Abortos aumentam e custam três milhões
No primeiro semestre de 2009 realizaram-se quase dez mil abortos em Portugal, uma média de 55 por dia. As interrupções voluntárias da gravidez (IVG) nos serviços públicos (6712) custaram ao Estado cerca de três milhões de euros. De Janeiro a Junho de 2009, realizaram-se mais 507 abortos do que em igual período de 2008, segundo dados do Ministério da Saúde a que o CM teve acesso.
A maioria das IVG (6483) foi efectuada pelo método medicamentoso. Cada uma custou ao Estado 341 euros. Pelo método cirúrgico foram efectuadas 211 IVG: cada uma custa 444 euros ao Serviço Nacional de Saúde. Em caso de internamento, os custos disparam para 829€ (medicamentoso) e 1074€ (acto cirúrgico). Os números não surpreendem o ex-presidente do Colégio da Obstetrícia da Ordem dos Médicos, Luís Graça. "Enquanto não ultrapassarmos as 20 mil IVG/ano não é preocupante, significa que saíram da clandestinidade, há mais mulheres a procurar um hospital na fase precoce da gravidez." Lisa Vicente, da Direcção-Geral da Saúde, diz que "os números são expectáveis".
ESTUDANTES E JOVENS SÃO AS QUE MAIS RECORREM À IVG
Nos primeiros seis meses de 2009 um total de 65 adolescentes até aos 15 anos procurou uma unidade de saúde para realizar uma interrupção voluntária da gravidez (IVG). Entre os 15 e os 19 anos o número de raparigas que abortou cifrou-se em 1126. Entre a faixa etária dos 20-24 anos abortaram 2137 mulheres e entre os 25-29 anos abortaram menos mulheres (2131). Em relação à situação laboral, a maioria das mulheres que opta por não levar a gravidez até ao fim da gestação é solteira, trabalhadora não-qualificada, estudante ou desempregada. Em relação ao grau de instrução da utente, a maioria tem o Ensino Secundário e a seguir surgem as que têm o Ensino Básico. A maioria vive nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.
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