quarta-feira, 18 de julho de 2007

A MARCA DE SÓCRATES




Conforme alertado pela APFN no passado dia 9 de Julho e amplamente noticiado pela comunicação social, Portugal atingiu, em 2006, o mínimo absoluto de natalidade, com apenas 105 351 nascimentos, número já disponível no Eurostat mas, curiosamente, ainda ausente no site do INE, que apenas mostra dados de 2005 e anos anteriores.





Isto quer dizer que, em 2006, nasceram menos 57 323 bebés do que seria necessário para que o Índice Sintético de Natalidade (ISN) fosse de 2.1 filhos por mulher em idade fértil.





O défice total de crianças e jovens atingiu o número de cerca de 940 000 desde 1982, último ano em que o ISN foi igual a 2.1.





Os gráficos (...) mostram a evolução do ISN e o actual défice de jovens e crianças por idade.



É assim bem visível o resultado do agravamento da política anti-natalista praticado por este governo e pela actual maioria parlamentar (perante a indiferença da esmagadora maioria dos restantes deputados) e que tem um nome e um rosto: José Sócrates, Primeiro-Ministro e Secretário-Geral do partido da maioria.





À semelhança da figura mítica de Zorro, que marcava as suas vítimas para sempre com um "Z" feito com a espada no seu peito ou na sua testa, Sócrates está a deixar a sua marca bem vincada para as próximas gerações, ao deixar o país cada vez menos viável e sustentável por falta de crianças e jovens.





Esta política anti-natalista atingiu o máximo expoente com a inimaginável portaria de "regulamentação" do aborto do Ministro da Saúde Correia de Campos, ponta-de-lança socretino, ao classificar como "doentes" as grávidas que procurem abortar e isentando-as das taxas moderadoras, ao procurar condicionar o exercício da objecção de consciência por médicos e enfermeiros, ao mover mundos e fundos para a liberalização do aborto em total oposição à política que tem imposto no que diz respeito aos verdadeiros doentes, em que cada vez é mais caro e difícil o acesso aos necessários cuidados de saúde!





A APFN manifesta a sua estranheza com a notícia de que o actual governo prepara um conjunto de medidas de "incentivo à natalidade". Como é evidente, aguarda, com uma enorme curiosidade a divulgação das medidas socretinas, medidas essas que só poderão ser totalmente opostas à forte cultura anti-natalista deste governo e desta maioria.





Portugal não precisa de "incentivos à natalidade"! Isso é linguagem aplicável a pecuária! Portugal precisa, sim, de "política de família"!



Veremos, posteriormente, os resultados...
Uma coisa é certa: os valores de 2007 ainda vão ser piores que 2006, pelos indicadores que temos em nosso poder, e não vemos absolutamente nada no horizonte que nos leve a acreditar que assim não continuará, cada vez pior, até ao final da presente legislatura!
A APFN apela aos restantes partidos políticos, que têm passado o tempo a divertir-se com questiúnculas internas, e ao Presidente da República, para que forcem o governo e a maioria parlamentar a adoptarem uma política de família a sério, apoiando (em vez de pressionarem) as famílias com filhos a cargo, tanto mais quanto maior o seu número, à semelhança do cada vez mais praticado pelos restantes parceiros europeus, tentando reduzir ao mínimo a "Marca de Sócrates".



A APFN, continuará, entretanto, com cada vez maior empenho e apoio de empresas e autarquias, o seu trabalho de minimizar a cada vez mais gravosa política anti-natalista dos socretinos.



17 de Julho de 2007
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

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