domingo, 10 de janeiro de 2010
A Educação foi uma das áreas que mais transformações sofreu, nas últimas décadas, em Portugal. Apesar disso, estudos da O.C.D.E. comprovam que os resultados estão muito aquém do que seria desejável.
As polémicas em torno da Educação têm incendiado os ânimos em várias posições, trazendo, para a praça pública, assuntos variados. Constata-se, porém, que se discute muito pouco aqueles que estão no cerne de toda esta “luta”: os alunos. Sabemos que todas as discussões e medidas os afectam indirectamente, sendo, então, imprescindível ir ainda mais fundo nas questões, sob pena de aligeirarmos os problemas, como se tomássemos uma aspirina, quando o nosso mal é a gripe.
Investir na Educação é investir em cada criança. E cada uma é um ser único e irrepetível, com uma história de vida particular, com necessidades educativas específicas, as dela concretamente. A diversidade é imensa: problemas emocionais, dificuldades na aprendizagem da matemática, da leitura ou da escrita, défice de atenção, já para não falar de cegueira ou baixa visão, surdez e hipoacusia, comportamentos graves, paralisia cerebral, spina bífida, deficiência mental, dotação e sobredotação, autismo, problemas de saúde, entre outros. Isto é uma verdade comum, mas, infelizmente, é ainda muito ignorada nas medidas que se tomam num todo e em específico.
Todas as questões, em Educação, são importantes, mas também o são, estamos certos disso, questões como a qualidade e a exigência, a burocratização do trabalho nas escolas, a formação inicial e contínua dos professores, ou a especialização destes para áreas que comprometem o seu trabalho, por exemplo, um professor de Português terá de saber trabalhar com um aluno disléxico. Dadas as graves dificuldades de algumas crianças, poderá mesmo haver necessidade de haver dois professores numa sala de aula!
Quando nos foi dada, nestes últimos tempos, a oportunidade, de ao falarmos dos professores, abordarmos e discutirmos estes assuntos? Quem ouvimos falar disto?
Em Educação, vamos centrar-nos no que também é importante para servirmos os alunos. Hoje é uma oportunidade para determinar outros caminhos nos problemas sentidos pelos Portugueses, em cada lar onde cresce e se instrui uma criança. Amanhã pode já ser tarde.
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