segunda-feira, 30 de julho de 2007

Desresponsabilização

A desresponsabilização relativamente à vida e ao sustentar da vida é um grave sintoma que infelizmente se verifica, cada vez mais, na sociedade portuguesa.

Não se trata só do incentivo ao aborto promovido por uns à custa do conformismo de outros.

Trata-se também da irresponsabilidade dos próprios pais relativamente aos filhos já nascidos.

Veja-se, por exemplo, o que diz o Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, segundo o qual

"Em Lisboa, por exemplo, (....) , encontram-se 2329 processos pendentes relativos a incumprimentos de regulação do poder paternal. No total, existem 8248 processos pendentes no Tribunal de Família e Menores de Lisboa. Em Loures, encontram-se 2177 processos pendentes relativos a regulações do exercício do poder paternal. No Tribunal de Família e Menores de Cascais, a pendência em 1999 era de 824 processos. Agora é de 4035. E não pára de aumentar em todas as circunscrições judiciais".

Este é um clima de egoismo generalizado, de pais que não querem saber dos próprios filhos, que não lhes pagam a pensão de alimentos ou que querem pagar o menos possível para poderem gozar melhor a vida, etc..

A solidariedade inter-geracional está em crise e o ambiente é adverso;
Promove-se uma solidariedade à distância, através de números de telefone de valor acrescentado.

A melhor forma de recomeçarmos começa em casa, com os nossos filhos.

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