Da ineficácia do preservativo
Analisando o artigo encontrei alguns dados:
Eficácia do preservativo no seu uso perfeito contra a Gravidez Indesejada:
3 em cada 100 mulheres engravidam, a “boa nova”, segundo o autor, é que essa taxa é bastante baixa, porém pílulas anticoncepcionais têm ineficácia menor que 1%.
Eficácia no seu uso típico contra a Gravidez Indesejada:
O uso típico é o uso do dia-à-dia, portanto é a natureza do que ocorre, de fato. Os estudos realizadosmostram uma ineficácia de 16%, na Tailândia e 14% nos EUA.
Eficácia contra HIV
Segundo o estudo, a taxa de transmissão do HIV, entre casais soro-discordantes, é menor que 1%. Um estudo avaliou 256 casais nessa condição e concluiu que após 20 meses não houve infecção pelo HIV, entre os casais que usaram de forma consistente o preservativo. Porém, é de se esperar que sendo o ser humano falível por natureza, esse “uso ideal”, na prática, é díficil de se obter. Entretanto, concordo que “não usar” é pratica condenável.
Alguma proteção contra outras DSTs (longe dos 100%, como o Governo Federal nos leva a acreditar)
Nos casos da Clamídia e Gonorréia, a eficácia do preservativo é de 60 a 80%, portanto há uma margem de erro de 20 a 40%. Os programas de saúde pública simplesmente não avisam, ou omitem por elipse, essas taxas de seus usuários, os médicos fazem o mesmo. O paciente, deveria estar ciente dos índices de falha de um método preventivo, qualquer que seja , como direito seu. Direito a informação, mas não parece ser do interesse da classe médica. É melhor, para o cidadão, permanecer manipulável.
A pior situação está correlacionada ao índice de falhas referente a HPV, herpes, e trícomoniase. Para esta última as possibilidades de inéficacia chegam a 70%. Segundo o estudo.
Uso incorreto é responsável por 1/4 das gravidezes indesejadas.
Outra estatística gritante. O design de um bom produto deve levar em consideração o índice de falhas do usuário, assim, uma cadeira deve ser suficientemente resistente para suportar o peso de um usuário que opta por sentar-se em seu braço, por exemplo. Porém, esse mesmo estudo mostra que o uso inconsistente do preservativo, é responsável por 1/4 das gravidezes indesejadas nos EUA. A possibilidade de se usar corretamente a camisinha passa por uma via crucis de variáveis e regras que devem ser observadas, de tal modo, que errar na sua colocação, se torna pratica corriqueira. Como confirma o estudo ao afirmar que “As pessoas freqüentemente usam preservativos de forma inconstante ou incorreta”
Taxa de rompimento é baixa, mas não chega a zero: 1 a 13%.
Os estudos apontaram uma taxa de ruptura que varia de 1 a 13% na relação vaginal, mas a média ficou abaixo de 2%. No coito anal essa taxa variou de 1,6 a 7,3%. Mas uma vez, a população não é avisada sobre a possibilidade de haver falha no uso do método. As propagandas governamentais são claras: “Transe ‘até morrer’ com quem quer que seja, desde que use preservativo”.
Casais de longa data são menos propensos a falhas no uso da camisinha.
O estudo apontou uma baixa taxa de rompimentos em casais monogâmicos. Homens com suas namoradas tendem a utilizar o preservativo de maneira mais ineficaz. Enquanto os casados o fazem com mais perícia, devido a experiência na colocação adequada do mesmo.
Defeitos de fabricação ocorrem
Mesmo diante da vigilância pesada das autoridade públicas e de saúde, imprevistos ocorrem. Em 1998, autoridades sul-africanas devolveram milhões de preservativos importados que não foram adequadamente testados. Em 1992, um estudo mostrou que 29 de 89 amostras de preservativos testados apresentavam alguma falha em sua estrutura, o que permitiria a passagem do vírus HIV através de poros existentes em camisinhas defeituosas (http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/ministerio_saude/preservativos/mat2.htm). Fica claro que como todo e qualquer objeto manufaturado pelo homem, a camisinha não é 100% eficaz, e que portanto o consumidor deveria estar ciente de seus riscos, até para mover ações legais contra os fabricantes e o Ministério da Saúde, que leva-o a crer numa eficácia total do método através de campanhas publicitárias. Isso, entretanto, não deve ser usado como pretexto para a abstenção sexual, ou o sexo desprotegido, e sim para uma vida sexual mais regrada, onde há diálogo e redução do número de parceiros, fortalecida com a segurança, parcial, porém importante, dos famigerados condoms.
Conclusão
Eficácia do preservativo contra o HIV: Segundo o estudo, 99% no seu uso ideal (faltam dados referentes ao uso típico).
Eficácia do preservativo contra a gravidez: Uso Ideal 97%. Uso típico: 84% no pior caso (Tailândia) com falha de 14% nos EUA.
Taxa de ruptura: 1 a 13%.
Falha na prevenção contra outras DSTs:
Clamídia e Gonorréia: 20 a 40%.
HPV, herpes, e trícomoniase: Até 70%.
Portanto, levando-se em consideração que o preservativo tem um eficácia superior a relação sexual desprotegida, ele deve sempre ser utilizado.
Fonte e autoria: Sognare Lucido
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