quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Milhares de portugueses «levantam-se» hoje contra a pobreza

Cerca de 45 mil portugueses deverão aderir esta quarta-feira à iniciativa mundial «Levanta-te contra a pobreza», que assinala o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, uma das metas traçadas pela ONU nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

A iniciativa, desenvolvida em Portugal pela Campanha Pobreza Zero, deverá registar-se um pouco por todo o país em escolas, empresas e associações.

Uma em cada seis pessoas no mundo vive em condições de pobreza extrema e não tem acesso a medicamentos nem à educação básica, indicam dados internacionais.

Em Portugal, um em cada cinco vive em situação de pobreza. Por outro lado, 12% da população global - ou seja, o grupo dos 22 países mais ricos do mundo, em que se inclui Portugal - consome 80% dos recursos naturais disponíveis.

As inscrições para esta iniciativa começaram há cerca de três semanas e, segundo a organização, a perspectiva de adesão ultrapassa os valores atingidos em 2006.

No ano passado, 20 mil portugueses inscreveram-se na acção «Levanta-te contra a pobreza», contribuindo assim para o número mundial de 23,5 milhões de pessoas que aderiram a iniciativa.
Estes milhões de vozes recordaram aos líderes mundiais que a cada dia que passa 50 mil pessoas morrem de pobreza extrema, que o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior e que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, assumidos pelos governos nas Nações Unidas de reduzir para metade a pobreza extrema até 2015, estão em risco.

Este ano, 45 mil portugueses já anunciaram a sua participação realizando mais de duas mil acções que em vários pontos do país.

Mais de 60 escolas, desde o pré-escolar até ao ensino universitário, aderiram ao «Levanta-te contra a Pobreza», sendo as crianças e jovens convidados a vestir de branco.

A campanha Pobreza Zero foi lançada pela OIKOS em 2005, o ano da Cimeira da ONU do Milénio + 5, da reunião do G8 na Escócia onde foram perdoadas dívidas de vários países pobres e da Cimeira da OMC, onde se discutiram também importantes questões do comércio internacional.

Actualmente a campanha é desenvolvida com mais organizações: a Amnistia Internacional, os Médicos do Mundo e a Quercus.
Notícia daqui.

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