quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aborto e solidariedade


Quer se queira, quer não, um óvulo fecundado é já vida, com uma autonomia genética diferenciada e irrepetível.

A ideia de que essa autonomia genética não é passível de ser geradora do direito à vida pelo simples facto de ser dependente de outrem para se poder sustentar e desenvolver é um aberração.

Muitos seres humanos dependem de outros para se sustentar e desenvolver e não é por isso que devem perder o direito à vida ou a uma vida com a melhor qualidade possível.

Esse raciocínio é perigoso e assenta na mesma permissa de eugenismo que está subjacente ao regime Nazi.

A vida concebida é vida e é Pessoa Humana.

Mas, como tudo o que envolve a nossa existência, toda a vida pede amor, dádiva, sustentação por parte de 3ºs. Os filhos precisam do apoio dos pais, os idosos precisam do apoio dos filhos, os empregados precisam do emprego dos patrões, os patrões precisam da eficácia dos seus trabalhadores e por aí adiante.

A IVG é a 1ª cisão da solidariedade de muitas outras que, em diferentes estádios da vida adulta se vão repetindo.

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