sexta-feira, 20 de julho de 2007
Daniel Serrão propõe que dados sejam analisados para estruturar acções de prevenção
Um membro da Academia Pontifícia para a Vida propõe à Direção-Geral de Saúde de Portugal que se registre cada aborto realizado no país.
Segundo refere a agência do episcopado de Portugal, Ecclesia, Daniel Serrão explica que o registro seria feito «como se se tratasse de uma investigação clínica», onde os resultados seriam «avaliados, cientificamente, ao fim de algum tempo».
«Excluindo a identificação da mulher, tudo o mais deve ser registrado, nomeadamente a idade, estrato social, nível de instrução, tipo de conjugalidade, número de filhos, número de abortamentos já efetuados antes, motivo invocado para solicitar o abortamento, idade do feto, tipo de abortamento praticado, tempo de internamento, avaliação pós abortamento, física, psíquica e emocional», escreve o médico.
Segundo ele, com base nestes resultados seria possível estruturar as acções de prevenção.
O aborto é visto como um «acto médico» «banal e corrente, que vai ser praticado aos milhares pelos Serviços de Obstetrícia do Serviço Nacional de Saúde e a grande preocupação é se os ditos serviços têm capacidade para atenderem todas essas mulheres em tempo útil e em boas condições técnicas».
Daniel Serrão afirma que «haverá sempre médicos que praticarão abortamentos sem justificação nem indicação médica», mas o médico destaca «os muitos que, com o esperado respeito pela sua dignidade profissional farão, em cada caso, objeção de consciência à prática de um ato que lhes repugna».
A situação do abortamento em Portugal será «um case study, embora pelas piores razões», aponta.
Fonte: Zenit
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