento que está a ser afectado a este cumprimento da lei”.

Outro dos objectivos do requerimento, explicou a deputada Teresa Venda, é saber como estão a ser realizadas as consultas prévias, uma vez que, de acordo com a última informação, havia “fragilidades” em “várias zonas do país”.

A deputada quer também saber se foram colmatas fragilidades, detectadas em anos anteriores, relativamente às consultas pós interrupção da gravidez, no Alentejo e no norte do país, e de planeamento familiar específicas para adolescentes, sobretudo, na região do Alentejo.
Notícia daqui.

Sobre as consequências da liberalização do aborto...

....ou "como o aborto resulta só da decisão da mulher que nunca se deixa pressionar"

Ler o resto aqui.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Do fanatismo ao bom senso da realidade


O fanatismo pró-gay chega ao extremo de exigir que a realidade seja branqueada e escondida em favor de um alegado combate à homofobia.


É bom saber que o Ministério da Saúde, porém, ainda mantém algum contacto com a realidade e o bom senso.






Entre a satisfação do ego de uma minoria e a garantia da salvaguarda da saúde pública, não há que hesitar.



Nem me dou ao trabalho de colocar links que confirmem o perigo que é um homossexual dar sangue.
Mudarei a minha posição quando encontrar ou me mostrarem homossexuais que não sejam promíscuos. Até pode ser que existam, mas ainda assim parece-me mais segura e fiável a actual posição do Instituto Português do Sangue.
Se os homossexuais não querem ser discriminados, neste particular, mostrem à comunidade que a promíscuidade não faz parte do seu dicionário.
P.S.- Penso que os heterossexuais que assumam a existência de multíplas relações também deveriam ser discriminados.
Em todo o caso, nada melhor do que uma boa análise ao sangue para confirmar a qualidade do que se está a doar...

domingo, 25 de julho de 2010

Mulheres puramente discriminadas por serem mulheres


A desigualdade de género não é apenas uma desigualdade verificada nos países do terceiro mundo, sobretudo quando se fala em alfabetização e emprego.

Em pleno século XXI, em Portugal, um país europeu, as mulheres são discriminadas, porque são mulheres, porque têm filhos, porque escolhem casar e ter família.

Pois é, estas são duas perguntas que... sem piedade, nem pudor, se ouvem em entrevistas:

- É casada?

- Tem filhos?


Isto é discriminação!

Nenhuma mulher pode ser discriminada no trabalho em virtude de ser casada e de ter filhos!
Abaixo a discriminação contra as mulheres!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como contributo para o debate ético em torno do estatuto ético do zigoto humano, e na defesa do direito à vida do ser humano deste a sua concepção (fertilização do óvulo pelo espermatozóide) até à morte, escrevi um pequeno texto de três páginas intitulado O estatuto ético do zigoto humano.

É um texto curto, que não está preparado para responder a todas as objecções provenientes dos defensores do direito ao aborto em geral. Para responder a essas objecções, na altura do referendo sobre a nova lei do aborto, escrevi um texto mais extenso: Argumentário contra o direito ao aborto.

O breve texto O estatuto ético do zigoto humano pretende ser uma síntese da defesa do direito à vida desde a concepção, centrada no reconhecimento do direito à vida do zigoto humano, e baseada apenas em argumentação racional (científica e filosófica).

O texto pode ser útil para:

a) rebater a má argumentação dos defensores do direito ao aborto

b) rebater a má argumentação dos defensores da legitimidade da destruição de zigotos e embriões humanos

c) rebater todos aqueles que dizem que a defesa do direito à vida desde a concepção é sempre feita com base em argumentação religiosa ou teológica, e que não há argumentos científicos ou filosóficos para sustentar essa posição: como se vê, isso é falso

Como sempre, agradeço aos pacientes leitores deste novo texto toda a sugestão de correcção ou melhoramento que me queiram fazer.

Bernardo Motta

PS: Aqui há tempos, escrevi um texto para rebater a ideia errada de que a defesa do direito à vida desde a concepção implicaria o direito à vida de todo o tipo de célula humana. Aqui fica, por comodidade, o dito texto: Aborto e clonagem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sida e preservativo

Uma certeza resultou dos numerosos discursos consagrados à prevenção: a mensagem única de utilização do preservativo não é suficiente para reduzir a pandemia.

Segundo Bernard Hirshel, professor de medicina no hospital universitário de Genebra, “quando se utiliza um preservativo da forma clássica, a taxa de infecção é de 9,1%”, acrescentando que “o tratamento antirretroviral é potencialmente mais eficaz do que tudo”.
E é-o ainda mais quando combinado com outros meios de prevenção, como o preservativo, a circuncisão e a utilização de microbicidas.
"Especialistas como Bernard Hirschel defendem esta estratégia e também novas mensagens sobre os riscos de infecção, até porque centrar a prevenção no uso do preservativo não dá os resultados desejados nos comportamentos".

COM PESO E MEDIDA - Debate/Opinião Antena 1 - Multimédia RTP

Sobre a vontade ou a falta dela, recomendo vivamente a breve crónica de hoje, na Antena 1, da Profª Isabel do Carmo.

Diz a especialista que um estudo apurou que apenas 5% do que comemos é fruto de uma vontade deliberada e consciente. Os restantes 95% são o resultado de comportamentos induzidos e condicionados pela publicidade, instintos, etc..

Vale a pena ouvir, aqui



COM PESO E MEDIDA - Debate/Opinião Antena 1 - Multimédia RTP

Balanço sobre o número de abortos praticados em Portugal desde 2007

FPV ABorto 2010

A relação dos pais com os filhos

"Os pais são os principais educadores dos seus filhos, tanto no aspecto humano como no sobrenatural, e hão-de sentir a responsabilidade dessa missão, que exige deles compreensão, prudência, saber ensinar e, sobretudo, saber amar; e devem preocupar-se por dar bom exemplo. A imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a educação.
O ideal para os pais é chegarem a ser amigos dos filhos; amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se consulta sobre os problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável.
É necessário que os pais arranjem tempo para estar com os filhos e falar com eles.
Os filhos são o que há de mais importante; mais importante do que os negócios, do que o trabalho, do que o descanso.
Nessas conversas, convém escutá-los com atenção, esforçar-se por compreendê-los, saber reconhecer a parte de verdade – ou a verdade inteira – que possa haver em algumas das suas rebeldias. E, ao mesmo tempo, apoiar as suas aspirações, ensiná-los a ponderar as coisas e a raciocinar; não lhes impor uma conduta, mas mostrar-lhes os motivos, sobrenaturais e humanos, que a aconselham.
Numa palavra, respeitar a sua liberdade, já que não há verdadeira educação sem responsabilidade pessoal, nem responsabilidade sem liberdade"
José Maria Escrivá

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tiago Alves morreu


Tiago Alves um dos judocas com maior perspectivas de futuro morreu de cancro.


