terça-feira, 18 de maio de 2010

A promulgação presidencial

Não quero politizar este blogue, até porque este blogue é, por natureza, apolítico.
No entanto, foi com acerto que Pedro Picoito, neste seu post, recordou a figura de Thomas More que colocou os seus princípios à frente dos "interesses de Estado".
Recordo Manuela Ferreira Leite que recusou assumir uma verdade enganosa para assumir uma verdade incómoda e impopular mas que, agora, em matéria de déficit e forma de o combater, está-se a revelar profética e plenamente acertada.
Não foi eleita Primeira-Ministra, não ganhou as eleições, mas certamente que agiu de acordo com o que pensava e, agora, está satisfeita consigo própria.
Como dizia no outro dia o Dr. Bagão Félix, um dos grandes desafios a nível pessoal é o da indivisibilidade de carácter. Ou seja, não actuarmos de forma diferente, de acordo com as circunstâncias e conveniências.
Este é um desafio que nos interpela a todos e nos põe à prova.
Uma coisa é certa:
Que bom é podermos dormir à noite mais pobres ou menos ricos ou com menos honras ou lugares, mas tranquilos por termos actuado de acordo com a nossa consciência.


1 comentário:

Anónimo disse...

Apoiado. E lamento profundamente que o PR em que votei em nada se distinga, em matérias de princípios, de um outro qualquer, de esquerda por exemplo. É este PR que não pediu ao Tribunal Constitucional que fiscalizasse a lei do aborto. E é este PR que, em 2007, emitiu n recomendações sobre a lei do aborto e, 3 anos passados, votou ao esquecimento as suas próprias preocupações. É este PR que desiste agora de vetar a lei do casamento homosexual. Parece-me que ele se esquece que o único segmento da sociedade que pode introduzir entusiasmo e combatividade numa eventual recandidatura sua é a área pro-life do eleitorado.
Em contrapartida, gostei de ouvir Alberto João Jardim: uma lei degradante, decadente, etc.