domingo, 4 de novembro de 2007

As razões do aborto


Um dos argumentos utilizados até à exaustão para promover a liberalização do aborto foi o de evitar que as mulheres mais carenciadas tivessem que recorrer ao aborto clandestino.


Sucede que uma pessoa minha conhecida comentou-me no outro dia que um amigo que lida directamente com a realização de abortos num determinado hospital público lhe tinha comentado que estava impressionado pelo bom aspecto e nível de vida das mulheres que, nos últimos meses, foram aí realizar a ivg.

Segundo ele, a maioria referia ter existido "um azar" do tipo "o preservativo rompeu", etc.. e ainda que uma boa parte aparentemente seriam de classe média e média alta.


A questão é altamente relevante uma vez que existem várias associações de apoio à mulher grávida em Portugal que lidam essencialmente com mulheres de classe baixa ou média baixa. Porém, verifica-se que uma parte significativa das mulheres que abortam pertencem à classe média e média alta.


Dos 5 casos que eu pessoalmente tive conhecimento ainda antes do referendo, 4 das mulheres em causa pertenciam a essa classe média e média alta e apenas 1 à classe baixa.


É claro que todos estes dados empíricos deveriam ser confirmados por via de um estudo objectivo, independente e sério, mas tudo leva a crer que o aborto é frequentemente realizado por uma razão de "conveniência" e não por uma razão de "necessidade imperiosa".


Entretanto, enquanto por cá ainda não dá para tirar grandes conclusões, aqui fica um estudo internacional sobre as motivações das mulheres em abortar.



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