O meu filho é também praticante de judo e, quem está dentro deste desporto, sabe a importância que é dada à lealdade e (não obstante ser um desporto de combate) à bondade e ao respeito em face do outro.


Tiago soube que tinha cancro no dia 21 do passado mês de Junho e faleceu agora.


Criou um blogue chamado Ippon (nome técnico do golpe que permite a vitória num combate) for Life. Quem visitar o seu blogue aqui verá que o Tiago era um lutador nato.


Alguém dizia uma vez que Deus por ter poucos amigos, leva os que tem para junto de si.


Aqui deixo um excerto de um post seu:


A vida às vezes é um mistério, existem passagens nela que nem nós nem ninguém consegue explicar e muitas vezes acabamos por sofrer com isso.
Muitas vezes perguntamos porquê que o mal só acontece a nós e não aos outros, porquê que eu, que tento ser a melhor pessoa possível e tento ter uma vida o máximo saudável possível, tenho de levar com todo o mal enquanto que existe outras pessoas que se estragam com drogas e andam para aí a matar ou a roubar e nada lhes acontece. Não estou a dizer que desejo o mal a essas pessoas, mas sou humano e acho que tenho o direito de pensar desta forma. Além de que não devo ser o único.
O dia 21 de Junho de 2010 foi para mim o pior dia da minha vida. Foi o dia em que me tiraram a minha pessoa. A sério, neste momento eu sou uma pessoa totalmente diferente

Ainda a pedofilia


A carta que se segue foi escrita pelo padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, e endereçada a 6 de Abril ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa a sua perplexidade diante da onda mediática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes a par do desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.

Eis a carta.

Querido irmão e irmã jornalista:

Sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo. Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes...
Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo
Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino.
Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.
Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos.
Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve. A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce.
Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos. Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido.
Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo,
Pe. Martín Lasarte, SDB.

Textos rádio Costa D'Oiro



Dia 20

As Mãos Erguidas são um grupo de homens e mulheres, de todas as idades, que promovem a Cultura da Vida, travando o grande combate contra o flagelo do aborto.
A acção deste grupo começou no dia 28 de Janeiro de 2008, na rua, contactando as mulheres que entravam e saiam de uma clínica de aborto espanhola, a fim de as demover de matar os seus filhos em gestação.
O logótipo adoptado pela Mãos Erguidas representa duas mãos erguidas protegendo um recém-nascido. Assim, as Mãos Erguidas apoiam mulheres que pretendam recorrer ao aborto (em razão de motivos económicos e sociais), de forma a cria-lhes condições para terem os seus filhos.
Até agora já são várias as vidas que foram salvas. Há testemunhos de pais que não abortaram os seus filhos com a ajuda das Mãos Erguidas em http://www.maoserguidas.org/.

Dia 21
Para a maioria das crianças este é já um período de férias. E o que fazer nas férias?
O Islandês Magnus Scheving, também conhecido por Sportacus da famosa série Vila Moleza, escreveu, há 2 anos atrás, num jornal inglês, algumas dicas sobre a melhor forma das crianças passarem as férias.
O 1º conselho é dirigido aos pais. Terem pensamento positivo e darem o melhor exemplo aos filhos, prevendo momentos para, em cada dia, participar em actividades conjuntas com os filhos.
Outro conselho passa por aproveitar as férias para lhes criar o hábito de comer mais peixe, em vez de carne, escolhendo aquelas receitas que sejam mais atraentes para as crianças e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunidade para lhes explicar que há comidas menos saudáveis do que outras e a razão porque tal assim é.
Depois, uma vez por semana, no início ou no final, reunir e perguntar aos filhos o que é que, na semana que passou os fez ficar mais felizes e o que é que os fez ficar menos felizes.
Por fim, fazer todos os dias, 5 minutos, de música acompanhada de ginástica ou não fosse Sporticus o rei dos saltos.
Numa palavra, criar cumplicidades familiares, com estilos de vida saudáveis.

Dia 22
A Fundação Irene Rolo, de Tavira, foi distinguida pelo Presidente da República no passado dia 10 de Junho, dia de Portugal. Um motivo de orgulho para a instituição que, por dia, cuida de cerca de 150 pessoas portadoras de vários graus de deficiência.
Esta instituição promove a intervenção precoce junto de crianças portadoras de deficiência ou em situação de risco dos zero aos seis anos, mas também com mais de 16 anos.
A criança e a família são o centro das atenções das acções de natureza preventiva, numa estratégia de apoio que conta com uma equipa técnica composta por uma psicóloga, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, técnica de serviço social. O objectivo é desenvolver programas adequados às necessidades específicas de cada criança e, ao mesmo tempo, estimular as famílias a tornarem-se mais competentes e autónomas no acompanhamento dos filhos. O apoio é dado no contexto natural da criança ou em ambulatório. Além disso também tem Centro de Actividades Ocupacionais.
As pessoas portadoras de graus de deficiência também têm direito à felicidade e a uma maior qualidade de vida e, no Algarve, a Fundação Irene Rolo dá um forte contributo para este ambicioso objectivo.

Dia 23
O casamento é a realização mais espantosa da humanidade.
Que duas pessoas tão diferentes encontrem uma complementaridade fecunda para a vida e, através da sua união, dêem substância e continuidade à comunidade humana é sublime. Mais ainda, uma descrição objectiva do que está implicado na vida quotidiana de um casal mostra a qualquer observador perspicaz que ele é formalmente impossível. Por isso, os casamentos que se vão mantendo não são fáceis e sem problemas. Todos os casamentos parecem ser, por natureza, e à partida impossíveis. Mas o que é certo é que alguns persistem de forma perene.
Nos media, em geral, transmite-se a ideia que um casamento que se perpetua até à morte é algo de praticamente impossível e que a tendência natural é que, com o passar do tempo, mais cedo ou mais tarde, todo o casamento degenerá forçosament em divórcio.
O fundamentalismo erótico anula a relação e o casal, quantas vezes, desiste logo ao primeiro obstáculo.
A questão está em saber se uma qualquer sociedade pode ser verdadeiramente coesa, sobreviver e renovar-se na ausência de vínculos e na base apenas de relações precárias. Não é certamente o horizonte da precariedade o mais propício e salutar para a geração e educação de filhos. As estatísticas comprovam-no: a natalidade é muito menor quando os casais vivem em união de facto. Na época do “inverno demográfico”, quando em Portugal a taxa de natalidade atinge mínimos históricos, seria bom pensar na importância que se dá e que damos à perenidade do casamento.

