Aborto e violência doméstica

Há uns tempos atrás, neste blogue, referi-me à associação que existe entre aborto e violência doméstica.

Em muitos casos, se incluirmos também no conceito de violência doméstica, a violência psicológica, o aborto não é mais do que a expressão de uma coacção que é promovida pelo parceiro da mulher.

Na altura, um comentador anónimo refutou o que eu defendi, dizendo que tal não correspondia à realidade.

Veja-se, agora, o recente caso do guarda-redes do Flamengo Bruno onde o próprio progenitor obrigou a amante a ingerir substâncias supostamente abortivas, recorrendo, para isso, à agressão física e psicológica.

Ser contra o aborto é também ser a favor de uma verdadeira libertação da mulher em face das pressões, quase sempre cobardes, do progenitor ou da própria família.

Ser a favor do aborto é permitir e consentir que, na prática, essas pressões físicas e psicológicas condicionem a livre vontade da mulher.