O outro lado do Banco Alimentar
Quando um alimento entra num dos armazéns do Banco Alimentar, é integrado num cabaz composto por vários produtos «adequados às necessidades de cada família ou de casa pessoa apoiada».
Esses produtos são depois entregues a instituições de solidariedade social previamente seleccionadas e acompanhadas na sua actividade pelo Banco Alimentar de cada região, e são estas instituições que os entregam às famílias.
A distribuição é feita exclusivamente no território nacional e na área de actividades de cada banco. Onde não há bancos alimentares, «como em Trás-os-Montes», não há entrega.
Confiança das pessoas
«A grande receptividade que existe por parte das pessoas que vão às compras, dos voluntários ou das empresas que dão os produtos, deve-se ao facto das pessoas confiarem no Banco Alimentar», acrescenta.
«Ajuda fundamental»
«A refeição que têm é aquela que os miúdos comem nos infantários e nos ATL, quando chegam a casa já não comem mais nada até ao dia seguinte de manhã. Muitas crianças quando voltam de férias perderam peso porque tiveram uma alimentação completamente deficitária», lamenta.
O Banco Alimentar está sempre em actividade. Diariamente são distribuídos 78 mil kg de alimentos, pelo que as campanhas representam 11 por cento do adquirido.
Para a presidente, «uns 11 por cento muitos valiosos», porque muitos dos produtos não têm excedentes de produção. «Por exemplo, o azeite só nos entra em campanha porque não há excedentes de produção», conclui.
Fonte: Portugal Diário, 2007/12/09
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