domingo, 7 de fevereiro de 2010
Numa gestão complexa de vidas humanas, e apesar da institucionalização, os responsáveis intervenientes têm por objectivo manter o contacto dos menores com as suas famílias biológicas, reafirmou. «Por mais disfuncional que seja a família biológica, é muito importante para as crianças e jovens manterem os seus vínculos», defendeu a presidente do Conselho de Administração do Centro de Segurança Social da Madeira. Uma das piores situações que pode acontecer a alguém é «estar na vida sem vínculos», opinou.É com base neste princípio que os serviços pautam sempre pela manutenção dos laços familiares entre as crianças e menores institucionalizados e os seus pais. Assim, continuou, o Centro de Segurança Social da Madeira trabalha cada vez mais no sentido de que as crianças permaneçam o menor tempo possível nos lares. «As equipas técnicas das instituições trabalham com a criança e com as próprias famílias, em articulação com os técnicos da Segurança Social. São definidos planos em que as nossas equipas vão à casa dos pais e em que estes também vão às instituições. Há um acompanhamento nesse sentido», explicou Bernardete Vieira. A responsável congratulou-se por, em muitos casos, haver sucesso. Os menores regressam ao seu meio familiar. Mas, «infelizmente», há casos em que ficam institucionalizados até à idade adulta e «há situações mais drásticas», nomeadamente aquelas em que a única solução para o menor é a sua adopção, e, por consequência, a extinção do vínculo com o seu agregado familiar. No entanto, reconheceu a responsável, a idade em que este se encontra poderá também ser um obstáculo ao ingresso numa nova família. Normalmente, os candidatos à adopção procuram bebés ou crianças muito pequenas, sendo que as mais velhas acabam, muitas vezes, por ficar institucionalizadas até à vida adulta.
In Jornal da Madeira
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