Dia 26

Vários estudos e notícias têm vindo a alertar alertam para os perigos para a saúde psíquica e física e para a estabilidade e felicidade do casal que resultam do consumo de pornografia, sobretudo na internet. Nos Estados Unidos, calcula-se que cerca de 25 milhões de adolescentes, com idades entre os 13 e os 19 anos, consumam diariamente pornografia na internet, numa média de cerca de 87 horas por ano. E que cerca de 230 milhões de adultos façam o mesmo, com uma média de 40 horas por ano, o que tudo somado significada que cerca de 11 biliões de norte-americanos consomem, anualmente, material pornográfico.
Também certas práticas sexuais divulgadas pela propaganda de material pornográfico, associadas a comportamentos promiscuos ou contrários à funcionalidade e finalidade natural dos órgãos sexuais são causadoras de uma vasta lista de patologias, tais como infecções urinárias, cancros, HIV, Hepatite B, depressão e as mais diversas doenças sexualmente trasmissíveis ou também denominadas DST's. O número de actores e actrizes pornográficos e de pessoas que fomentam uma vida sexual promíscua e que têm mortes permaturas é, aliás, impressionante. Muitos deles vivem uma vida de inferno destruída pelo consumo de drogas, alcóol, esteróides, levando-os, muitas vezes, a situações de cirrose hepática, suicídio, auto-mutilação, overdose, etc...Era importante que sobretudo os jovens soubessem que a pornografia e os comportamentos promíscuos não são uma forma de libertação, mas sim de escravidão com graves consequências para a sua vida presente e futura e, sobretudo, para a sua felicidade.

A eutanásia e o regime nazi

"Na autobiografia, o cardeal não alude a um episódio que, no entanto, revela em 28 de Novembro de 1996, durante uma conferência internacional promovida no Vaticano pelo Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde.
É um episódio doloroso: o assassínio às mãos dos nazis de um seu parente afectado pelo síndrome de Down. Ratzinger menciona-o para alertar contra o perigo «sempre presente» de um «regresso da barbárie», ou seja, do perigo da exclusão de alguns seres humanos da categoria daqueles que são dignos de respeito.
«O rapazinho morte pelos nazis», afirmou o purpurado, «que em 1941 tinha catorze anos, era alguns anos mais novo que eu. Era robusto, mas ia evidenciando cada vez mais os sinais típicos da síndrome de Down. Suscitava simpatia pela simplicidade da sua mente toldada e mãe, que já tinha perdido uma filha de morte prematura, era-lhe muito afeiçoada.
Mas em 1941, as autoridades do Terceiro Reich decidiram que ele deveria ser internado no asilo para receber melhor assistência.»
«Nós ainda não suspeitávamos», prosseguiu Ratzinger, «da operação de eliminação de deficientes mentais que já tivera início em finais dos anos trinta.
Passado pouco tempo chegou-nos a notícia de que o rapaz tinha morrido de pneumonia e que o seu corpo fora cremado. A partir desse momento, multiplicaram-se as notícias do género."
In "O Papa Bento XVI", de Andrea Tornielli, página 38.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Descubra as diferenças



«(...) as mulheres esperam oito meses por uma consulta de planeamento familiar e não esperam tempo nenhum pelo aborto, porque há dinheiro para o aborto (...)»

e

«(...) a realidade revela que a aplicação da lei foi um sucesso e um enorme progresso.»

«Foram 39 mil mulheres que a lei poupou à humilhação dos tribunais, ao sofrimento físico e psicológico - e até à morte – associados ao aborto clandestino. Este é o principal balanço da lei, o grande ganho social que trouxe.»

«Sucesso também na capacidade revelada pelo SNS em dar resposta às novas exigências de organização e funcionamento que indiscutivelmente a lei introduziu nos serviços de saúde(...).»

«Persistem problemas? Claro que sim. A gravidez na adolescência (em 2009, cerca de 12% das IVGs foram em jovens entre os 15 e os 19 anos), os abortos repetidos (340 em 19 mil, no ano de 2009), as faltas às consultas de planeamento familiar (1 em cada 3, segundo alguns estudos), continuam a ser motivo de preocupação.
Mas a lei da IVG não tinha por objectivo resolver qualquer um desses problemas e, só por si, seria uma ilusão e uma irresponsabilidade julgar que ela o poderia fazer.»

A perfídia

FACTOS:


- A nova lei do aborto não diminuiu o número de abortos.


- Há mulheres a praticar abortos, "por opção", repetidamente.


- O aborto clandestino continua a existir.


E...


Há quem defenda, agora, um alargamento do prazo da lei até às 12 ou 14 semanas!!!!! Ora cá estão os verdadeiros intentos!!!!

Lei do aborto não tem defendido as mulheres

A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) considerou hoje, em conferência de imprensa, ser urgente reavaliar e alterar a regulamentação que suporta a lei do aborto em vigor no nosso país, lamentando a falta de apoio à maternidade.

Em conferência de imprensa, aquele organismo apresentou dados que demonstram que o actual quadro legal não defende a maternidade nem a dignidade da mulher e implica gastos, por parte do Estado, que deveriam estar a ser utilizados para a promoção de políticas socais efectivas.

De acordo com os números apresentados pelo Gabinete de Estudos da FPV, desde 2007 já se realizaram mais de 50 mil abortos, por opção, em Portugal, um número que representa 97 por cento dos abortos legais feitos em igual período.

Aquele ano foi também o primeiro, desde 2004, em que o número de mortes superou o número de nascimentos.

“Num país que tem a menor taxa de natalidade da Europa e onde se fazem quase 20 mil abortos por ano”, refere Isilda Pegado, presidente da FPV, “não é compreensível que o Governo aplique tantas verbas na promoção do aborto, e não as aplique na criação de políticas socais efectivas e de apoio à maternidade”.

Entre custos directos e indirectos, a FPV estima que, desde 2007, os 50 mil abortos legais por opção terão custado ao Estado mais de 30 milhões de euros. A Federação acrescenta ainda que “esta é uma estimativa conservadora”.

A juntar a uma realidade que a FPV apelidou de “negócio do aborto”, há dados presentes no estudo que indicam que a área dos serviços de saúde onde se registou o maior aumento do número de abortos foi a área do sector privado, em casos reencaminhados do sector público.

A análise apresentada pela FPV, baseado em informações da Direcção-Geral de Saúde, realça também o aumento da taxa de aborto, nas mulheres mais jovens, entre os 15 e os 24 anos, com crescimentos até 30 por cento, em 2009.

