domingo, 30 de março de 2008

Bispo exige ética política e acusa Governo de mentir

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) atacou, ontem, a actuação do Governo - criticou as cedências a "interesses imediatos" e acusou o Executivo de mentir quando prometeu apoio às mulheres grávidas, a propósito do debate sobre a lei do aborto.


"Foi mentira, engano e ludibrio dos portugueses aquilo que se dizia num discurso meramente de marketing para captação de votos", considerou D. Carlos Azevedo, sublinhando que são as estruturas católicas que mantêm "efectiva presença nos dramas que as pessoas vivem".


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D. Carlos reclamou uma "ética política exigente". Criticou o Governo por ficar "à mercê de algumas influências num ou noutro ministério" e optar por "medidas erráticas". "Numa ou noutra medida houve firmeza contra interesses instalados mas em muitos outros sectores demonstrou insegurança". A poucos dias de uma assembleia plenária que poderá não o reeleger devido a uma alteração dos estatutos, o porta-voz da CEP considera que os líderes partidários vivem "uma ausência de orientação por verdadeiras causas civilizacionais", preferindo "o imediatismo pragmático de soluções sem visão de futuro". O encerramento de capelanias hospitalares, os cortes no apoio às instituições de solidariedade, e as mudanças às leis do aborto e divórcio estão a aumentar os protestos da igreja.


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