quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A ineficácia do preservativo


Com as festividades de passagem de ano, a Administração Regional de Saúde do Algarve, em colaboração com outras instituições privadas, investiu meios financeiros para convencer os celebrantes a usarem o preservativo.


É lamentável que a ARS -Algarve seja mais uma a embarcar nesta campanha redutora, simplista e ingénua da promoção do preservativo como a salvação/prevenção eficaz para o combate contra a DST's (doenças sexualmente transmissíveis) ou mesmo a gravidez indesejada.


Este tipo de campanhas realizadas em praticamente todo o mundo, quando analisadas de forma objectiva não podem deixar de ser adjectivadas como "ingénuas".


E são os próprios responsáveis governativos que as promovem a reconhecer as suas limitações, como é o caso do diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/aids brasileiro, Eduardo Barbosa


Também a própria Organização Mundial de Saúde da ONU, apesar do tom optimista e apologético do preservativo, reconhece que o preservativo, quando bem colocado, causa cerca de 3% de gravidezes indesejadas e, quando mal colocado, entre 10% a 14% de gravidezes indesejadas.


O que é certo é que essa situação de uso incorrecto de preservativos gera cerca de 25 milhões de gravidezes indesejadas.



A Direcção Geral de Saúde (Cfr. Pág. 31 deste documento), fala de um risco de gravidez indesejada, apesar do uso de preservativo, com percentagens entre os 5 e os 10% e aponta como desvantagens, além das alergias, o uso incorrecto (rompimento ou retenção na vagina) e (ponto não menos importante para muitos), a interferência negativa no e durante o acto sexual (Aliás, este ponto, parece ser um dos que está na origem do chamado Barebacking- sexo sem preservativo).






Perante este panorama, uma análise objectiva e intelectualmente honesta levará necessariamente a concluir que as campanhas de promoção do preservativo são um logro e que, além de não evitarem o contágio por DST's, nem a gravidez indesejada, ao invés, promovem o aumento dos comportamentos de risco e, por arrasto, promovem indirectamente as DST'S e o aborto.


P.S.-


No caso da campanha algarvia promovida pela ARS que associa festa a excitação, prazer e, logo, preservativo (silogismo muito pouco lógico, já que, como é óbvio, nem todas as pessoas que se deslocam a uma discoteca pretendem necessariamente obter relações sexuais com terceiros) , há ainda uma agravante:

- Não se deve esquecer que a festa está necessariamente associada também ao consumo desmesurado de álcool (e, por vezes, até de drogas), em particular, em alturas excepcionais como é a passagem de ano, pelo que o risco de preservativo mal colocado é tanto maior quanto maior for o risco de consumo de álcool que lhe seja antecedente.

Fonte foto: Ansony





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