quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Apoio às famílias pode inverter "Inverno Demográfico"


O envelhecimento da população pode ser travado, conclui um estudo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, com base em números da demografia publicados pelo INE e pelo Eurostat.


O estudo vai ser apresentado este sábado no seminário "O Inverno demográfico: o problema, que respostas?”.


De acordo com o documento, Portugal vive um cenário de envelhecimento e recessão demográfica, que pode ser invertido se forem tomadas medidas que permitam às famílias terem os filhos que desejam, sem serem penalizadas por isso.


Em 2007, pela primeira vez desde 1918, morreram mais pessoas do que aquelas que nasceram.


As mulheres portuguesas têm menos filhos e cada vez mais tarde. O número médio de filhos por mulher em idade fértil atingiu o mínimo absoluto de 1,32, em 2007, ano em que nasceram menos 60 mil crianças.


Este estudo da Associação de Famílias Numerosas admite que o envelhecimento da população poderá ser travado, e até mesmo invertido, por uma politica que permita as famílias terem os filhos que desejam, sem serem por isso penalizadas.


Se nada for feito, aumentará a já grande desproporção entre idosos relativamente a jovens e pessoas em idade activa.


O seminário da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas vai também apresentar um documentário que traça uma realidade a nível mundial que preocupa economistas e sociólogos.


Economistas e sociólogos estão de acordo: o mundo caminha em direcção a um “Inverno demográfico” que ameaça ter consequências sociais e económicas catastróficas.


O documentário mostra como as taxas de natalidade têm caído dramaticamente nos últimos 40 anos e que uma parte importante do mundo tem agora taxas de natalidade bem abaixo dos níveis de reposição.


Os países nesta situação têm olhado para a imigração como a solução para manter a sua capacidade laboral.


Os especialistas que participam no filme dizem que pode ser demasiado tarde para evitar algumas consequências muito graves, mas admitem que com esforço talvez se possa evitar uma calamidade.


Para Fernando Castro, presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, a actual crise demográfica assume contornos muito preocupantes e o pior é que a tendência é para que se mantenha.


Para esta situação contribuem vários factores, incluindo o baixo número de casamentos e a cada vez maior taxa de divórcios.


Na opinião de Fernando Castro, nem tudo está perdido e ainda há soluções para inverter a curva da demografia, começando por alterações legislativas em matéria do sistema fiscal das famílias e num reforço dos abonos.


Notícia daqui.

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