Estudantes e desempregados estão entre os que mais recorrem ao aborto, segundo a análise feita entre 2008 e 2009, representando 35 por cento dos abortos realizados por opção.

O ano de 2009 mostra ainda que a taxa de incidência do aborto é muito maior nas mães solteiras e evidencia ainda uma realidade preocupante, para a FPV: o número de abortos realizados pelas mães solteiras, cerca de 9 mil, é equivalente ao número de nascimentos que aconteceram, com mães que viviam com o pai do bebé.

“As mulheres estão hoje, mais do que nunca, abandonadas na sua dificuldade”, defende Isilda Pegado, afirmando que “ao contrário do que foi prometido pelo governo, o apoio à maternidade não existe”.

A FPV pretende assim que sejam discutidas alterações à regulamentação que suporta a lei do aborto, “algo que está na disponibilidade do governo”, diz a mesma responsável.

A organização vai encetar esforços junto da ministra da saúde, Ana Jorge, no sentido de agilizar esse processo. “A ministra já tinha expressado essa necessidade, mas entretanto nada mais foi dito”, lamenta a presidente da FPV.

A criação de mecanismos de apoio concreto à mulher ou a necessidade de proceder a um período de reflexão, eficaz, multidisciplinar, com equipas técnicas capazes de encontrar soluções para as dificuldades que se colocam aos casais e às mulheres em concreto são algumas das medidas que a FPV quer ver aplicadas, em Portugal, para que a realidade do aborto por opção deixe de estar tão presente.

Notícia daqui.

Especialistas defendem que está na altura de fazer balanço e rever a lei do aborto

Passados três anos da vigência da lei que despenaliza o aborto até às dez semanas em Portugal, os especialistas consideram que o balanço é positivo, mas apontam para a necessidade de adequar o diploma à realidade. O elevado número de mulheres que, após uma interrupção de gravidez, falta à consulta de planeamento familiar (prevista na lei) e as repetições de aborto são as questões que mais preocupam os profissionais de saúde. Apesar de admitir que "tudo pode ser melhorado", o director-geral da Saúde, Francisco George, responde que "não é oportuno voltar a debater a IVG".
Ver notícia aqui.

Federação Portuguesa pela Vida defende reavaliação e alteração da lei

A presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV) defendeu hoje uma reavaliação e alteração da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), que entrou em vigor há três anos, exigindo a criação de "apoio concreto" às mulheres.

"Nós defendemos que é urgente que se faça uma reavaliação e uma alteração da lei que está em vigor", disse hoje Isilda Pegado, à margem da apresentação do estudo "Liberalização do Aborto em Portugal, três anos depois".


A presidente da FPV salientou que "muitas têm sido as vozes, mesmo daqueles que estiveram na posição da liberalização do aborto, que vêm defender uma reestruturação de todo o sistema".


"Aquilo que a Federação, através das mais de duas dezenas de instituições que tem pelo caminho, pode testemunhar é que as mulheres hoje estão mais abandonadas do que nunca nas suas dificuldades. E é preciso uma sociedade solidária. É preciso um Estado e uma política que apoie a maternidade", afirmou.


A FPV defende a criação de "mecanismos de apoio concreto às mulheres" e de "um período de reflexão acompanhado de uma forma eficaz, de uma forma multidisciplinar com equipas técnicas capazes de encontrar soluções para as dificuldades que são colocadas".


Isilda Pegado "estranha" que ninguém do Governo queira falar do aborto.


"Em fevereiro de 2009 vi a ministra a prestar declarações, que eram declarações de esperança. Inclusivamente apontavam no sentido de uma revisão da lei da regulamentação, que está na competência do Governo. Depois disso não ouvi mais declarações da ministra. Estranho, porque o presidente do Conselho Nacional de Ética já veio pronunciar-se no sentido de uma revisão urgente desta lei", afirmou.

A FPV defende ainda "que haja uma tomada de posição por parte das instituições que têm capacidade para intervir no sentido desta valorização e no sentido da redução de custos".


"Nós não podemos continuar a cortar em subsídio de desemprego e a ter dinheiro gasto indiscriminadamente com a realidade do aborto", disse.


O estudo hoje apresentado pela FPV, e baseado em dados oficiais da Direcção Geral de Saúde, estima que nos últimos três anos tenham sido feitos 53 500 abortos legais "por opção da mulher" em Portugal.


De acordo com os dados da DGS, entre julho de 2007 e junho de 2008 foram realizadas 15 370 IVG "por opção da mulher" e entre junho de 2008 e junho de 2009, 18 856.


Os dados referentes a 2010 ainda não são conhecidos, tendo a DGS contabilizado os números apenas entre junho e dezembro de 2009 (8.846).


A FPV chegou ao total de 53 500, segundo explicou o coordenador do estudo Francisco Vilhena da Cunha, "considerando a evolução e a tendência de 2008 e 2009".


Notícia daqui.
Ver mais aqui1 e aqui2.

Aniversário da Lei do Aborto: Estudo revela que recurso ao aborto está a aumentar em Portugal



Recurso ao aborto aumenta em Portugal


Em Portugal está a aumentar o numero de mulheres que recorrem à interrupção voluntária da gravidez. E são as mulheres mais jovens de classes sociais mais elevadas que mais recorrem ao aborto. Estes dados pertencem a um estudo da federação portuguesa "pela vida" que será hoje dado a conhecer ao principio da tarde.


Notícia daqui.

Dr.ª Isabel Maria Farinha Lopes


Faleceu a Dr.ª Isabel Maria Farinha Lopes, de 49 anos, com quem a ADAV-Leiria tem contado, nestes últimos anos.

Esta mulher, que lutou pela causa da Vida, deixou-nos, ontem, vítima de doença.
A Plataforma Algarve pela Vida une-se na dor à sua família e amigos, agradecendo do fundo do coração toda a sua luta e testemunho de vida.

Nós estamos melhor, porque os outros estão piores



Se este texto ficasse para a história (o que, para bem da história, não sucederá), seria certamente considerado como um dos textos mais imbecis escritos nesta primeira década do séc. XXI em Portugal e uma das mais grosseiras tentativas de manipulação da verdade.

