Um novo “cavalo de Troia” para introduzir o aborto como um direito da mulher
Um novo “cavalo de Troia” para introduzir o aborto como um direito da mulher
A resolução foi aprovada com 50 votos favoráveis, 14 contrários e 4 abstenções. Os quatro representantes italianos votaram contra a proposta.
O documento trata da assim chamada “saúde sexual e reprodutiva”, determinando, apesar do uso de um palavreado “tranquilizador”, o livre acesso - inclusive por menores e sem conhecimento dos pais - a métodos contraceptivos, aborto legal seguro e gratuito, esterilização, fecundação artificial e liberdade de “orientação sexual”.
A aprovação da resolução nestes termos representa um novo “cavalo de Troia” para a introdução do aborto como um direito.
Dessa forma, realiza-se, apesar de algumas vigorosas objeções, o objetivo ideológico dos movimentos feministas, determinados a converter o aborto num novo direito fundamental da mulher. E concretiza-se também o desejo do poderoso lobby da indústria farmacêutica – uma devastadora aliança pela cultura da morte – às vésperas da Jornada Italiana pela Vida, que ocorrerá no dia 7 deste mês.
Ainda mais preocupante é constatar que tal documento representará a base do plano de ação para a próxima Conferência da ONU sobre População e Desenvolvimento. Qual será o próximo valor a ser atingido por um “cavalo de Troia”?
O que está em jogo não é apenas o conceito de fertilidade como um valor humano a ser reconhecido e tutelado - e não tratado como uma doença – mas o próprio significado da pessoa humana, seja homem ou mulher, imagem e semelhança de Deus: uma verdade que nos precede, nos foi dada, não foi criada pelo homem. Com sua presunção prometeica de se considerar único autor de sim mesmo, o homem moderno se arrisca a não mais ser capaz de reconhecer-se a si próprio.
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