sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Rede nacional de emergência infantil travaria aumento da deliquência juvenil e facilitaria a adopção


“Se houvesse um conjunto de instituições análogas ao Refúgio Aboím Ascensão, baseadas num modelo preventivo do desvio comportamental, em poucos anos haveria muito menos delinquência juvenil”, defendeu Luís Villas-Boas.


De acordo com o psicólogo, se as crianças em situação de risco fossem “agarradas” mais cedo “em poucos anos deixaria de haver delinquência aos 12 ou 13 anos”, já que, diz, por vezes quando as crianças chegam às instituições “já é tarde demais”.


Em declarações à agência Lusa, o director daquela instituição disse que a implementação de uma rede nacional de instituições de acolhimento temporário para crianças poderia também contribuir para aumentar o número de adopções.


“Os tempos de espera variam entre cinco a seis anos para uma criança até um ano de idade, sem patologias ou deficiências”, disse à Lusa fonte do Instituto da Segurança Social, acrescentando que os processos podem durar apenas um mês com crianças entre os 10 e os 12 anos.


Se for um grupo de irmãos que não podem ser separados ou uma criança mais pequena mas com patologias ou alguma deficiência, o tempo de espera que os casais têm que cumprir até à adopção também diminui substancialmente.


“Estas crianças podem ficar anos em listas de espera sem encontrar candidatos que as queiram adoptar”, refere a mesma fonte, frisando que o tempo médio de espera é uma variável “que não tem significado em matéria de adopção”.

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“O nosso objectivo é dar à criança uma família e não dar à família uma criança”, diz Villas-Boas, acrescentando que as crianças só devem ser encaminhadas para adopção quando se esgotam todas as hipóteses de reintegração na família biológica.


Fonte: Região Sul/Lusa

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