Vejamos: em Portugal não se aborta muito, sabem porquê? Porque nos outros países aborta-se mais. Boa! Está tudo bem! Nós, comparados com outros, eliminamos menos vidas inocentes! Regozijemos! E ainda dizem uns exagerados dos movimentos pró-vida que não somos um país de brandos costumes.
A argumentação 'os outros estão piores', que por agora se ensaia nos movimentos pró-aborto, já é paupérrima, mas sofre ainda da desvantagem de não ser verdadeira.
Durante a campanha para o referendo e até há pouco tempo estimavam-se que em Portugal se fariam anualmente (entre legais e ilegais) cerca de 20.000 abortos, número que foi obtido partindo do número de abortos realizados face ao número total de nascimentos nos países onde o aborto é legal (o número de abortos é um quinto do número de nascimentos).

Em Portugal, no ano passado realizaram-se mais de 19.000 abortos para cerca de 100.000 nascimentos. Como se prevê que o número de abortos vá continuar a aumentar e ultrapasse os 20.000 estimados, ultrapassando assim o rácio aborto/nascimentos dos restantes países europeus, o movimento pró-aborto quer então convencer-nos que o número de abortos não deve ser aferido tendo em conta o número de gravidezes (que resultam ou em nascimentos ou em abortos) - apesar de este rácio ter sido bom durante a campanha para o referendo e para averiguar os resultados do primeiro semestre de aplicação da lei - mas sim considerando o número de mulheres em idade fértil. E se algum dia este rácio aborto/mulheres-em-idade-fértil também falhar, não se preocupem, será encontrado outro que nos assegurará da justiça da lei portuguesa, será esquecido qualquer outro indicador que alguma vez tenham usado e quem os referir revelará, tão somente, tacanhez de espírito e incapacidade de ver os problemas na perspectiva correcta.

domingo, 18 de julho de 2010

O regozijo de uns e o bom senso de outros

Após 3 anos e eliminação de fetos humanos, há as que se regozijam pelo número de abortos e os que dizem ser um disparate alargar prazos. (e também aqui sobre o quase desaparecimento de abortos clandestinos)

É bom que se registem estes depoimentos, daqui a alguns anos serão muito úteis.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aborto é tabu no governo


A presidente da FPV salientou que "muitas têm sido as vozes, mesmo daqueles que estiveram na posição da liberalização do aborto, que vêm defender uma reestruturação de todo o sistema".
"Aquilo que a Federação, através das mais de duas dezenas de instituições que tem pelo caminho, pode testemunhar é que as mulheres hoje estão mais abandonadas do que nunca nas suas dificuldades. E é preciso uma sociedade solidária. É preciso um Estado e uma política que apoie a maternidade", afirmou.


A FPV defende a criação de "mecanismos de apoio concreto às mulheres" e de "um período de reflexão acompanhado de uma forma eficaz, de uma forma multidisciplinar com equipas técnicas capazes de encontrar soluções para as dificuldades que são colocadas".


Isilda Pegado "estranha" que ninguém do Governo queira falar do aborto.

"Em fevereiro de 2009 vi a ministra a prestar declarações, que eram declarações de esperança. Inclusivamente apontavam no sentido de uma revisão da lei da regulamentação, que está na competência do Governo. Depois disso não ouvi mais declarações da ministra. Estranho, porque o presidente do Conselho Nacional de Ética já veio pronunciar-se no sentido de uma revisão urgente desta lei", afirmou.


FPV acusa falta de apoios às mulheres

O dinheiro que é gasto na destruição da maternidade, pois é isso que se trata quando se fala de aborto, deveria de ser usado para as mulheres com dificuldades. Hoje, as mulheres estão mais abandonadas do que nunca nas suas dificuldades e é preciso uma sociedade mais solidária”, disse Isilda Pegado. A responsável comentava os valores da Direcção Geral de Saúde (DGS) que apontam que os abortos legais tenham custado mais de 30 milhões de euros ao Estado.
“Não podemos continuar a entregar às nossas mulheres uma guia de marcha para o aborto. Essa é uma maldade que está ser feita à mulher, famílias e àqueles que não têm oportunidade de nascer”, acrescentou.
Os números divulgados pelo estudo sobre a “Liberalização do Aborto em Portugal, três anos depois”, revelam que as mulheres durante este período realizaram cerca de 53.500 interrupções voluntárias da gravidez. E o que os valores não têm parado de aumentar visto que, em 2007, efectuaram-se 15.370 abortos e em 2010 o número é já de 19.456, ou seja, um acréscimo de 27 por cento. “Faltam 20 mil nascimentos em Portugal, mas fazem-se 20 mil abortos por ano. É um alerta de grande preocupação para o futuro do país”, registou Isilda Pegado, argumentando que “o apoio à maternidade neste momento é um deserto”. “Mais de 50 mil abortos foram feitos em Portugal desde a sua liberalização.
Seriam mais 50 mil crianças nas escolas portuguesas, dentro de dois a três anos, crianças que teriam necessidade de professores, ou seja, haveria mais postos de trabalho. Há dinheiro para o aborto, não há para o apoio à maternidade e às dificuldades concretas de cada mãe e família”, acusou.
Para tal, Isilda Pegado advoga que “é urgente que se faça uma reavaliação e alteração da lei que está em vigor”. “Há profissionais de saúde que se declararam objectores de consciência, mas que estão impedidos de aconselhar as mulheres a não optar por essa via”, criticou a presidente da Federação, dando como resposta que estes médicos poderiam ser úteis num acompanhamento de reflexão multidisciplinar “com equipas técnicas capazes de encontrar soluções para as dificuldades, e fazer uma ampla campanha de promoção do valor da maternidade e paternidade”.
“A realidade do aborto não pode ser uma realidade escondida. O nosso primeiro objectivo é destapar a tampa do aborto que parece uma coisa tão marginal e que ninguém quer falar”, disse Isilda Pegado.
Assim, a Federação Portuguesa pela Vida vai enviar estes dados à ministra da Saúde, Ana Jorge, como forma de alerta pois, segundo a jurista, “o aborto está a tornar-se um método contraceptivo”. “Não podemos continuar cortar no subsídio de desemprego e ter dinheiro gasto indiscriminadamente com a realidade do aborto” rematou.
Fonte: Público

Federação Portuguesa pela Vida defende revogação da IVG


"Movimento antiaborto calcula que terão sido realizadas cerca de 53 500 IVG, desde que a lei entrou em vigor há três anos
A presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV) defendeu ontem uma reavaliação da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), que entrou em vigor há três anos, exigindo a criação de "apoio concreto" às mulheres. "Defendemos que se faça uma reavaliação e uma alteração da lei que está em vigor", disse Isilda Pegado, à margem da apresentação do estudo "Liberalização do Aborto em Portugal, três anos depois".
O estudo da FPV baseia-se nos dados da Direcção-Geral de Saúde (DGS) e estima que nos últimos três anos tenham sido feitos 53 500 abortos legais em Portugal. De acordo com os dados da DGS, entre Julho de 2007 e Junho de 2008 foram realizadas 15 370 IVG "por opção da mulher" e entre Junho de 2008 e Junho de 2009, 18 856.
Para 2010 ainda não existem números da DGS, que só contabilizou os abortos legais entre Junho e Dezembro de 2009 (8846). A FPV chegou ao total de 53 500, segundo explicou o coordenador do estudo Francisco Vilhena da Cunha, "considerando a evolução e a tendência de 2008 e 2009".
Fonte: DN

