sexta-feira, 4 de julho de 2008

Resposta do Dr. António Capucho sobre polémica dos casamentos gay

Poderá existir alguma falta de modernidade na nova liderança do PSD? Ferreira Leite, na terça-feira, referiu que "a família tem como objectivo a procriação".
Os ventos que sopram da Europa não são já outros?
E a família não tem como objectivo a procriação?
Eu estou-me nas tintas para os ventos que sopram na Europa.
Nós temos as nossas convicções.
Assino por baixo o que disse Manuela Ferreira Leite.
Total respeito pelas ligações homossexuais, recusa determinante em equiparar as relações homossexuais às relações heterossexuais.
Para mim é mais uma questão de denominação do que outra coisa. Irrita-me que chamem casamento a uma relação entre homossexuais.

3 comentários:

Muffi disse...

Até eu que não sou nada simpatizante de Manuela Ferreira Leite tenho de concordar neste facto. Chamem a uma união homossexual outra coisa qualquer, mas não lhe chamem casamento. Dêem-lhes os mesmos direitos, nomeadamente no que diz respeito aos serviços de saúde e benefícios fiscais, aceitem a figura da união de facto entre homossexuais, mas não pervertam a natureza daquilo que é suposto ser o casamento.

Anónimo disse...

Concordo com a opinião do "post" anterior.

Quer-se que a união entre homossexuais seja considerada "casamento" para facilitar, um dia, a adopção ou a procriação medicamente assistida desses pares de pessoais que vivem maritalmente... A Noruega caminhou nesse sentido... os outros só esperam ir a caminho. E hão-de vir tempos de muitas manifestações nesse sentido!

Depois vá entender-se por que apoiam as associações gay o aborto, por exemplo. Não caberão aqui todas as pessoas que se assumem homossexuais, mas a perspectiva geral é essa.

Já agora, espero que este espaço não se torne num espaço de homofobia, pois as pessoas têm de ser julgadas pelo que são interiormente não pelo que fazem delas.

MRC disse...

Em comentário a um post de há uns meses atrás, referi-me a uma proposta de lei do PP já muito antiga que acabou por cair devido ao fim abrupto da legislatura de então.
Propunha-se o estabelecimento de um regime jurídico que enquadrasse a existência de economias em comum vividas quer por pessoas do mesmo sexo, quer por pessoas de sexo diferente, conferindo direitos e deveres.
Tratava-se de uma proposta mais abrangente que, inclusive, poderia incluir no seu âmbito situações como as de algumas comunidades religiosas, amigos que vivem juntos, etc...
Numa altura em que o PS fez aprovar uma nova lei que esvazia por completo o conteúdo do casamento, acho estranho que o lobby gay faça tanta questão em "casar". Parece-me muito pouco "moderno". Já que, na óptica do preâmbulo da nova lei do divórcio do PS o casamento enquanto instituição e aparência é algo já ultrapassado pelo evoluir dos tempos...