Fomes, Epidemias e Guerras
Vivemos hoje tempos de vacas magras. Mas já há muito que esquecemos, aqui na Europa, o que é a guerra, o que é a fome, o que são doenças epidémicas. Há tanto tempo que esses flagelos não nos atingem directamente que acreditamos, com naturalidade, que eles nunca mais regressarão. Há muito nos convencemos que as nossas vidas estão predestinadas a nunca mais serem confrontadas com a fome ou a guerra, ou as epidemias. São, para nós, episódios distantes dos livros de História, tal como o circo de Roma ou as invasões bárbaras.
No nosso dia a dia apressado, ouvimos, no rádio do carro, que os preços do trigo, do milho, do arroz, subiram brutalmente. Ouvimos também que o preço do pão poderia vir a sofrer aumentos de 50%. Alarmismo, sensacionalismo… e além disso, estamos mais preocupados com o preço do gasóleo, a prestação da casa, ou o custo das próximas férias. Lucky you! Nalgumas partes do globo, uma subida de 50% no preço do arroz significa, para muitos, o limiar da fome e da miséria. Mas para nós, é apenas mais um factor a adicionar à taxa de inflação, esse indicador impessoal que os políticos têm por missão controlar. Lemos, com algum distanciamento, que há recessão do lado de lá do Atlântico mas, uma vez mais, é algo que a distância e o tempo irão resolver sem nos afectar drasticamente. Em princípio, os nossos empregos, as nossas reformas, o nosso nível de vida, não irão mudar radicalmente. Sempre houve altos e baixos na economia, daqui a 2 ou 3 anos tudo estará passado. Percebemos, por fim, vagamente, que se instalou uma crise financeira e que os bancos não estão de boa saúde. Perdemos dinheiro em acções e também com os imóveis, mas tudo isso é mais ou menos reversível, e as nossas poupanças não estão irremediavelmente ameaçadas. Bancos em falência? Não exageremos!…
Cometemos muitos erros, é certo. Nas últimas décadas destruímos a natureza e o meio ambiente e, não contentes com isso, passámos a destruir a própria vida humana, não através de guerras, como no passado, mas civilizadamente pelo cómodo, prático e sistemático ataque à natalidade e pela generalização das práticas abortivas. Demos prioridade absoluta à acumulação de bens materiais, imóveis e mais imóveis, bens de natureza sumptuária, bens de luxo, bens não essenciais. Decidimos também consumir bens essenciais em quantidades tão exorbitantes que desequilibraram o mundo em que vivemos e o próprio clima. Poluição, desperdício, esbanjamento... Libertámo-nos de todas as amarras morais e espirituais e demos livre curso aos nossos instintos e impulsos individuais. A juventude quase não tem referências morais no Ocidente, está simplesmente à mercê da droga, do sexo e da violência. 40 anos volvidos sobre o Maio de 68, quando passou a ser “proibido proibir”, estamos confrontados com níveis de delinquência e criminalidade sem precedentes, com cidades envelhecidas, com sociedades em pleno declínio demográfico. Mas também com paisagens desfiguradas, solos estéreis, rios sem vida, um mundo rural semi-abandonado.
As incertezas económicas aumentam a cada dia. Há momentos em que a nossa realidade parece um quadro do norueguês Edvard Munch, com toda a sua carga depressiva, “Angst”, por exemplo. Ou que somos personagens de cinema em “no country for old men”, a viver por dentro o pesadelo do tráfico de droga na fronteira dos EUA com o México.
Será que ainda estamos a salvo? Será que ainda vamos a tempo?

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) atacou, ontem, a actuação do Governo - criticou as cedências a "interesses imediatos" e acusou o Executivo de mentir quando prometeu apoio às mulheres grávidas, a propósito do debate sobre a lei do aborto.
O aborto causa, de facto, graves problemas às mulheres. Veja-se 
A Associação Mulheres em Acção tem muito gosto em convidar V. Exa. para o jantar de angariação de fundos que terá lugar no dia 5 de Abril, Sábado, pelas 20h, na Quinta de São José, em Castanheira do Ribatejo (ver mapa em anexo).
As crianças em risco que estão enquadradas em instituições vão poder contar a muito breve prazo com uma nova medida de protecção, a meio caminho entre a família de acolhimento e a adopção plena.





Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos, defende que a lei é para cumprir e que um médico nunca pode considerar positiva a eliminação da vida de uma pessoa.
O aborto como controlo dos nascimentos tem aumentado no Reino Unido.




Quase passa desapercebido de todos alguns aspectos obscuros sobre o desejo do Governo Federal de pugnar a legalização do aborto no Brasil. Há todo um jogo de encenações, contradições, equívocos e de dados e pesquisas duvidosas favoráveis a essa ou aquela parte. A opinião pública precisa saber a verdade sobre o aborto, para poder se posicionar acerca desse obscuro tema.
«Esta é uma área da saúde que tem sido permanentemente adiada pelos sucessivos governos. Em 2004 - 30 anos de democracia volvidos - foi redigido um Programa Nacional de Cuidados Paliativos, mas somente em 2006 foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados e Integrados (RNCCI) com quatro valências, sendo uma delas a dos cuidados paliativos.»



A exigência de novas políticas sociais, nomeadamente de incentivo à família, foi feita por Isabel Pedro e Isilda Pegado, anteontem, na sessão em que o PSD fez o balanço do Governo.
Depois do alerta do INE que revelou taxas de natalidade baixíssimas, e traçou um cenário pessimista para 2050, a
No próximo sábado, dia 15 de Março, terá lugar uma celebração de VIDA em Almeirim. 
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) estima que existam cerca de 60 mil novos doentes terminais, por ano, em Portugal, enquanto que o número de profissionais a trabalhar nesta área não deverá ultrapassar os 120.