Especialistas contra abusos da lei do aborto

O elevado número de mulheres que, após uma interrupção de gravidez, falta à consulta de planeamento familiar (prevista na lei) e as repetições de aborto são as questões que mais preocupam os profissionais de saúde.
Apesar de admitir que "tudo pode ser melhorado", o director-geral da Saúde, Francisco George, responde que "não é oportuno voltar a debater a IVG".
"Agora está na altura de começar a diminuir o número de abortos. Este ano será a prova de fogo", avisa Miguel Oliveira da Silva, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV).
(...)
Preocupado com as mulheres que fazem um aborto e faltam à consulta de planeamento familiar - "é uma falta de civismo que uma mulher que faz um aborto de borla, às nossas custas, não se dê ao trabalho de comparecer à consulta" -, o médico volta a defender que o aborto deveria deixar de ser gratuito nos casos de reincidência. Os números de repetições de aborto em Portugal (340 mulheres das 19 mil que abortaram em 2009 fizeram-no duas vezes) estarão ainda abaixo da média de outros países.Luís Graça, director do serviço de Obstetrícia do Hospital de Santa Maria (Lisboa), insiste na defesa do pagamento da taxa moderadora e numa "eventual punição a posteriori" nos casos de repetição. "Um aborto deveria ser pago, tal como é paga uma operação ao apêndice", afirma. Referindo que apenas uma em cada três mulheres comparece à consulta de planeamento familiar, lembra que a "lei concedeu um direito, mas também acarreta deveres".
(...)
"Foram 54 mil abortos, ou seja, 54 mil crianças que daqui a cinco anos estariam nas escolas portuguesas", diz a presidente da Federação Portuguesa Pela Vida, Isilda Pegado, defendendo uma revogação da lei e mais investimento no "apoio à maternidade" (...)"
Fonte: Público

Um terço das mulheres falha consulta de planeamento familiar

"Pelo menos um terço das mulheres que fazem interrupções voluntárias da gravidez (IVG) faltam à consulta de planeamento familiar, obrigatória por lei. Mas há unidades em que esta percentagem sobe para metade dos atendimentos e chega até a 90%. A situação é apontada como uma das causas de repetição de abortos e já levou vários médicos a defender o pagamento de taxas moderadoras para mulheres que fazem mais do que uma IVG.
Faz hoje três anos que entrou em vigora da lei que permite a interrupção por vontade da mulher até às dez semanas. E as previsões do Ministério da Saúde de 20 mil interrupções anuais estão perto de se concretizar. Mas os médicos denunciam que o planeamento familiar continua a falhar.
Jorge Branco, administrador da Maternidade Alfredo da Costa e presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatal considera que "a falta à consulta é a maior dificuldade na implementação da lei". E está "preocupado porque há mulheres que já repetiram a interrupção três vezes".
(....)
O problema é generalizado. Luís Graça, director de Ginecologia do Santa Maria, em Lisboa, refere que "entre 20% a 35% das mulheres não vão à consulta de planeamento após a IVG. Apesar do direito à interrupção, esquecem-se que têm também deveres".
Miguel Maia, médico do Hospital Garcia de Orta, em Almada, refere que metade das mulheres que ali interrompem a gravidez falham esta consulta.
Apesar de não se poder concluir que uma nova gravidez indesejada é consequência directa desta falha, o médico admite que pode dar azo a nova intervenção. "Há mulheres que saem daqui com métodos de contracepção e que por isso dizem que não foram à consulta", explica. "A lei obriga-nos a marcar a consulta num prazo de 15 dias. A mulher pode não ir, mas não pode invocar o facto de não ter atendimento marcado", alerta Miguel Maia.
Para Jorge Branco, a solução para o problema é a criação de uma campanha de informação, até porque o acesso a contraceptivos e a consultas é gratuito nos centros de saúde de todo o País. "Temos fazer as mulheres pensar e os médicos têm de ter mais formação para que as convençam a ir. Se assim for vamos certamente evitar estas repetições", avança.
Na Maternidade Bissaya Barreto, Coimbra, a repetição de abortos atingiu os 5% este ano (...)"
Fonte: DN

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Da ineficácia do preservativo

Vou analisar as próprias estatísticas de Um artigo publicado pelo The Johns Hopkins School of Public Health cuja tradução está disponível no site http://www.bibliomed.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=12839&ReturnCatID=499.
Seu título é Preservativos: Reduzindo as Barreiras. Este documento, elaborado por uma instituição científica reconhecida, explica como os condoms são eficazes na prevenção de DSTs, porém, deixa frestras abertas, por onde nebulosas nuvens insistem em passar, não dissipando as dúvidas. Basicamente, o artigo confere credibilidade a prevenção, mas se esquiva em comentar as margens de erro desta mesma.
O que ocorre é a parcial manipulação maniqueísta de uma informação importante, que, doravante pasteurizada, chega aos ouvidos do consumidor, incompleta: Ou seja, “parcialmente eficaz” se transmuta em “totalmente eficaz”, (o que significa que, se você não utilizar o preservativo, estará sim, 100% exposto, in natura, de fato). A mentira, divulgada nos Meios de comunicação, consiste em passar total segurança sobre um método, que é sim, falível, em determinadas circunstâncias. Uma irresponsabilidade sem precendentes.

Analisando o artigo encontrei alguns dados:
Eficácia do preservativo no seu uso perfeito contra a Gravidez Indesejada:
3 em cada 100 mulheres engravidam, a “boa nova”, segundo o autor, é que essa taxa é bastante baixa, porém pílulas anticoncepcionais têm ineficácia menor que 1%.
Eficácia no seu uso típico contra a Gravidez Indesejada:
O uso típico é o uso do dia-à-dia, portanto é a natureza do que ocorre, de fato. Os estudos realizadosmostram uma ineficácia de 16%, na Tailândia e 14% nos EUA.

