quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
A notícia de que a Livraria Fnac estaria a censurar o livro "Porque não casamento entre pessoas do mesmo sexo", da autoria do Juíz Pedro Vaz Patto e de Gonçalo Portocarrero de Almada deixou-me muito surpreendido.
Conheço a obra dos dois autores que são ambos juristas. O Doutor Pedro Vaz Patto é Juíz e formador do Centro de Estudos Judiciários (a chamada escola dos Juízes) e o Doutor Gonçalo Portocarrero de Almada, sendo sacerdote católico, é também licenciado em Direito, pelo que a perspectiva de ambos é claramente uma perspectiva baseada em argumentos jurídicos, sem considerações gratuítas ou não fundamentadas.
O certo é que, caso o casamento homossexual venha a ser consagrado, não me admirará nada que este tipo de atentados à liberdade de expressão venham a aumentar.
Os adeptos da causa gay estão firmemente decididos a obrigar que todas as pessoas pensem como eles e quem assim não o faz será considerado "homofóbico", podendo inclusive, quiçá, no futuro, chegar mesmo a cometer um crime de "homofobia" que muitos gostariam de ver incluído no Código Penal.
Quem se diz a favor da tolerância e contra a discriminação, na realidade, lá no fundo, é completamente intolerante e totalitário.
Entretanto, e face à reacção de muitos clientes, a FNAC veio a produzir um desmentido que, por sua vez, já foi também ele desmentido pela Editora Aletheia, responsável pela edição e distribuição do livro.
O livro terá o seu lançamento oficial hoje, pelas 18.30, na livraria Alêtheia, no nº 13 da Rua do Século e terá à porta o protesto de vários gays e lésbicas, no que promete ser uma óptima publicidade ao livro.
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7 comentários:
Censura é porventura o que se pratica neste blog, apagando comentários sem falta de respeito, mas que desmascaram as vossas mentiras e ódios despudorados. Esperemos, sim, que o incitamento ao ódio seja devidamente e bem punido na prática, pela lei portuguesa, quer ódio racista, misógino, homofóbico, ou qualquer outro. Há uma diferença muito grande entre liberdade de expressão e incitamento ao ódio. Como disse Karl Popper, em nome da tolerância e da manutenção da liberdade, não nos podemos dar ao luxo de tolerar os absolutamente intolerantes.
E não há nenhuma "censura" aqui, a "notícia" é inventada, e o segundo "desmentido" nem sequer é da própria editora. O livro não foi impedido de circular, e pode (tal como o Mein Kampf, por exemplo), ser adquirido. Se objectivo é a vitimização, p.f. ao menos lembrem-se de algo de mais convincente.
Caro Anónimo,
Neste blogue, à excepção de comentários excessivamente insultuosos ou indecorosos é que são apagados.
Por outro lado, acho que está com o problema de muitos que confundem um pouco as coisas: não é por eu ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo que manifesto o meu ódio contra os homossexuais.
Essa é, salvo o devido respeito, uma visão demasiado simplista e até redutora.
Por outro lado, já existe um crime de difamação e insulto, previstos no código penal, pelo que, a menos que se queira voltar ao Estado Novo, usando agora como pides os missionários da causa gay, a consagração de um crime de homofobia é um completo exagero.
Aliás, a própria Profª Isabel Moreira já recusou essa hipótese.
"absolutamente intolerante" era dizer que o livro só podia ser comprado por encomenda especial e não como todos os outros livros.
Chegaremos a uma nova forma de opressão: a opressão gay.
Acham que é assim que vão conseguir "mudar" os costumes ?
Obrigado Algarve pela Vida pela informação sobre o livro. Eu vou à FNAC comprar o LIVRO!!! Se ele estiver à venda, claro.
Jorge Coimbra
Caro anónimo. Concordou consigo... Não incitemos ao ódio homofóbico. Tem toda a razão. Mas também não incitemos ao ódio heterofóbico.
Não concordo que se faça confusão entre uma instituição como o casamento, que para mim só deve ser celebrado entre um homem e uma mulher, e a união entre pessoas do mesmo sexo. Esta união entre pessoas do mesmo sexo é contra a própria natureza. E é verdade que sou profundamente influenciado pela minha fé num Deus inteligente e amoroso que ama os homossexuais, tal como as outras pessoas, mas que não aceita esse comportamento...
No entanto não incito nem concordo que se incite ao ódio contra quem não pense como eu... E quero que a minha opinião também seja respeitada... e que ninguém incite ao ódio contra as pessoas que pensam como eu...
Infelizmente notam-se cada vez mais sinais de perseguição não homofóbica mas contra tudo o que mexa contra o "politicamente correcto"... Um curto exemplo: na Alemanha um evento com o objectivo de re-orientação sexual (ou seja, que podia ser frequentado voluntariamente por homossexuais que quisessem mudar para uma orientação heterossexual) foi cancelado. Motivo: um politico homossexual influente levou o caso a tribunal e considerou que havia homofobia...
Ninguém obrigava nenhum participante a lá ir... Será que o direito à diferença agora é só para os homossexuais? Os que pensem diferente vão passar a ser perseguidos? Isto é lamentável...
Fiquei a saber do livro pelo vosso blog. Já o comorei na FNAC, comecei a ler a recomendo a todos; BOA LEITURA.
Paula Silva
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