Sócrates deve reconhecer erro, diz PAV

A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) defende a revogação urgente da lei do aborto e desafia o Primeiro-ministro a reconhecer o erro em que induziu os portugueses.

O apelo foi conhecido durante um encontro promovido pela federação no âmbito do primeiro aniversário do referendo.

Desde a entrada em vigor da nova lei o número de abortos tem vindo a subir: foram feitos 6099, por livre vontade da mulher.

Para Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa Pela Vida, há uma conclusão a tirar: “Previu-se a prática de mais de 20 mil abortos por ano em Portugal. este era um número seguríssimo que todos os que tinham responsabilidades no país afirmavam com a maior clarividência. Hoje reconhecem que foi um erro grosseiro tal número apontado. Aqueles números nunca seriam mais que 10 mil”, disse.

E pelas contas da Federação nem o argumento do aborto na adolescência tem expressão, a maioria foi realizada por mulheres com mais de 30 anos.

Por isso, Isilda Pegado lança o desafio a José Sócrates: “Não podemos deixar de desafiar o Primeiro-ministro, que tantas vezes usou estes números, a vir reconhecer o erro em que induziu o povo português”, acrescenta.

De acordo com as projecções da federação, o número de abortos irá estar próximo do número de crianças nascidas. Os dados apontam para que em 2030, por cada três crianças que nasçam em Portugal, uma será abortada.

Ainda segundo as contas da Federação Portuguesa pela Vida, em 2007, a procura das associações de apoio à vida subiu 65% face aos anos anteriores.

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