Eficácia contra HIV
Segundo o estudo, a taxa de transmissão do HIV, entre casais soro-discordantes, é menor que 1%. Um estudo avaliou 256 casais nessa condição e concluiu que após 20 meses não houve infecção pelo HIV, entre os casais que usaram de forma consistente o preservativo. Porém, é de se esperar que sendo o ser humano falível por natureza, esse “uso ideal”, na prática, é díficil de se obter. Entretanto, concordo que “não usar” é pratica condenável.
Alguma proteção contra outras DSTs (longe dos 100%, como o Governo Federal nos leva a acreditar)
Nos casos da Clamídia e Gonorréia, a eficácia do preservativo é de 60 a 80%, portanto há uma margem de erro de 20 a 40%. Os programas de saúde pública simplesmente não avisam, ou omitem por elipse, essas taxas de seus usuários, os médicos fazem o mesmo. O paciente, deveria estar ciente dos índices de falha de um método preventivo, qualquer que seja , como direito seu. Direito a informação, mas não parece ser do interesse da classe médica. É melhor, para o cidadão, permanecer manipulável.
A pior situação está correlacionada ao índice de falhas referente a HPV, herpes, e trícomoniase. Para esta última as possibilidades de inéficacia chegam a 70%. Segundo o estudo.

Uso incorreto é responsável por 1/4 das gravidezes indesejadas.
Outra estatística gritante. O design de um bom produto deve levar em consideração o índice de falhas do usuário, assim, uma cadeira deve ser suficientemente resistente para suportar o peso de um usuário que opta por sentar-se em seu braço, por exemplo. Porém, esse mesmo estudo mostra que o uso inconsistente do preservativo, é responsável por 1/4 das gravidezes indesejadas nos EUA. A possibilidade de se usar corretamente a camisinha passa por uma via crucis de variáveis e regras que devem ser observadas, de tal modo, que errar na sua colocação, se torna pratica corriqueira. Como confirma o estudo ao afirmar que “As pessoas freqüentemente usam preservativos de forma inconstante ou incorreta”
Taxa de rompimento é baixa, mas não chega a zero: 1 a 13%.
Os estudos apontaram uma taxa de ruptura que varia de 1 a 13% na relação vaginal, mas a média ficou abaixo de 2%. No coito anal essa taxa variou de 1,6 a 7,3%. Mas uma vez, a população não é avisada sobre a possibilidade de haver falha no uso do método. As propagandas governamentais são claras: “Transe ‘até morrer’ com quem quer que seja, desde que use preservativo”.
Casais de longa data são menos propensos a falhas no uso da camisinha.
O estudo apontou uma baixa taxa de rompimentos em casais monogâmicos. Homens com suas namoradas tendem a utilizar o preservativo de maneira mais ineficaz. Enquanto os casados o fazem com mais perícia, devido a experiência na colocação adequada do mesmo.
Defeitos de fabricação ocorrem
Mesmo diante da vigilância pesada das autoridade públicas e de saúde, imprevistos ocorrem. Em 1998, autoridades sul-africanas devolveram milhões de preservativos importados que não foram adequadamente testados. Em 1992, um estudo mostrou que 29 de 89 amostras de preservativos testados apresentavam alguma falha em sua estrutura, o que permitiria a passagem do vírus HIV através de poros existentes em camisinhas defeituosas (http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/ministerio_saude/preservativos/mat2.htm). Fica claro que como todo e qualquer objeto manufaturado pelo homem, a camisinha não é 100% eficaz, e que portanto o consumidor deveria estar ciente de seus riscos, até para mover ações legais contra os fabricantes e o Ministério da Saúde, que leva-o a crer numa eficácia total do método através de campanhas publicitárias. Isso, entretanto, não deve ser usado como pretexto para a abstenção sexual, ou o sexo desprotegido, e sim para uma vida sexual mais regrada, onde há diálogo e redução do número de parceiros, fortalecida com a segurança, parcial, porém importante, dos famigerados condoms.
Conclusão
Eficácia do preservativo contra o HIV: Segundo o estudo, 99% no seu uso ideal (faltam dados referentes ao uso típico).
Eficácia do preservativo contra a gravidez: Uso Ideal 97%. Uso típico: 84% no pior caso (Tailândia) com falha de 14% nos EUA.
Taxa de ruptura: 1 a 13%.
Falha na prevenção contra outras DSTs:
Clamídia e Gonorréia: 20 a 40%.
HPV, herpes, e trícomoniase: Até 70%.
Portanto, levando-se em consideração que o preservativo tem um eficácia superior a relação sexual desprotegida, ele deve sempre ser utilizado.
O inconveniente, perigosissímo, reside no fato do governo omitir as taxas de falha intrínsecas e extrínsecas do método para a população. O consenso geral é de que o uso do preservativo por si só, resolve todos os problemas referentes a gravidez indesejada e transmissão de DSTs. O que não é verdade. Ele confere proteção parcial, bastante alta, contra gravidez, mas apresenta um índice de falhas não desprezível. Ainda com relação a outras DSTs, o preservativo confere alguma proteção, mas pode chegar a apenas 30% nos casos de clamídia e HPV. Portanto é uma conduta criminosa e irresponsável, esta adotada pelo Ministério da Saúde.
Não alertar a população sobre o índice de falhas do preservativo, incentivando, inclusive, meninas de 13 anos a manter relações sexuais precoces (Vide campanha do governo federal: “Bom de cama é quem usa camisinha.”).
O preservativo, deve sim, ser proposto dentro de uma política “holística”, que inclui educação sexual, redução do número de parceiros, diálogo, e observação dos órgãos sexuais dos parceiros a procura de eventuais verrugas e ulcerações.
Ainda que, isoladamente, essas políticas, segundo os próprios estudos, se mostrem falhas, no conjunto são efetivas, pois tendem a preencher os percentis, onde a camisinha deixa lacunas perigosas, (Vide Política do ABC, empregada em Uganda, http://www.usaid.gov/our_work/global_health/aids/News/abcfactsheet.html).
Fontes:
The ABC of The AIDS preventions, http://www.usaid.gov/our_work/global_health/aids/News/abcfactsheet.html, 11.05.2008, 8:35hs.
Preservativos: Reduzindo as barreiras, Qual é a eficácia dos preservativos?,http://www.bibliomed.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=12839&ReturnCatID=499

Fonte e autoria: Sognare Lucido

FPV faz balanço da lei do aborto



A Federação Portuguesa pela Vida promove esta Quinta-feira, 15 de Julho, uma conferência de imprensa por ocasião dos três anos da entrada em vigor da regulamentação da lei do aborto de 2007.
O encontro com os jornalistas decorre na sede da Federação (Rua da Artilharia Um, 48-3.º Direito, em Lisboa) às 12h00.
Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA, este é “o momento próprio para fazer o balanço da aplicação da lei e fazer propostas concretas de revisão desta até ao momento em que a sociedade portuguesa seja chamada de novo a pronunciar-se sobre o fundo da questão”.
Francisco Vilhena da Cunha, director do gabinete de estudos da Federação, fará uma intervenção elaborada a partir dos números oficiais divulgados pela Direcção Geral da Saúde e Isilda Pegado, presidente da Federação, concluirá com propostas que podem ser objecto de debate na próxima sessão legislativa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sobre a história do prazer da comida e a gula

