terça-feira, 29 de julho de 2008
O governo, através da Direcção Geral de Saúde, continua a promover o facilitismo.
Desta vez, considera que ao distribuir pílulas e preservativos ao desbarato, sem consulta médica, sem acompanhamento de um especialista e inclusive "através de terceiros" (estamos a falar de quem? dos professores e contínuos das escolas?), as IVG's vão diminuir .
É clinicamente aceitável que se distribuam pílulas a raparigas ou crianças sem se saber se existem contra-indicações, sem saber se as mesmas estão a tomar algum outro remédio que anule o efeito da pílula, sem saber se as mesmas sabem como o devem tomar, etc., etc. ?
É isto sensato vindo de uma Direcção Geral de Saúde ?
Há que recordar que existem muitos casos (e eu conheço alguns) de mulheres que tiveram gravidezes indesejadas precisamente porque o preservativo falhou ou estava mal colocado ou porque um determinado remédio anulou o efeito da pílula.
Ou seja, ao promover a distribuição de pílulas e contraceptivos, este organismo público está indirectamente a promover o aumento do risco de ocorrências de IVG's em vez de as diminuir.
Esta nova estratégia do Governo parece esquecer duas constatações que a contrariam totalmente:
Uma) Proveniente da própria Associação do Planeamento familiar, segundo a qual, nos primeiros 6 meses de funcionamento da sua linha de apoio à IVG, das mulheres que procuravam praticar o aborto a pedido, A maioria das pessoas (68 por cento) usava contracepção, sendo a pílula o método mais utilizado (mais de 45 por cento), seguido do preservativo (mais de 35 por cento).
Duas) É a própria Direcção Geral de Saúde que, no seu site (Cfr. Página 17 do documento intitulado "Saúde Reprodutiva, Planeamento Familiar"), alerta para as falhas da pílula, caso em que a mulher poderá ter uma gravidez indesejada:
Afinal, estas informações técnicas, segundo a nova orientação da DGS, são dispensáveis...
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