quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dia dos namorados


Vai chegar mais um Dia dos Namorados!


A APFN gostaria de vos desejar a todos muitas felicidades e dizer-vos que vale a pena passar do namoro, como fase intermédia que é, para um compromisso sério, honesto e promissor de vida, alegria e felicidade. Vale a pena casar!
Não acreditem em falsas "modernidades" de que o casamento entre um homem e uma mulher está ultrapassado e que a maioria acaba em divórcio...
Vale a pena casar, mas é preciso preparar bem esse passo, e escolher a pessoa certa!

Neste dia de S. Valentim, ao trocarem os habituais presentes, muitas namoradas e muitos namorados, farão as suas juras de amor, promessas de fidelidade, declarações “à mulher da sua vida”, ao “homem da sua vida”, e dirão que nunca houve, nem haverá, outra paixão assim...
E, contudo, muitos deles e delas, não sabem, nem sonham, que o amor tem de ser cultivado de muitos outros modos e que o amor vive de pequenos e grandes nadas, que nada têm a ver com presentes materiais valiosos e chamativos.
As perguntas que interessam não são na verdade: Querido, o que me vais dar hoje? Querida, onde vamos jantar ? Gostas do meu “new look”? Estou gira? Gostas do meu “Kit” novo? Que filme vamos ver? Que tal o meu carro novo? Onde é que vamos sair esta noite?...
Para passar tempo, sair um dia, uma noite, ir em busca de diversão, beber uns copos e mostrar aos amigos a bela companhia, quase qualquer um / uma serve...
Mas, para confiar a nossa intimidade, projectar uma vida a dois com futuro, dar-se mutuamente de corpo e alma, partilhar horas boas e más, alegrias e dores, superar obstáculos, enfrentar doenças, desemprego, pobreza, e tudo o mais que nunca sabemos prever, só pode ser mesmo aquele ou aquela que é credível, fiável, que é pessoa de carácter, que se conhece a si próprio para se dar ao outro, com capacidade de autêntica doação, e que acredita que o amor é muito mais que um apetite avassalador, uma paixão forte, mas superficial e passageira...
As perguntas que, de facto, interessaria fazer, poderiam ser bem diferentes:
Que faremos para que o diálogo e a comunicação nunca acabem entre nós?
Para nunca nos deitarmos zangados, gelados, indiferentes?
Como nos ajudaremos mútua e diariamente nas tarefas da casa, nos estudos, nas compras, na partilha de dinheiros e na tomada de decisões?
Como nos relacionaremos com as famílias de cada um de nós e com os amigos? E com os outros que precisam da nossa ajuda?
Que prioridade estamos dispostos a dar ao nosso casamento? E aos filhos que tivermos?
Quem é Deus para ti e para mim? Que papel Lhe damos no espaço das nossas vidas?
E se um dia eu adoecer, tu tomarás conta de mim?
E se nos faltar o dinheiro, estás disposto a trabalhar no que for possível e a pôr de parte o supérfluo e o essencial?
E se um filho nos nascer doente, aceita-lo-ás e ama-lo-ás?
E quando a beleza e a frescura passarem, a rotina nos cansar e envelhecer, e muitos outros e outras, mais jovens e atraentes, se cruzarem nas nossas vidas, conseguiremos ter construído com o nosso amor diário uma amizade tão forte, fiel e duradoura, que nenhum outro, ou nenhuma outra nos possa jamais roubar o coração oferecido?...
Lisboa, 10 de Fevereiro de 2010

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