segunda-feira, 9 de março de 2009

A Juno madeirense

Infelizmente, vivemos numa cultura onde abortar é socialmente mais aceitável e "discreto" do que dar para a adopção.

O filme "Juno" veio desmistificar essa opção preferencial pelo aborto apresentando como alternativa credível a via da adopção, apesar de todas as vicissitudes daí decorrentes, nomeadamente o ter que aguentar a gravidez até ao fim, sujeitando-se aos habituais falatórios, alterações morfológicas, pressão psicológica, etc., etc.

O que é certo é que optar pela adopção em alternativa ao aborto é, sobretudo, um enorme acto de coragem e extrema generosidade.

Agora, na Ilha da Madeira, uma jovem teve essa coragem e generosidade - é a nossa Juno !

Quando uma jovem recebe a notícia de que será mãe a primeira reacção é de revolta. Não quer acreditar que aquilo está a acontecer com ela e o mundo parece ter-lhe desabado na cabeça. Depois do choque, e quando sentem os primeiros movimentos fetais e vêem o seu corpo a transformar-se é que ganham consciência do seu estado. Há jovens que se recusam ter a criança, outras decidem dar para adopção. Regina Sampaio conta que no ano passado houve um único caso desta natureza. «Assim que soube que estava grávida, a jovem decidiu que iria entregar a criança, assim que esta nascesse, para adopção. É muito raro isto acontecer. Aliás, este caso foi partilhado pela família e foi um processo encaminhado».




Fonte da notícia: Jornal da Madeira

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