sexta-feira, 23 de abril de 2010



Rubrica Algarve pela Vida

Semana: 20/04/10 a 26/04/10



Dia 20 - Foi publicada, recentemente, em Diário da República, a portaria que regulamenta o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar. Não é fácil agradar a Gregos e a Troianos e é claro que esta lei não está isenta de críticas. Novamente, há questões que devem ser lançadas. Em primeiro lugar, não seria a “Educação da Sexualidade” um termo mais correcto, visto que educar a sexualidade é muito mais do que informar?
A recente lei preocupa alguns pais e professores atentos, visto que muitos professores não estão formados para dar a dita formação e sobretudo, porque os pais são muito pouco envolvidos nesta matéria.
A primeira preocupação das escolas e do Ministério da Educação não deveria ser a de (in)formar os alunos acerca da sexualidade, numa perspectiva que tem sido quase sempre a higienista, a da prevenção de D.S.T. e a da gravidez precoce (com toda a validade que têm), mas, primeiramente, a de procurar que os pais pudessem ser (in)formandos sobre esta matéria, podendo eles mesmos optar pela teoria e pela visão que fosse mais conforme os seus valores e que fossem os primeiros a iniciar a educação da sexualidade. Falar e educar a sexualidade toca com valores tão importantes como os do compromisso, da fidelidade, da vida, entre outros. Na nossa Sociedade, neste campo, há muitas rupturas e nem todos concordam com o mesmo paradigma. Espera-se que a articulação escola-família seja efectivamente realizada, com clareza e verdade.
Em anexo à portaria, constam conteúdos curriculares importantes e que podem, em falsas abordagens, gerar confusão nos educandos, a saber, “família”, “contracepção”, “planeamento familiar” (no 2.º ciclo?), “interrupção voluntária da gravidez”/“aborto”. Com que critérios éticos e morais se abordarão estes conceitos?
Espera-se bom senso, atendendo a que a educação da sexualidade não é o mesmo que a educação alimentar ou a actividade física.
Como antes seria imprescindível, agora mais o é, antes de matricular um filho na escola, pedir o seu Projecto Educativo e questionar o Director da Escola sobre o que a escola tem para oferecer aos seus alunos e como pretende envolver os pais.

Dia 21 – No próximo dia 23 de Abril, às 21 horas, a Associação Família e Sociedade organiza, no hotel “Corinthia Lisboa”, uma conferência subordinada ao tema: “Educar o carácter, Educar para amar.”Para tal evento, foi convidado o casal Vélez, pedagogos de grande nível e “pais” do programa de educação da sexualidade Protege Tu Corazón que se estende hoje a 18 países de todo o mundo – América, Europa e Ásia – e marcou já a vida de mais de 150.000 adolescentes.

Juan Francisco é engenheiro e tem um mestrado em Administração de Empresas. María Luisa, comunicadora social, jornalista, especialista em imprensa feminina. Ambos tiraram um curso de orientação familiar na Universidade de Navarra.

São originários da Colômbia, mas vivem em Monterrey, no México. Têm 7 filhos, entre os 30 e os 17 anos. Casal unido e complementar, decidiram combinar as duas paixões que têm: a família e a educação. Foi em 1993 que fundaram o programa de educação para pais, professores e adolescentes, Protege tu corazón.

O programa Protege Tu Corazón tem como objectivo principal apoiar a formação do carácter e da sexualidade de adolescentes.Esta conferência será, seguramente, um momento de grande enriquecimento pessoal para todos os que a ela assistam e dirige-se a todos aqueles que tenham interesse por este tema de tanta actualidade e/ou pretendam conhecer melhor o programa PTC Protege Tu Corazón.


Dia 22 – Sobre a infertilidade pouco ou nada se fala e o paradigmático é que o Governo em Novembro de 2007 anunciou com alguma satisfação; que todos os casais com problemas de fertilidade, iriam ter comparticipação total nos tratamentos.

Na verdade esses mesmos casais em 2009 vêem-se obrigados a recorrer a empréstimos, a vender o carro, a trocar de casa; e por estes exemplos pode-se verificar o desespero em que se encontram, pois só querem realizar o sonho de constituir uma verdadeira família e ter um filho, esta é definitivamente uma questão de saúde pública, que seria totalmente evitável se o governo cumprisse com o que prometeu, é importante saber que não é a sociedade que está a pedir; foi o Governo que disse que o faria. Não é justo para os casais, estarem sentados a assistir ao compasso do relógio biológico, reduzindo cada vez mais as possibilidades de uma gravidez com sucesso. Podemos pensar: "Mas porque é que estes casais não adoptam?”

Na verdade; “O tempo de espera para a adopção duplica; existem casais que estão em lista de espera há cinco anos.” Portugal é dos países com a população mais envelhecida na Europa. E mesmo assim parece não se importar com esta realidade. Adaptado de Henrique Cardador

Dia 23 – Segundo Miguel Cervantes “A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida.”
Viver em liberdade é viver a liberdade com respeito, consciência e responsabilidade.
O Homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade. (Simone de Beauvoir)

Dia 26 – A eutanásia é mesmo uma opção razoável?

As dores e o sofrimento de um paciente têm de ser prolongados a fim de preservar a vida, sem olhar a qualidade dessa vida?

Para David Cundiff, nenhuma dessas situações é necessária. Os pacientes podem viver os seus últimos dias com um relativo conforto, com o amor e o apoio da família, dos amigos e dos profissionais de saúde. A Eutanásia não é a Resposta mostra como os doentes terminais, em especial os que sofrem de cancro ou SIDA, podem viver com conforto e dignidade até à morte. Demonstra como o uso adequado dos modernos medicamentos para a dor pode aliviá-la e impedir o desespero que solicita a eutanásia. E como o serviço dedicado prestado pelos hospitais de retaguarda pode possibilitar que aqueles doentes levem uma vida com significado até ao fim.

Uma obra escrita com inteligência e profunda compreensão baseada na experiência pioneira do autor em termos de cuidados de hospital de retaguarda. Mas, sobretudo, redigida com sensibilidade e respeito.

Utiliza casos reais e uma convincente análise médica e socioeconómica. Livro fundamental que acrescenta uma nova dimensão à preocupação que a sociedade denota pela dor e sofrimento dos moribundos, esclarecendo as questões-chave associadas à eutanásia e aos hospitais de retaguarda, apresentando-os numa nova perspectiva, mostrando que a abordagem de pacientes terminais deve passar, necessariamente, pela prestação de apoio carinhoso e no alívio da dor, em contraponto a uma medicina «heróica» baseada em tecnologia de ponta.

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