Textos desta semana da Rádio Costa D'Oiro
Semana: 16/03/10 a 19/03/10
Dia 16 - Uma senhora de 98 anos chamada Irena acabou de falecer.Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!)Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira, na parte de trás da sua camioneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.Por fim os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos.No ano passado foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns diapositivos sobre o Aquecimento Global·Não permitamos que alguma vez, esta senhora seja esquecida.
Dia 17 - Das cerca de 100 mil pessoas que morrem por ano em Portugal, 60% não recebem cuidados paliativos. A resposta do Serviço Nacional de Saúde só chega a 10% dos doentes a necessitar destes cuidados na fase final da vida ou com doenças crónicas incapacitantes e progressivas.
A presidente da associação, Isabel Neto, explicou que 60 mil doentes que poderiam precisar directamente de cuidados paliativos não têm a eles acesso. Um número que deve ser multiplicado por três, explica a responsável, tendo em conta que, “por definição, os cuidados paliativos são dirigidos ao doente e à família e, se atendermos a que a família tem, pelo menos, três elementos, teríamos 180 mil pessoas em Portugal: doentes e família a necessitar” deste tipo de cuidados.
Actualmente há no nosso país apenas 20 unidades qualificadas de cuidados paliativos que não são suficientes para dar resposta a todos os doentes.
É necessário que “os portugueses saibam que os cuidados paliativos servem para ajudar a viver, para que as pessoas não estejam em sofrimento intolerável, que não são uma alternativa á eutanásia, mas um direito de todos”, refere Isabel Neto.
A presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos avançou ainda que vai pedir ao Governo que invista nesta área e em recursos humanos e avançar com uma proposta à Ordem dos Médicos para a criação de uma competência de cuidados paliativos.
O respeito pela vida deve estar presente em qualquer altura!
Dia 18 - Um bebé que nasceu em Junho na Alemanha com apenas 275 gramas de peso tornou-se no mais pequeno bebé prematuro, do sexo masculino, a conseguir sobreviver.
A informação foi revelada pela Universidade Médica de Goettingen (UMG), no centro da Alemanha. Segundo os estudos médicos, um recém-nascido que nasce com menos de 350 gramas de peso tem muito poucas probabilidades de sobreviver.
O bebé nasceu na 25.ª semana de gestação, no dia 25 de Junho de 2009.
Este é o quarto bebé do mundo a sobreviver com um peso tão baixo, mas é o primeiro do sexo masculino. Segundo a Universidade, a possibilidade de sobrevivência dos prematuros é 25% mais alta no caso de meninas.
Após seis meses na unidade de cuidados intensivos da clínica, o bebé recebeu alta em Dezembro, quando já pesava 3,7 quilos.
A mãe do bebé tinha ido à clínica em Junho por causa de complicações na gravidez. Os médicos tentaram atrasar o parto, mas este acabou por acontecer de cesariana.
Esta é uma prova de vida, um verdadeiro milagre ao qual ninguém deve ficar indiferente.
Dia 19 - Marcos Leandro escreveu assim para este dia do Pai:
Ser pai é ser...
Ser pai é ser criança, aprendendo e vivendo sempre coisas novas e boas Pois só assim é que se cresce
Ser pai é ser filho, seguindo e trilhando os rumos traçados pelos pais Pois eles só querem o nosso bem
Ser pai é ser irmão, sendo um pai dos filhos mais novos e mais velhos Pois desta maneira se treina para paternidade
Ser pai é ser amigo, compreendendo e ajudando os amigos que precisam de um pai Pois eles retribuirão com gratidão
Ser pai é ser avô, observando e encaminhado os filhos a serem bons pais Pois eles conseguirão a maturidade
Ser pai é ser mestre, espalhando a sabedoria e seus conhecimentos Pois é assim que se constrói um mundo melhor
Ser pai é ser pai, orientando e encaminhado os filhos a seguirem o bom caminho Pois só assim se obtém a felicidade
Ser pai é ser como Cristo, educando e praticando seus ensinamentos Pois é assim que se conquista a benção de Deus.
Dia 22 - A Humanidade conta, infelizmente, com muitos factos históricos e sociais sobre os quais não pode de todo orgulhar-se, bem pelo contrário, a vergonha é o único sentimento que pode restar das suas barbaridades.
No meio das piores das atrocidades, há, apesar de tudo, homens e mulheres surpreendentes que, lúcidos e verdadeiros, enfrentam preconceitos, estratagemas políticos e ambições, em nome do Outro.
Em 1994, «Ruanda é palco de uma das maiores atrocidades da história da humanidade onde, em apenas 100 dias, quase um milhão de tutsis são brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu. No cenário destas indescritíveis acções, um homem promete proteger a família que ama, acabando por encontrar a coragem para salvar mais de um milhar de refugiados. "Hotel Ruanda" conta-nos a história verídica de Paul Rusesabagina, um homem que conseguiu evitar o genocídio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil ao conceder-lhes abrigo no hotel que dirigia na capital de Kigali.»
O filme “Hotel Ruanda” dá voz a um dos massacres mais sangrentos de África, denunciando a crueldade e a desumanidade no momento em que o mundo fechou os olhos e virou as costas a quem mais necessitava de ajuda. Uma história verdadeira a não perder e fazer-nos pensar...
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