terça-feira, 18 de março de 2008

O lado obscuro do aborto

Quase passa desapercebido de todos alguns aspectos obscuros sobre o desejo do Governo Federal de pugnar a legalização do aborto no Brasil. Há todo um jogo de encenações, contradições, equívocos e de dados e pesquisas duvidosas favoráveis a essa ou aquela parte. A opinião pública precisa saber a verdade sobre o aborto, para poder se posicionar acerca desse obscuro tema.


O Governo Federal brasileiro usa como argumento principal para a sua propositura para legalizar o aborto a hipótese de que milhares de mulheres morrem, por ano, no Brasil por conta de abortos clandestinos e por causa disso e com “compaixão” delas almeja legalizar o aborto geral para o bem das mulheres. Mas não é bem assim essa história e pode-se considerar defesa subliminar e obscura que acaba levando e dando margem a diversas interpretações e hipóteses.


Há muitos interesses obscuros por trás dos países que pugnam pela legalização do aborto no mundo. Em 22 de janeiro de 1973, nos Estados Unidos, uma equivocada decisão da Suprema Corte de Justiça, liberou o aborto naquela plaga, num episódio que ficou conhecido como o caso “Roe versus Wade”, em que a jovem texana Norman McCorvey – apelidada de Jane Roe – dizia ter sido estuprada. Porém, em 1995, na revista americana “Newsweek” ela revelou que havia mentido para os juízes e que nunca houvera sido violentada. Hoje, arrependida, trabalha no Movimento Pró-Vida para América.


Ainda nos Estados Unidos, no dia 10.12.1974, veio à tona o malfadado Relatório Kissinger, que diz, em apertada síntese, que nenhum país conseguirá fazer controle de natalidade se não recorrer ao aborto, o que acabou mostrando o verdadeiro interesse dos governos na legalização do aborto. Os movimentos pró-vida, também nos Estados Unidos, explodiam as clinicas de abortamento com as pessoas dentro, numa contradição sem fim, pois não se pode lutar pela vida matando as pessoas.


Por outro lado, os que defendem o aborto nunca tiveram coragem de mostrar o outro lado da moeda e o mesmo fica como se fosse um “oásis”. Legalizar o aborto no Brasil não trará nenhum beneficio para as mulheres, pelo contrário, pois o que se tem visto, são mutilações psíquicas e físicas nelas, muitas vezes irreversíveis, e não há nenhuma garantia que essas indigitadas mortes – se é que existem mesmo – irão acabar ou mesmo diminuir com a legalização do aborto, pois o sistema de saúde brasileiro beira o caos.


O Governo Federal quer na verdade fazer o controle de natalidade no Brasil e usa discurso obscuro de “preocupado” com a saúde e a vida das mulheres, quando na verdade, está é usando as mulheres para seu programa de controle populacional. A legislação infraconstitucional penal já disciplina as hipóteses em que o aborto é permitido no Brasil e qualquer lei que generalize essas hipóteses deverá ser considerada inconstitucional. O discurso governamental é sofismático e é preciso que o mesmo diga a verdade para a população sobre suas reais intenções em pugnar o aborto no Brasil.


* LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é advogado e psicanalista e apóia o Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto


Texto daqui.

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