CDS quer saber
quantas mulheres fizeram mais que um abortoO CDS-PP quer saber quantas mulheres já fizeram mais que um aborto desde a entrada em vigor da lei de despenalização e se, nos casos de repetição, é permitida a objecção de consciência aos médicos.
«Em quantos casos se verificou que a mesma mulher realizou mais do que uma interrupção voluntária da gravidez? Nestes casos da repetição do aborto é permitida aos médicos a objecção de consciência?», questionou o CDS-PP, num conjunto de 15 perguntas hoje dirigidas à ministra da Saúde, Ana Jorge.
O CDS-PP perguntou à ministra quais são os custos financeiros médios por aborto praticado no Serviço Nacional de Saúde e «quais os custos financeiros totais» da aplicação da lei.
Os deputados democrata-cristãos querem ainda saber quantas primeiras consultas para dar informação relevante para a formação da decisão de abortar ou não, foram dadas no SNS e nos estabelecimentos autorizados.
Em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares considerou que o Governo tem «insistido e investido mais na prática de abortos que em verdadeiras alternativas às mulheres».
O CDS-PP questionou ainda a ministra sobre se tem alguma explicação para o facto do número de abortos realizados ao abrigo da lei actual, cerca de 6.000, serem muito inferiores às projecções avançadas pelos defensores do `Sim´ na campanha do referendo.
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