O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social reafirmou, em Fátima, o empenho da Igreja católica no apoio às famílias e a mães em dificuldades para evitar o aumento do número de abortos, no âmbito da actual legislação.
"Queremos que continue a ser possível nascer em Portugal, mas isso tem sido muito difícil", justificou D. José Alves, à margem da sessão de abertura do XX Encontro Nacional da Pastoral da Saúde.
"Se não houver natalidade em Portugal, os problemas que daí sobrevêm são muito grandes" porque, sem "trabalhadores jovens, a Segurança Social entra em colapso" num "país de idosos, sem dinamismo económico e sem futuro", considerou o prelado.
Nesse sentido, a Igreja tem vindo a dinamizar instituições espalhadas por todo o país vocacionadas para "apoiar as mães solteiras ou adolescentes grávidas que não têm apoio da própria família".
Depois da derrota no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, a hierarquia da Igreja tem investido em acções concretas junto das comunidades para "diminuir a necessidade" dos portugueses em recorrerem ao aborto."
O caminho ideal seria que cada pai e cada mãe tivesse condições para educar os seus filhos com aquele mínimo necessário para os ajudar a crescer e desenvolver-se", defendeu D. José Alves.
Posição semelhante manifestou monsenhor Vítor Feytor Pinto, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, que lamentou a falta de outras organizações no terreno para apoiarem as jovens mães.
"A tentação que nós temos é ficarmos apenas em leis e isso não pode ser", considerou o sacerdote.
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