Textos desta semana da Rádio Costa D'Oiro
Textos - Família
Semana: 2/02/10 a 5/02/10
Desde a década de 60, sensivelmente, que os países europeus têm registado uma quebra enorme na natalidade. Os gráficos demográficos não nos enganam a este respeito, tornando evidente que o número de crianças a nascer é muito inferior ao número de adultos e, nalguns casos, ao de idosos.
Deverá este assunto preocupar-nos? A resposta não podia ser mais positiva. Aliás, países como a França, a Alemanha, a Suécia ou a Finlândia, temendo os efeitos negativos deste Inverno, têm lançado medidas natalistas que pretendem aumentar o número de nascimentos.
Assistimos á realidade de que em Portugal o número de nascimentos é inferior a países que já há décadas procuraram investir nos apoios à família e à maternidade. É exemplo disso a possibilidade de a mãe ou o pai poderem estar em casa com os seus filhos, sendo-lhe pago parte do seu ordenado, ou de lhe ser pago um abono merecedor desse nome.
Teremos, porque o problema também nos afecta, medidas similares a estas, em breve, no nosso país? Como referiu o Presidente da República, Cavaco Silva: «Um país sem crianças é um país sem futuro.»
Fazemos votos de que Portugal se empenhe nesta causa, pois sabemos que… “Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças" já dizia Fernando Pessoas
É dizer vida; É dizer transmissão de valores; É dizer educação; É dizer solidariedade entre gerações; É dizer estabilidade; É dizer futuro; É em definitivo dizer amor;
É na família onde cada pessoa aprende a dar sentido à sua existência (…) pois constitui o âmbito humano onde a pessoa se desenvolve melhor. Hoje mais do que nunca é necessário apostar pela família. Apostar pela família é semear contra o individualismo e a solidão crónica que o ser humano nos nossos dias vive. Apostar pela família é construir o espaço mais adequado de encontro e comunhão para a pessoa. É acreditar, em definitivo, que a vida é, antes do mais, uma vocação para o amor e a felicidade.A família é uma comunidade de amor e de solidariedade, insubstituível para o ensino e transmissão dos valores essenciais para o desenvolvimento e bem-estar dos seus próprios membros e da sociedade no seu conjunto.
Ser e estar em Família é ser feliz.
Dia 3 – Pode ler-se na «Revista de Estudos Demográficos de Novembro de 2009 no que respeita à situação demográfica recente em Portugal que: «No período de 2001 a 2008, Portugal registou um crescimento continuado da população, segundo um ritmo fraco e decrescente.»
Este cenário é verdadeiramente preocupante. Em Janeiro deste ano, a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, comunicava que nunca tinham nascido tão poucas crianças em Portugal: apenas 100.000, um novo mínimo absoluto.
Quais as soluções para este grave problema da demografia em Portugal? Elas são conhecidas: incentivos à natalidade, desde os abonos até às benesses sociais e fiscais das famílias. Mas mais do que isso, é a promoção de três valores que parecem estar esquecidos ultimamente nas políticas governamentais: a família, o casamento e a vida! É mais do que óbvio que o achincalhamento dos valores básicos tem repercussões na própria demografia.
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas tem razão: Portugal precisa de se debruçar sobre questões verdadeiramente importantes, não as chamadas "causas fracturantes", mas as políticas de família.
Dia 4 – Entre os muitos sonetos que Camões escreveu, ficou célebre o que começa por «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». Com efeito, a Sociedade evolui, os humanos com ela, e é normal que com o tempo se operem mudanças. Não é menos desejável, porém, que elas se operem no sentido do Bem-Comum, que respeitem o Humano e O valorizem. Esta questão é, pois, de Valores.
Alguns países europeus, parecendo perder o norte, estando, portanto, desnorteados, parecem igualmente subverter o mais alto valor a que podíamos aspirar: o direito à Vida. Talvez não seja estranho, ainda que assustador, dizer que, em questões de valores, estejamos, com determinadas mudanças, a regredir.
Se ao mais indefeso dos seres humanos, em Portugal (já para não falar de outros países onde o aborto foi liberalizado até às 20 semanas), pode estar eminente o seu esquartejamento, que podemos nós vir a fazer com idosos, doentes terminais, casamento, pobreza, analfabetismo, pessoas portadoras de deficiência, desemprego, fome, imigrantes, manipulação genética, entre outros? A pergunta, perante a iminência de se subverterem os valores basilares da vida e da família, é pertinente.
Que nos reservará, afinal, o Futuro? Ao verso de Camões, junte-se o slogan de Fernando Pessoa, para decisões que operem mudanças na família e na vida: «Primeiro estranha-se, depois entranha-se.». Fica a advertência.
Dia 5 – No dia de hoje destacamos a APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Esta associação é composta por grupos de casais com três ou mais filhos, que acreditam nos valores da família, defendem o direito à vida desde o momento da concepção até à morte natural e consideram que o Estado deve apoiar as famílias numerosas, em particular, pela promoção de políticas sociais e fiscais que a protejam.
Pode ser contactada através do telefone 217552603, ou, para o correio electrónico da sua delegação no Algarve em, faro@apfn.com.pt e as suas actividades podem ainda ser consultadas na sua página da internet em www. Apfn.com.pt
Se tem mais do que dois filhos, faça-se sócio para que junto seja possível apoiar mais as famílias numerosas.
“Apostar na Família é construir o futuro”.
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