Projecções ou desejos?
Apontava logo como conclusão que "Nos próximos 50 anos, Portugal poderá continuar com cerca de 10 milhões de residentes".
Ora, isto só acontecerá(ia) num cenário totalmente irrealista, a que o INE nos tem vindo a habituar nas suas "projecções": o Índice Sintético de Fecundidade começar a crescer para 1.6 (quando não pára de baixar) e a emigração aumentar em 50% nos próximos 10 anos, quando também, não só tem vindo a reduzir, quando há cada vez mais portugueses a procurarm a sua sorte noutras paragens.
O surrealismo das "projecções" do INE pode ser visto na figura abaixo, onde se apresentam os cenários adoptados como mais prováveis em 2009 e em 2004, comparados com o que tem sido observado nos últimos 28 anos.
Como se pode ver, a realidade mantem-se indiferente àquilo que não passa de sonhos do INE.
Recorda-se que, perante a incapacidade de o INE em produzir um trabalho que permita o país preparar-se adequadamente para o futuro, a APFN desenvolveu e disponibilizou no seu site um programa de computador para se fazerem projecções demográficas, que pode ser visto e descarregado em http://www.apfn.com.pt/Cadernos/Caderno16/index.htm.
Por aí, se poderá ver que, a continuar a actual política, indiferente ao desastroso caminho que temos vindo a seguir, a população, para além de envelhecida, cairá brutalmente, o que faz com que os projectados TGV´s e aeroporto da OTA nem sequer sirvam para turismo de terceira idade, dada a prevista queda brutal no valor das pensões de reforma.
Por esse motivo, a APFN chama de novo a atenção dos responsáveis políticos, e do Governo e Parlamento em particular, para a absoluta necessidade de Portugal adoptar medidas a sério de apoio aos casais com filhos, à semelhança do que tem vindo a ser feito na esmagadora maioria dos países europeus, e de que a França é o mehor exemplo, dada a comprovada eficácia.
Pede ainda a quem de direito que solicite ao INE para corrigir rapidamente este documento, de modo a merecer o título de "Projecções de População Residente".
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