Textos rádio Costa D'Oiro dias 13 a 19 de Julho



Dia 13

Eutanásia


Etimologicamente, eutanásia procede do grego (“eu” – bem, “thanatos” – morte) e significa morte sem sofrimento.
Ao longo da história, a eutanásia assumiu a sua expressão mais radical durante a época Nazi, na alemanha, onde vários autores defendiam a tese de que há seres humanos sem qualquer valor vital e, por isso, preconizavam a eliminação pura e simples dos incuráveis, ressaltando os benefícios financeiros daí decorrentes, diante da carga econômica que tais pessoas representavam para as famílias, a sociedade e o Estado.
O próprio Papa Bento XVI teve um primo que era portador de trissomia 21 e que, por isso, e apesar da sua juventude, foi pura e simplesmente eliminado.
Em oposição à eutanásia está a defesa aos chamados “cuidados paliativos” que tem como objectivo atenuar ou mesmo excluir a dor de doentes crónicos ou terminais.
Por cá, a profª. Isabel Galriça Neto foi uma das pioneiras na implementação dos cuidados paliativos e fundou a associação portuguesa dos cuidados paliativos, em cujo site se poderão encontrar mais informações sobre esta temática e, em particular, sobre a rede já existente em Portugal, e em particular, no Algarve.


Dia 14
O feminismo

Se permanecermos atentos às tendências ideológicas de determinados grupos na Sociedade, apercebemo-nos de que funcionam como lobbies poderosos e nefastos junto de grupos de poder, de forma a manipularem consciências, leis e costumes.
O século XX foi produtivo em –ismos que se desvirtuaram, mesmo quando, na sua origem, se regiam por uma ideologia ou princípios humanizadores. O 1.º feminismo foi um exemplo disso. Mulheres, em maioria, mas homens também, lutaram pela dignidade da mulher ao defenderem um estatuto diferente para esta, que contemplava, como lutas reivindicativas, a igualdade no trabalho, os cuidados materno-infantis e o direito ao voto.
Sucede que o feminismo acabou por adoptar proporções diferentes, noutras fases, desvirtuando-se em apologia da eugenia ou da liberalização do aborto.
O que não é fácil de entender é como, um século volvido, o feminismo tenha passado a adquirir, não uma visão humanizadora do ser humano, mas uma visão pervertida, procuram, a todo o custo, impor leis de «saúde sexual e reprodutiva» que aprovem e promovam o aborto livre.

Dia 15
Ensino Profissional

A necessidade de uma formação mais alargada e que responda também às expectativas e vocações diferentes de cada pessoa levou a que as opções no ensino profissional, nos últimos anos, se alargassem. Na verdade, não podemos ser todos doutores e, por isso, o ensino profissional é uma oportunidade para introduzir pessoas no mercado de trabalho que não pretendem prosseguir estudos.
O problema é que, na prática, verificamos que o ensino profissional em vez de ser um ensino de qualidade e exigente que prepare um corpo de jovens bem instruídos e preparados para o mercado de trabalho, é, na realidade muito menos exigente do ponto de vista académico.
Há mesmo relatos de de escolas onde os critérios de avaliação foram alterados de forma a favorecer as notas e a evitar a reprovação dos alunos. Basta, aliás, perguntar aos alunos do ensino profissional que prosseguiram estudos se efectivamente se sentiram preparados quando ingressaram no ensino superior.
O ensino profissional, tal como toda a educação escolar, em geral, deve oferecer níveis de qualidade e excelência e não promover o facilitismo. Para bem destes jovens e do próprio país.

Dia 16
Sucesso do casamento

Os meses de Julho a Setembro são habitualmente usados por muitos casais para darem o nó perante os seus amigos e famílias. O psicólogo Floriano Serra diz que o sucesso do casamento está no pôr em prática, pelo casal, de 5 pontos que ele considera essenciais:
O primeiro ponto é o saber falar e dialogar, verbalizar e exteriorizar perante o parceiro, com a máxima sinceridade possível, tudo o que lhe vai na alma, quer sejam coisas boas, quer más.
O segundo ponto está no saber ouvir o outro, o que implica estar disponível e arranjar tempo e espaço para que o outro possa contar as suas preocupações, a sua vida, etc.
O terceiro ponto está no saber compreender, sabendo que cada um tem a sua própria personalidade, virtudes e defeitos, e que, por regra, as pessoas não mudam automaticamente só porque casam.
O quarto ponto está no negociar. Isto é, em virtude das diferenças de cada um, há que saber fazer concessões ao outro. Ninguém é obrigado a ser uma cópia do outro só porque se casou.
O último ponto está no namorar sempre que possível, sendo que o namorar, com o passar dos anos, não tem que ser sempre manifestado da mesma forma. Pode-se namorar de formas diferentes. O importante é esforçar-se para manter a sedução e o carinho que se tem um pelo outro.


Dia 19
Futilidade terapêutica

Nas doenças irreversíveis, na medida possível e adequada, os doentes e as suas famílias devem ser ouvidos pelas equipas de intervenção e devem ter conhecimento dos objectivos e dos limites das medidas médicas tomadas e das suas alternativas.
Nos doentes terminais, a utilização de métodos de diagnóstico e de terapêutica que são inúteis por não contribuírem de um modo significativo para o esclarecimento das situações ou da sua evolução e que não tenham um efeito benéfico demonstrado, suportado por razoável documentação, não deve ter lugar.
Se os doentes estão conscientes da presença de uma doença progressiva e mortal toda a equipa terapêutica deve ser particularmente sensível ao seu sofrimento e às suas necessidades fundamentais, nomeadamente aos aspectos da qualidade da informação a prestar e a outros aspectos afectivos e psicológicos.
Por vezes a terapêutica da dor pode exigir analgésicos corticais e intervenções por equipas especializadas que devem ser utilizadas sempre que tal seja possível.
Em muitos casos os doentes rejeitam explicitamente formas agressivas de intervenção; a equipa médica que os acompanham, porém, não deverá abster-se de manifestar sempre a sua opinião com o objectivo de promover a melhor qualidade de vida possível ao doente terminal.
Este texto teve por base uma comunicação do prof. dr. Alexandre Laureano Santos