Comunicado APFN: A morte lenta de Portugal
Para que o índice sintético de natalidade tivesse o desejado valor de 2,1, seria necessário nascerem mais 60.000 bebés, ou seja, o défice de natalidade em 2009 foi "apenas" de 60%!
Como se não bastasse,
O INE continua a fazer projecções surrealistas, assumindo que a taxa de natalidade vai aumentar(!);
O Governo, nos últimos anos, anunciou pomposamente várias medidas rotuladas como "incentivos à natalidade", prontamente denunciadas pela APFN como totalmente descabidas, como se veio a comprovar;
"Especialistas" (a APFN não consegue perceber de quê) continuam a prestar declarações falsas de que isto está em linha com o resto da Europa, uma afirmação sem qualquer fundamento, como qualquer cidadão poderá comprovar por simples consulta ao site da Eurostat - Portugal é dos raros países europeus com taxa decrescente, razão pela qual a taxa está a aumentar na Europa (apesar de Portugal).
Há, ainda, a acrescentar que, conforme estudo revelado em Maio de 2009, a média das mulheres portuguesas em idade fértil deseja ter 3 filhos (http://www.apfn.com.pt/Relatorio_APFN_Numero_de_filhos.pdf)!
Isto tudo mostra bem que a baixa taxa de natalidade se deve apenas à desastrosa e suicida "política de família" (?) praticada pelo poder central (Governo e Parlamento), que se têm entretido com "causas fracturantes" na esperança de distrair os portugueses dos verdadeiros problemas que enfrentam no seu dia-a-dia e que compromentem seriamente a sustentabilidade do país.
Daí o apelo da APFN ao Governo e Parlamento para, à semelhança do que tem vindo a acontecer num cada vez mais elevado número de autarquias, de todas as "cores partidárias", irem ao encontro do pretendido pela maioria do povo português, o que se faz ouvindo-o, em vez de fazerem de conta que o ouvem uma vez de quatro em quatro anos, por altura das campanhas eleitorais.
A APFN apela ainda, de novo, a quem de direito, para ser verificado o que se passa com as projecções de população residente elaboradas pelo INE, sistematicamente erradas!
Se/quando fizerem uma projecção verosímil, fácil será concluir-se da total falta de necessidade das gigantescas obras que se anunciam, simplesmente porque não existirá quem as venha utilizar e, muito menos, pagar.
(...)
18 de Janeiro de 2010
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