sexta-feira, 4 de julho de 2008
Poderá existir alguma falta de modernidade na nova liderança do PSD? Ferreira Leite, na terça-feira, referiu que "a família tem como objectivo a procriação".
Os ventos que sopram da Europa não são já outros?
E a família não tem como objectivo a procriação?
Eu estou-me nas tintas para os ventos que sopram na Europa.
Nós temos as nossas convicções.
Assino por baixo o que disse Manuela Ferreira Leite.
Total respeito pelas ligações homossexuais, recusa determinante em equiparar as relações homossexuais às relações heterossexuais.
Para mim é mais uma questão de denominação do que outra coisa. Irrita-me que chamem casamento a uma relação entre homossexuais.
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3 comentários:
Até eu que não sou nada simpatizante de Manuela Ferreira Leite tenho de concordar neste facto. Chamem a uma união homossexual outra coisa qualquer, mas não lhe chamem casamento. Dêem-lhes os mesmos direitos, nomeadamente no que diz respeito aos serviços de saúde e benefícios fiscais, aceitem a figura da união de facto entre homossexuais, mas não pervertam a natureza daquilo que é suposto ser o casamento.
Concordo com a opinião do "post" anterior.
Quer-se que a união entre homossexuais seja considerada "casamento" para facilitar, um dia, a adopção ou a procriação medicamente assistida desses pares de pessoais que vivem maritalmente... A Noruega caminhou nesse sentido... os outros só esperam ir a caminho. E hão-de vir tempos de muitas manifestações nesse sentido!
Depois vá entender-se por que apoiam as associações gay o aborto, por exemplo. Não caberão aqui todas as pessoas que se assumem homossexuais, mas a perspectiva geral é essa.
Já agora, espero que este espaço não se torne num espaço de homofobia, pois as pessoas têm de ser julgadas pelo que são interiormente não pelo que fazem delas.
Em comentário a um post de há uns meses atrás, referi-me a uma proposta de lei do PP já muito antiga que acabou por cair devido ao fim abrupto da legislatura de então.
Propunha-se o estabelecimento de um regime jurídico que enquadrasse a existência de economias em comum vividas quer por pessoas do mesmo sexo, quer por pessoas de sexo diferente, conferindo direitos e deveres.
Tratava-se de uma proposta mais abrangente que, inclusive, poderia incluir no seu âmbito situações como as de algumas comunidades religiosas, amigos que vivem juntos, etc...
Numa altura em que o PS fez aprovar uma nova lei que esvazia por completo o conteúdo do casamento, acho estranho que o lobby gay faça tanta questão em "casar". Parece-me muito pouco "moderno". Já que, na óptica do preâmbulo da nova lei do divórcio do PS o casamento enquanto instituição e aparência é algo já ultrapassado pelo evoluir dos tempos...
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