Grupo pró-Vida algarvio homenageou mães que optam ter os filhos
Alguns dos antigos mandatários do grupo cívico ‘Algarve pela Vida’, constituído no âmbito da realização do Referendo do passado mês de Fevereiro para fazer campanha pelo ‘Não’ ao aborto, reuniram-se juntamente com alguns apoiantes pró-Vida, no passado domingo para assinalar o dia em que entrou em vigor a nova lei que permite a chamada Interrupção Voluntária da Gravidez até às 10 semanas de gestação.
Os defensores da Vida, reunidos numa acção simbólica perto do Hospital Distrital de Faro, uma das unidades hospitalares que irá praticar a intervenção, quiseram assinalar um dia que consideraram “de luto” mas procuraram simultaneamente deixar um sinal positivo “de esperança”. “É também uma homenagem que fazemos aos profissionais que são objectores e também às mulheres que pretendem ter os seus filhos, apesar das dificuldades”, referiu Miguel Reis Cunha, um dos ex -mandatários do ‘Algarve pela Vida’. “É um acto simbólico, mas como a simbologia só não chega, o que interessa é o que nós fazemos depois no terreno”, acrescentou. A iniciativa, também de tributo às mulheres que optam por gerar os seus filhos, viria a ser marcada pela entrega de um ramo de rosas vermelhas a uma mãe de três filhos que esteve presente com a restante família e pela colocação de uma rosa junto da vedação da unidade hospitalar em homenagem às crianças que não poderão nascer. José Santos Matos, médico, lembrou que “médicos e enfermeiros estão vocacionados para prolongar e dar mais qualidade à vida e nunca para a destruir”. “Pôr os serviços de saúde a trabalhar contracorrente é uma enormidade”, considerou, acrescentando que “tudo o que seja contra a natureza é um erro humano grave” e que “esta lei é um erro anti-natural porque é contra a vida”. Santos Matos entende ainda que “o Governo vai ter muitas dificuldades em pôr os serviços de saúde a trabalhar contracorrente”. Luís Henriques, da Caritas Diocesana do Algarve, testemunhou que o SOS Vida é “um dos pólos de referência na protecção à vida no Algarve” que já protegeu cerca de 500 mães. Aquele responsável adiantou que a obra, entregue à gestão da Caritas, “está disposta a avançar com uma informação, formação e sensibilização na linha da vida”. Concretamente será distribuído brevemente um pequeno panfleto com os fundamentos, os objectivos e as estratégias do SOS Vida Algarve. A finalidade será “sensibilizar a sociedade em geral e informar as mães em risco por forma a que, em caso de necessidade, a Caritas as possa receber”. Luís Henriques explicou que “a mãe é acolhida no lar e tem depois um acompanhamento social e humano dentro das possibilidades da Caritas, inclusive um acompanhamento profissional através de uma formação para que posteriormente consiga sobreviver com a sua criança”. Considerando que “foi aprovada uma lei criminosa”, porque “o aborto é um atentado à vida”, Luís Henriques considerou que “é preciso que as pessoas não adormeçam à sombra da lei” porque “a sociedade tem obrigação de resolver os problemas” de quem pensa recorrer a esse acto. “Pensamos também no início do próximo ano lectivo fazer uma divulgação aos jovens para que, em caso de surgir uma vida, eles saibam que a alternativa não é aquela que o Governo lhes deu – o aborto – mas a protecção à vida”, concluiu.
Blogue ‘Algarve pela Vida’
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