Abortos reincidentes
Aos 24 anos, Ana já fez três abortos. De condições socioeconómicas baixas, pouca instrução e sem parceiro fixo, a jovem mulher diz não ter condições para ter e manter as crianças. De cada vez que fica grávida recorre à Maternidade Alfredo da Costa para fazer mais uma interrupção voluntária da gravidez. Da primeira vez tinha apenas 21 anos: foi em Agosto de 2007, um mês depois de a lei que despenaliza o aborto até às dez semanas entrar em vigor. Foi à maior maternidade do País em Maio de 2008, com o mesmo fim, e mais uma vez em Julho de 2009. Três abortos em três anos. Para Ana, o aborto já é algo normal. E apesar disso continua sem tomar qualquer tipo de contracepção, como a pílula.
Sabe que está obrigada a ir às consultas de Planeamento Familiar até duas semanas depois de cada intervenção, para estabelecer um plano e evitar gravidezes indesejadas. As consultas são marcadas, mas Ana acaba por nunca lá aparecer.
Notícia DN.
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