sábado, 3 de abril de 2010

"As famílias vão ficar com menos para viver"

A Confederação das Associações de Pais (CONFAP) vai enviar ao Parlamento simulações do impacto que a redução das deduções fiscais em Educação vai ter no rendimento das famílias, que «vão ficar com menos para viver»


«Estamos a pedir simulações a alguns fiscalistas, que na próxima semana vamos enviar aos grupos parlamentares para mostrar que as famílias vão ficar com menos para viver», disse hoje o presidente da CONFAP.


Albino Almeida realçou que a redução das deduções fiscais em Educação, uma medida incluída no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), «vai levar a uma diminuição do rendimento das famílias e pôr em causa a continuidade da manutenção dos seus filhos no sistema educativo com a qualidade que devem estar».


«Na prática trata-se de um imposto indirecto que incide sobre as famílias», considerou, realçando que «são as famílias com mais do que um filho que mais preocupam».


Albino Almeida adiantou que a CONFAP já alertou o Ministério da Educação para o facto de que «a Educação é um investimento e não uma despesa».


«Pedimos ao Ministério da Educação que fosse porta-voz da nossa enorme preocupação junto ao Governo», disse, dando conta que esta medida vai afectar «um grupo grande de famílias da classe média».


«Há hoje uma classe média com rendimentos que, muitas vezes, por cêntimos não permite receber qualquer tipo de apoio da Acção Social Escolar e isso tem reflexo no pagamento das despesas com os manuais, o transporte e a alimentação dos filhos e, agora, indirectamente vão ser penalizadas», sublinhou.


O presidente da CONFAP realçou que «até o Banco de Portugal já veio dizer que esta medida devia ser bem pensada», o que, acrescentou, acredita que venha a acontecer.




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