quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Médicos admitem aborto como método de contracepção


"Médicos de vários hospitais do País já não têm dúvidas de que muitas portuguesas não tomam anticoncepcionais ou não usam qualquer tipo de protecção durante o acto sexual, levando a que façam vários abortos"

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Já o ginecologista Pedro Canas Mendes, do Hospital Particular de Almada, lembra os custos que esta atitude traz ao Estado e defende a alteração de alguns pontos na lei: "O legislador devia ter previsto a penalização à reincidência. As mulheres já começam a ver a interrupção da gravidez como um método de planeamento familiar e isso não pode acontecer." Para Canas Mendes, "já se banalizou a situação". Ou seja, "muitas mulheres encaram a interrupção da gravidez com naturalidade, como algo inócuo, sem consequências".

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Custa-me pensar que uma mulher fez três abortos às minhas custas e às custas de outros contribuintes", diz, acrescentando: "Acho que devia haver um limite de abortos gratuitos. O aborto recorrente está a tornar-se um grande problema de saúde pública."
Daí que Oliveira e Silva também culpe as mulheres por esta atitude. "Depois da IVG, são obrigadas a ir a consultas de planeamento, mas muitas faltam. Por isso, informação existe, as mulheres é que continuam a ter comportamentos irresponsáveis."

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"A Associação para o Planeamento da Família preocupa-se mais com a liberalização do aborto do que em promover o ensino da contracepção. Nesta área, o seu papel é zero", acusa.

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