quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Comunicado da Plataforma Cidadania e Casamento: O referendo impõe-se


O Partido Socialista revelou de uma vez por todas não ter legitimidade para avançar com a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque desde sempre excluiu a adopção para esta proposta de lei. Mas agora perante o cenário de o Tribunal Constitucional vir a chumbar a lei aprovada na Assembleia, sexta-feira passada, admite contemplar o direito à adopção na lei dos casamentos homossexuais. Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar socialista, disse ontem ao Diário de Noticias estar fora de causa para o PS deixar cair a lei em absoluto.
Perante esta falta de verdade na política de governo o Referendo impõe-se como a melhor forma de decidir sobre esta matéria tão cara aos portugueses.
A Plataforma Cidadania Casamento considera que o Referendo deve ser proposto pelo próprio Parlamento para que tenha oportunidade de resolver esta proposta de lei da forma mais idónea junto do povo português e assim brilhar com uma atitude politica verdadeiramente digna de um Estado dito democrático.
O país não compreende esta atitude do partido socialista quando o primeiro-ministro disse no Parlamento que da proposta de lei do governo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ficaria de fora a adopção porque não se tratava de um “direito entre pessoas adultas” mas dos direitos de crianças. Uma questão “totalmente diferente” porque, citamos, “os direitos das crianças cabe ao Estado proteger.”
Recordamos que o Partido Socialista deu liberdade de voto a alguns elementos para votarem na proposta de lei do Bloco de Esquerda e que escondeu a adopção da sua proposta de lei. Mas a realidade vem uma vez mais demonstrar que se podem enganar muitos durante pouco tempo e poucos durante muito tempo, mas não se consegue enganar todos durante todo o tempo.

http://www.casamentomesmosexo.org/

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