terça-feira, 2 de outubro de 2007

Acompanhamento médico a terminais previne eutanásia

O antigo director do Instituto Português de Oncologia, José Cardoso da Silva, afirmou ontem, na sua intervenção no simpósio sobre «Cuidados Continuados», no Porto, que a eutanásia só se coloca como escolha quando não existem cuidados paliativos.
Na sua comunicação ao encontro organizado pelo núcleo regional do Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro, intitulada «Eutanásia», Cardoso da Silva sustentou que “a morte deliberada e intencional de uma pessoa” surge “como consequência de um sofrimento insuportável que não é controlado pelos cuidados médicos”. “Quando existem cuidados paliativos organizados o pedido de eutanásia é muito raro e o doente que pede que o ajudem a morrer está, na realidade, quase sempre, a pedir que o ajudem a viver”, argumentou, antes de fazer notar que “quando lhe controlam os sintomas passa a desejar viver e a ter objectivos a atingir”. Este oncologista foi mais longe e afirmou que “nos países em que a eutanásia foi legalizada a maior parte das mortes por eutanásia verifica-se não em consequência de sofrimento intenso e insuportável, mas porque sentem que são um fardo para a sociedade ou para a família”.
Notícia daqui.

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