sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Especialistas debatem consequências do aborto


As sequelas físicas e psicológicas da realização de um aborto estiveram hoje em debate, em Lisboa.

O 1º Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida Humana juntou investigadores nacionais e estrangeiros, numa iniciativa promovida pela Associação Mulheres em Acção.

Em foco estiveram especialmente os problemas associados à prática do aborto, como depressão, ansiedade ou sentimento de culpa.
Priscilla Coleman, investigadora norte-americana da Universidade do Ohio, é uma das pessoas que a nível mundial mais tem estudado este problema e adverte que cerca de 20% a 30% das mulheres que fizeram um aborto vão ter problemas psicológicos associados a essa experiência.

“Agora estamos também a estudar as relações familiares e como elas também podem ser afectadas pela experiência do aborto”, refere Priscilla Coleman.

Carlos Ramalheira, médico psiquiatra dos Hospitais da Universidade de Coimbra, diz que os mecanismos de defesa criados pela própria mulher podem agravar as sequelas de uma interrupção da gravidez, que em muitos casos só se revelam muitos anos depois.

Jerónima Teixeira, investigadora na área da obstetrícia e ginecologia, alerta para a importância do aconselhamento antes do aborto e dá como exemplo o caso britânico.

“O aconselhamento é vital e a experiência de 40 anos do Reino Unido mostra-nos que quando há um aconselhamento e com tempo para falarmos com uma mulher, em média, 50% das mulheres mudam a sua decisão”, sublinha Jerónima Teixeira.

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