domingo, 9 de dezembro de 2007

A realidade do aborto no Brasil: Liberdade para morte?


A descriminalização do aborto, diferentemente do que vem sendo apregoado pelos defensores da legalização da prática, não reduzirá o número de mortes de mulheres no País. Muito pelo contrário. Caso a prática venha a ser legalizada, as mortes aumentarão em conseqüência das graves agressões que o aborto ocasiona ao corpo feminino.


Por desinformação, muitas mulheres acreditam que a retirada de seus filhos do útero é um procedimento simples, sem conseqüências. Sinto informá-las que não!


Está comprovado que o aborto pode ocasionar, entre outros, perfuração uterina, hemorragia uterina grave, infecções, placenta prévia, infertilidade, futura gravidez ectópica (nas trompas), parto prematuro, sem falar na depressão e tendência ao suicídio. A explicação para isso está na própria natureza: o corpo se prepara para receber o feto. Quando a mulher fica grávida é secretado um hormônio para a manutenção da gravidez, a progesterona. Esse hormônio adapta o corpo feminino à nova realidade biológica por meio de sinais que interagem as 75 trilhões de células, tornando a mulher mãe do ser em seu ventre concebido. Por meio das substâncias secretadas, o corpo da mulher começa a sofrer modificações desde o encontro do espermatozóide e o óvulo, na fecundação. Ela imediatamente percebe as alterações em sua sensibilidade.


Para poder ´formar o ninho´, sente mais sono, visando armazenar energia e contribuir para o desenvolvimento do ser que se forma a partir de uma célula, o zigoto, a fim de que em nove dias se transforme em 150 células, o blastocisto. Quando a gravidez é interrompida abruptamente, ocorre uma diminuição repentina de alguns neurotransmissores secretados pelas células nervosas. Isso pode levar a um desequilíbrio nos sinais celulares e ocasionar a depressão, originada por motivos moleculares, podendo ser causa também do aumento da taxa de suicídio e infertilidade.


Desafio as mulheres que tenham intenção em se submeter a esta prática a assistirem ao filme ´O Grito Silencioso´, que mostra o procedimento da cabeça do feto sendo esmagada e triturada dentro do útero materno para que possa ser sugado.


Não haverá maior liberdade para a mulher com a legalização do aborto, e sim o direito de escolher a própria morte. O Brasil ressente-se de investimentos para medicina preventiva e educação familiar. Essa é a discussão que deveria estar sendo feita.


Qual o caminho a seguir? Diga sim à vida e não à morte!


LÍLIAN PIÑERO EÇA, Professora biomédica, PhD em Biologia Molecular e pesquisadora, apóia o Movimento em Defesa da Vida - Brasil sem Aborto


Opinião daqui.

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