sábado, 24 de novembro de 2007
O Jornal do Barreiro, na sua edição de ontem, faz um balanço apologético da nova lei da IVG e apresenta uma reportagem, mais ou menos pormenorizada sobre a forma como os abortos estão a ser realizados nos centros médicos da zona.
Apesar desse tom apologético, até os próprios profissionais de saúde que aceitaram participar nesse processo hediondo, reconhecem o seguinte:
Possível de apurar foi que cerca de 50 por cento das mulheres que praticaram uma IVG no HNSR, desde Julho até ao corrente mês de Novembro, não faziam contracepção. Este é um dos dados registados na base de dados do HNSR e que revela a importância da consciencialização feminina na prática de anticoncepcionais, como forma de evitar gravidezes indesejadas
Não se justifica” é como Ana Abel considera o facto de uma mulher continuar a “correr o risco e sofrer o choque emocional que é fazer uma interrupção, quando se pode fazer um planeamento gratuito através dos centros de saúde e do hospital que têm as portas abertas”. Garantir que a mulher siga o percurso legal e seja encaminhada para Planeamento Familiar é uma meta a atingir pelos profissionais, uma vez que “a única maneira de combater o aborto é fazer contracepção”, com recurso a métodos contraceptivos que “hoje são muito fiáveis e gratuitos”.
Embora este seja um processo que “não é agradável para nenhum médico”, (...) Do mesmo modo, “dolorosa” é a forma como a directora clínica considera que uma IVG seja para qualquer mulher, (...).
A propósito deste reconhecimento por parte de uma médica não objectora, ainda me recordo durante a última campanha para o referendo do dia 11 de Fevereiro, um grupo de psiquiatras e psicólogos a favor do "sim" terem dado uma conferência de imprensa, declarando que inexistiam casos de sequelas psicológicas em mulheres que tinham praticado o aborto e argumentando, inclusive, que se se fizesse uma busca no Google sobre o assunto pouco ou nada aparecia sobre a matéria (grande argumento, este !).
Agora, passados poucos meses são os próprios médicos que votaram no "sim" que confirmam os efeitos psicológicos (e, por vezes, inclusive físicos) negativos da prática do aborto.
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