domingo, 23 de setembro de 2007
A directora regional de Saúde disse que efectuaram a IVG na região nove mulheres e no Continente outras treze, sendo os pedidos originários das ilhas Terceira, São Miguel, Faial, Flores e Santa Maria.
O Governo açoriano estima despender, este ano, entre 60 a 70 mil euros com a aplicação da Lei sobre a interrupção voluntária da gravidez, um valor considerado "insignificante" para o Serviço Regional de Saúde (SRS).
Vinte e duas mulheres açorianas abortaram desde 15 de Julho, quando entrou em vigor a lei da despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG), adiantou ontem à agência Lusa a directora regional de Saúde. Teresa Brito disse que efectuaram a IVG na região nove mulheres e no Continente outras treze, sendo os pedidos originários das ilhas Terceira, São Miguel, Faial, Flores e Santa Maria.
Escusou-se, porém, a revelar as suas idades, alegando que "as ilhas são, na sua generalidade, comunidades muito pequenas e, portanto, facilmente identificadas as pessoas".
"Divulgar pormenores, ainda que pequenos como esses, seria uma falta de ética e uma quebra da confidencialidade que a lei garante", sustentou.
Teresa Brito explicou que as IVG realizadas na região decorreram no hospital da Horta, na ilha do Faial, o único dos Açores cujos médicos obstetras não alegaram objecção de consciência.
Quando a unidade de saúde da Horta vê esgotada a sua capacidade, o Serviço Regional de Saúde encaminha as mulheres para estabelecimentos do Continente oficialmente reconhecidos para este procedimento.
O serviço de obstetrícia na Horta organizou-se de modo a garantir a realização de IVG nas condições e prazos legalmente previstos, adiantou.
Teresa Brito manifestou-se convicta que, "com a reorganização dos serviços, e passada a fase inicial onde o volume de pedidos é mais elevado, a região terá condições de realizar localmente todos os pedidos de IVG".
Quanto aos custos envolvidos, referiu que, "nas deslocações, não são mais elevados dos que envolvem doentes com outras patologias, enquanto o acto em si depende se for cirúrgico ou medicamentoso, cujos valores estão previstos na legislação".
O Governo açoriano estima despender, este ano, entre 60 a 70 mil euros com a aplicação da Lei sobre a interrupção voluntária da gravidez, um valor considerado "insignificante" para o Serviço Regional de Saúde (SRS).
Para o executivo, é um encargo perfeitamente comportável, representando apenas 0,03% dos encargos anuais do SRS.
Notícia daqui.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário