sexta-feira, 16 de julho de 2010
O dinheiro que é gasto na destruição da maternidade, pois é isso que se trata quando se fala de aborto, deveria de ser usado para as mulheres com dificuldades. Hoje, as mulheres estão mais abandonadas do que nunca nas suas dificuldades e é preciso uma sociedade mais solidária”, disse Isilda Pegado. A responsável comentava os valores da Direcção Geral de Saúde (DGS) que apontam que os abortos legais tenham custado mais de 30 milhões de euros ao Estado.
“Não podemos continuar a entregar às nossas mulheres uma guia de marcha para o aborto. Essa é uma maldade que está ser feita à mulher, famílias e àqueles que não têm oportunidade de nascer”, acrescentou.
Os números divulgados pelo estudo sobre a “Liberalização do Aborto em Portugal, três anos depois”, revelam que as mulheres durante este período realizaram cerca de 53.500 interrupções voluntárias da gravidez. E o que os valores não têm parado de aumentar visto que, em 2007, efectuaram-se 15.370 abortos e em 2010 o número é já de 19.456, ou seja, um acréscimo de 27 por cento. “Faltam 20 mil nascimentos em Portugal, mas fazem-se 20 mil abortos por ano. É um alerta de grande preocupação para o futuro do país”, registou Isilda Pegado, argumentando que “o apoio à maternidade neste momento é um deserto”. “Mais de 50 mil abortos foram feitos em Portugal desde a sua liberalização.
Seriam mais 50 mil crianças nas escolas portuguesas, dentro de dois a três anos, crianças que teriam necessidade de professores, ou seja, haveria mais postos de trabalho. Há dinheiro para o aborto, não há para o apoio à maternidade e às dificuldades concretas de cada mãe e família”, acusou.
Para tal, Isilda Pegado advoga que “é urgente que se faça uma reavaliação e alteração da lei que está em vigor”. “Há profissionais de saúde que se declararam objectores de consciência, mas que estão impedidos de aconselhar as mulheres a não optar por essa via”, criticou a presidente da Federação, dando como resposta que estes médicos poderiam ser úteis num acompanhamento de reflexão multidisciplinar “com equipas técnicas capazes de encontrar soluções para as dificuldades, e fazer uma ampla campanha de promoção do valor da maternidade e paternidade”.
“A realidade do aborto não pode ser uma realidade escondida. O nosso primeiro objectivo é destapar a tampa do aborto que parece uma coisa tão marginal e que ninguém quer falar”, disse Isilda Pegado.
Assim, a Federação Portuguesa pela Vida vai enviar estes dados à ministra da Saúde, Ana Jorge, como forma de alerta pois, segundo a jurista, “o aborto está a tornar-se um método contraceptivo”. “Não podemos continuar cortar no subsídio de desemprego e ter dinheiro gasto indiscriminadamente com a realidade do aborto” rematou.
Fonte: Público
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