quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Mais de 20 por cento das mulheres sofre de problemas e doenças psicológicas depois de praticar uma interrupção voluntária da gravidez (IVG).
A conclusão saiu do I Encontro de Estudos Médicos sobre a Vida, promovido pela Associação Mulheres em Acção (AMA) e que decorreu a semana passada, em Lisboa.
Em declarações ao farmacia.com.pt, fonte da organização fez o balanço do evento: “Esta iniciativa focalizou-se na análise das consequências físicas e psicológicas da IVG, tendo sido apresentados e debatidos uma série de estudos internacionais dedicados a esta matéria.”
Um dos estudos - coordenado Priscilla Coleman, professora da Universidade da Virgínia (EUA) intitulado «Mulheres recebem cuidados psicológicos 90 dias a seguir a um aborto» - “revelou que mais de 20 por cento das mulheres sofre de problemas e doenças psicológicas depois de praticar uma IVG”, informou a mesma fonte.
Por seu turno, em entrevista à Rádio Renascença, Carlos Ramalheira, médico psiquiatra dos Hospitais da Universidade de Coimbra e um dos coordenadores científicos do encontro, defendeu que “são necessários mais estudos a nível nacional para se conhecer esta realidade em concreto.”
Na opinião do especialista – responsável pela sessão de encerramento – “o que é importante é discutir se existem ou não determinados mecanismos que podem levar ao surgimento de determinadas doenças do foro neuropsiquiátrico em pessoas que são expostas a situações de vida traumáticas, como são sempre as situações ligadas ao aborto.”
Segundo Carlos Ramalheira, “não há ainda estudos feitos em Portugal, mas a discussão que está em cima da mesa é de extraordinária importância e apontará caminhos para aquilo que será necessário fazer em Portugal no acompanhamento destas situações”, destacou.
Notícia daqui.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário